Os bons Espíritos não cansam de nos repetir lições ou de nos alertar para novas reflexões, em torno de assuntos que, por vezes, nem cogitamos. Em pequeno livro lemos: *Não basta casar-se. Imperioso saber para quê.*
Talvez nunca tenhamos feito essa reflexão. A lógica primeira seria indagar: Por que me casei? Por que nos casamos? No entanto, a indagação apresentada é para quê? Isso nos fala de finalidade.
Quando pensamos no porquê, a resposta pode ser o clássico: Por amor, porque nos gostamos muito. A grande questão é que o amor não nasce pronto, se é que ainda não percebemos isso. Ele precisa ser cultivado.
Assim, se respondemos:- Casei-me para amar e construir uma família, estamos mais próximos do entendimento da lição edificante. A felicidade na comunhão afetiva não é prato feito e sim construção do dia a dia.
As leis humanas casam as pessoas para que as pessoas se unam segundo as leis divinas. Importante considerarmos esse curioso aspecto.
Devido às crenças, aos rituais construídos pelos homens, temos a impressão de que a cerimônia do casamento na Terra é algum tipo de união segundo as leis divinas. Entretanto, trata-se de mero cerimonial que celebra uma união terrestre.
A outra parte, a que vem em seguida, de fazer com que nos unamos segundo as leis divinas, é responsabilidade apenas nossa, do casal. Ninguém pode decretar isso.
Dessa maneira, o casamento não nasce pronto. O que nasce pronto é uma disposição inicial, um movimento de compromisso, de vamos construir. Naturalmente, a construção se faz aos poucos, de maneira contínua.
Então, casamento não é a cerimônia, não é a assinatura de papéis nem anéis nos dedos. Casamento é cultivo de anos. Anos de doação ao outro, anos de trabalho, autoconhecimento e autossuperação.
Erguemos o lar por amor e é o amor que irá conservá-lo no dia a dia. Finalizando as reflexões, encontramos na mesma lição de início:-
*Unicamente doando a ti mesmo em apoio da esposa ou do esposo é que assegurarás a estabilidade da união em que investiste os melhores sentimentos.*
Se sabes que a tolerância e a bondade resolvem os problemas em pauta, a ti cabe o primeiro passo a fim de patenteá-las na vivência comum, garantindo a harmonia doméstica.
O primeiro passo é de cada um de nós, não do outro. É na doação que sustentamos um lar. É no cultivo dessa forma tão elevada de amor ao próximo que conseguimos um ambiente de harmonia.
Amor é também sacrifício. Sacrificar nossas horas, sacrificar, por vezes, o que nos é importante individualmente pelo bem da união. Casar-se é tarefa para todos os dias. Família é tarefa para todos os dias.
O amor não nasce pronto. A paixão pode nos inebriar nos primeiros momentos, acendendo um fogo que impressiona, mas se ela não for alimentada pelo combustível do amor, nos meses e anos seguintes, ela se apaga e desaparece.
Lembremos disso:- *Não nos cansemos de investir no amor.*
Redação do Momento Espírita.
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