terça-feira, 28 de setembro de 2021

Sejamos estrela.

 


Diz o poema:

Se desejas luz na tua vida

Sê estrela na noite de alguém.

Pode parecer fantasista demais, romântico em excesso, mas há um sentido profundo e prático na proposta do poeta.

Quando nos dispomos a iluminar a noite de alguém, quando nos propomos ao auxílio, à solidariedade desinteressada, naturalmente fazemos luz em nosso próprio caminho.

Curioso? Misterioso? Não, é parte intocável das leis universais. Leis que ainda estamos aprendendo a conhecer.

O amor é lei universal e as nuances do funcionamento, da ação dessa lei, são deslumbrantes.

Tudo foi criado por amor e para amar. Os desvios, oposições e turbulências que enxergamos nos dias, são apenas anomalias do caminho.

Logo retornam ao estado fundamental, ao equilíbrio, justamente pela atuação das leis maiores.

Dentro da proposta apresentada vejamos um exemplo simples:

Estamos num quarto escuro. A ausência de iluminação nos faz tatear. Falta-nos entendimento e compreensão do que está próximo de nós, muitas vezes.

Uma lâmpada se acende. Por mais fraca que seja, uma nova realidade se apresenta. Percebemos muito mais do que antes. Alguns conseguimos até caminhar, pelo cômodo, sem esbarrar em nada e nos ferirmos.

Aprendamos a ser gratos aos que são esses focos luminescentes em nossas vidas, pois fazem a diferença em nosso viver.

Agora enxerguemos a cena por outro ponto de vista: da lâmpada.

Quando ela se acende, quase que instantaneamente clareia o ambiente. No entanto, olhos mais atentos perceberão um detalhe: a primeira superfície que se ilumina, em verdade, é a própria lâmpada.

Olhos humanos não captam, a lâmpada não percebe, mas é o que ocorre na prática: ela se ilumina antes de iluminar o mundo exterior.

É um exemplo simples, uma tentativa acanhada de penetrar na grandiosidade do Criador e Sua legislação, porém, nos oferece uma forma de entender o que se passa toda vez que nos propomos a ser estrela, a ser lâmpada.

Iluminamo-nos, em primeiro lugar, sempre que nos lançamos a clarear os caminhos de algum irmão, sempre que nosso coração compassivo adentra na escuridão de alguém fazendo breve luzeiro.

Asim, sejamos lâmpada, sejamos estrela, sejamos qualquer luzinha possível e veremos a mudança que poucos raios brilhantes fazem em nossa própria casa íntima.

                                                     *   *   *

Na máxima, Fora da caridade não há salvação, podemos entender perfeitamente a proposta do sermos estrela.

Ao praticar a caridade nos doamos, somos benevolentes, indulgentes e perdoamos. Jogamos luz sobre nosso próximo.

No entanto, notemos bem que, ao agirmos no bem, ao cultivarmos a indulgência e o perdão estamos igualmente nos salvando.

Salvar-se é uma figura de linguagem que representa a ideia de autoiluminação, de autoconquista.

O amor age em todos os sentidos, por isso é lei universal.

Ao amar, estamos cultivando amor-próprio e, ao cuidar dessas duas formas fundamentais de amor, estaremos irradiando amor ao Criador.

Por isso:

Se desejas luz na tua vida

Sê estrela na noite de alguém.

Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Você é feliz ?

 


A discussão entre os irmãos se fazia acalorada. Ela, com nove anos, não conseguia entender e nem tinha a paciência necessária para as peraltices do irmão mais novo, então com cinco anos.

A cada aproximação dele, fosse para convidar para brincar no seu universo, ou para dividir uma nova descoberta que fazia, encontrava na irmã o azedume e a indisposição.

Ela se acreditava a dona da razão, e o irmão, muito infantil. Para ele, no entanto, ela era a referência, a sua heroína.

Porém, frente a tanta má vontade e mau humor, ele chegou ao seu próprio limite. Foi nessa hora que, colocando as pequenas mãos na cintura, fitou a irmã seriamente e lhe lançou a pergunta.

Luiza, você é feliz?

Sem entender bem o porquê da pergunta, respondeu-lhe, quase que por obrigação:

Sou feliz sim. Por quê?

À resposta ríspida, na sua sagacidade infantil, argumentou o irmão:

Então, por que você está sempre brigando comigo? Quem é feliz não briga com as pessoas!

E, com essa conclusão sábia do pequeno, encerrou-se a discussão entre os dois.

                                                      *   *   *

A conclusão do menino nos traz boas reflexões a respeito da felicidade.

Muitas vezes esquecemos do quanto podemos ser felizes, do quanto temos de felicidade.

Isso porque muitos de nós acreditamos que felicidade é um lugar onde chegar, é um objetivo a alcançar, é uma meta a ser conquistada.

Não poucos imaginamos que a felicidade está na posse do dinheiro, esquecendo-nos de tantos milionários infelizes, afundando-se em processos depressivos.

Outros temos a certeza de que a felicidade acompanha a fama, o reconhecimento social, o sucesso, não percebendo que não poucos artistas e frequentadores de capas de revistas e colunas sociais buscam fugas das mais variadas, para esquecer-se de si e de sua vida.

E, por outro lado, encontramos a felicidade em muitos que já têm a saúde do corpo comprometida, os recursos financeiros limitados, as marcas indeléveis dos reveses sofridos.

Isso nos diz que não será a dor que nos fará infelizes, nem a falta de saúde, tampouco a limitação financeira de nosso orçamento.

Ser feliz é opção de quem caminha pelas estradas da vida ciente de que ela é rica em aprendizados. E dores, reveses, limitações são ferramentas para que as lições ganhem consistência em nós.

Percebendo isso, nos daremos conta de que a generosidade de Deus, a nos ofertar tudo que está ao nosso redor, é o principal motivo para sermos sempre muito felizes.

Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 14 de setembro de 2021

Os pedidos da alma.


Comecemos o dia na luz da oração. O amor de Deus nunca falha.

Oração espontânea, sem fórmulas prontas ou ensaios elaborados.

Um sincero diálogo da alma com a Potência Suprema.

Se a tristeza morar em nossa alma, será um grito, um lamento dirigido aos céus.

Se a alegria brilhar em nosso íntimo, será um cântico de amor, um manifesto de adoração.

Pode se resumir em um simples pensamento, uma lembrança, um olhar erguido para o céu.

Quando oramos, uma janela se abre para o infinito e através dela recebemos mil impressões consoladoras e sublimes.

Uma excelente maneira de iniciar o nosso dia.

A sabedoria não está em pedir que somente tenhamos horas de felicidade, que todas as dores, as decepções, os reveses sejam afastados.

A nossa deve ser a rogativa por auxílio das forças superiores a fim de que cumpramos os nossos deveres, com dignidade.

E possamos suportar a eventualidade de um dia difícil, de horas más.

Se pedimos por nós, podemos estender os mesmos benefícios da rogativa para os familiares, os amigos.

Se tivermos uns minutos mais, que os possamos dedicar à rogativa ao Pai de todos nós. Haverá muito a pedir.

O mundo está tão sofrido. Não bastasse a pandemia, as notícias nos chegam de furacões, de vendavais, de países arrasados pela fúria dos ventos e das águas.

Pela nossa mente, transitam as figuras de crianças, de idosos, de corações de mães destroçados pelo desaparecimento ou morte dos seus filhos.

Recordamo-nos das palavras do Mestre falando dos últimos tempos, das tantas infelicidades que alcançariam a Humanidade.

Imaginamos quantas ainda deveremos enfrentar. Por isso, oração pelo nosso e pelo fortalecimento alheio.

A prece nunca é inútil. Com certeza, não alteraremos a lei divina das provas e expiações dos que amamos e daqueles que nem conhecemos.

Mas podemos lhes remeter vibrações de calma para as situações atormentadoras, resignação para as profundas dores.

Lembremos quantas vezes as nossas preces acalmaram alguém em sentido pranto, quantas vezes asserenamos a angústia de um amigo...

                                                                         *   *   *

Prece é fortalecimento moral. É na oração que o Divino Mestre demonstra toda Sua glória, no monte Tabor.

Ele se plenifica de luz e estabelece sublime diálogo com o legislador Moisés e o profeta Elias, luminares do povo hebreu.

Diante da tumba onde estava o corpo de Lázaro, Ele ora ao Pai. E depois convoca o amigo para reassumir o comando da vida que ainda não se findara.

Antes da prisão, que determinaria Seu julgamento, suplício e morte, Ele ora, no Jardim das Oliveiras.

E na cruz, encerra Sua prece com as palavras:

Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito.

Como Jesus, roguemos para que os bons Espíritos, que têm por missão assistir os homens e conduzi-los pelo bom caminho, nos sustentem nas provas desta vida.

Que as possamos suportar sem queixumes.

Que nos livrem da influência daqueles que queiram nos induzir ao mal.

Enfim, que este dia, apenas esboçado, seja de progresso, luz e paz. Horas abençoadas nos aguardam.

Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Nosso brasil independente.


Quando aniversariamos, faz-nos bem à alma sermos lembrados pelos familiares e amigos.

Nossa alegria é acrescida por cada cumprimento recebido, cada cartão, cada flor, cada abraço, mesmo virtual.

Ou a simples lembrança da data que nos é tão especial, porque assinala trezentos e sessenta e cinco dias vencidos.

Dias que foram de trabalho, dias em que aprendemos algo mais, aprimoramos o idioma, a habilidade em alguma arte, ingressamos em um curso.

Dias em que vivemos com nossos amores. Também com os desamores. Tudo em ritmo de aprendizado e crescimento espiritual.

No entanto, nenhum de nós espera viver cento e noventa e nove anos. Mas, nosso Brasil está comemorando essa data de sua Independência.

Para um país, uma adolescência recém-desabrochada. Por isso, talvez, identifiquemos tantas ações imaturas, tantos decretos que mudam mais rápido do que os possamos absorver para nossa própria vida.

Alguns dizem que tudo aconteceu de forma muito simples, sem atavio algum. A comitiva não vestia uniformes pomposos, nem montava cavalos garbosos.

A História registra as muitas pressões de camadas diversas da nação. O desejo de Independência era um grito abafado na garganta de um povo que desejava deixar de ser parte de um poderio estrangeiro.

E foi esse grito que explodiu do peito à boca, às margens do Ipiranga. Uma parada estratégica, uma necessidade que se fez.

Nada elaborado, nada espetacular. Foi o pincel de um artista sonhador que engrandeceu o feito pintando com cores maravilhosas o Laços fora.

Uma obra que nos acostumamos a ver nas ilustrações dos livros da História pátria, e que, em toda sua pujança, para orgulho da nacionalidade, se encontra exposta no Museu do Ipiranga, em São Paulo.

Pedro Américo colocou na tela o que a sua alma de brasileiro imaginou. Os idealistas são assim: não enxergam como realmente foi, mas a essência do fato, o invisível.

E aquele momento foi significativo. Chega de subjugação. Basta de normas que asfixiem o povo: Independência ou Morte.

Hoje, enquanto o Hino da Independência nos toca a alma e nos estimula a acompanhar seus versos, façamos um propósito: tornar verdadeiramente independente o nosso país.

Um país livre de amarras egoístas, de ambições particulares, liberto de corrupção. Um país para todos, filhos nascidos ou adotados.

Um país que eleja como primazia a educação e a saúde do seu povo, a preservação da higidez brasileira.

Um país que se importe com a preservação do seu solo, das suas riquezas. Um país de paz.

Ordem e Progresso é o lema nacional. Ordem significa a defesa e manutenção de tudo que funciona de maneira positiva, a proteção do que é certo e bom, em todos os aspectos da vida nacional.

Progresso significa o avanço natural da sociedade e das instituições como consequência da defesa da ordem.

A cada um de nós, brasileiros, cabe lutar, a cada dia, para que se torne realidade o lema nacional, de forma eficaz e permanente.

Hoje é um dia especial para iniciarmos essa campanha individual em prol da Independência moral do nosso Brasil.

Brava gente, brasileira, longe vá temor servil...

Unamos nossos esforços...

Redação do Momento Espírita.

Doe Sangue

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