terça-feira, 27 de dezembro de 2022
FELIZ ANO NOVO.
terça-feira, 20 de dezembro de 2022
Oração no Natal.
Jesus, que neste Natal, Seu olhar de luz penetre nossa alma, como a brisa morna da primavera, e acorde a esperança adormecida sob as folhas secas das ilusões, dos medos, da indiferença, do desespero...
terça-feira, 13 de dezembro de 2022
Emergência espiritual.
terça-feira, 6 de dezembro de 2022
O homem rico.
Era um rico fazendeiro. Enriquecera repentinamente, graças a uma herança de parente afastado que morrera, sem deixar outros herdeiros.
terça-feira, 29 de novembro de 2022
Oração nossa.
terça-feira, 22 de novembro de 2022
Quando brincar é preciso.
Ele crescera naquela comunidade. Sua mãe, professora e administradora de uma escola, exigira muito dele e dos dois irmãos.
terça-feira, 15 de novembro de 2022
Proclamação da República.
Século dezenove. Embora todas as liberdades públicas, que a monarquia desenvolvera em nosso país, ela ainda falava da influência portuguesa.
terça-feira, 8 de novembro de 2022
Dinamismo.
Dinamismo é uma palavra de origem grega, composta pelos vocábulos dynamis, que significa força, poder, capacidade, acrescido do sufixo ismo.
terça-feira, 1 de novembro de 2022
Crianças do hoje, sociedade do amanhã.
É comum crianças reclamarem por terem que se levantar cedo, tomar o café, vestir o uniforme e irem para a escola.
terça-feira, 25 de outubro de 2022
As vestes da Verdade.
A pintura A Verdade saindo do poço é um quadro idealizado pelo escultor e pintor francês Jean-Léon Gérôme.
terça-feira, 18 de outubro de 2022
Minha oração.
terça-feira, 11 de outubro de 2022
Diferentes aspectos.
Observando a imensa diversidade de capacidades que encontramos na Humanidade, nos perguntamos como, afinal, fomos criados.
terça-feira, 4 de outubro de 2022
VAMOS ORAR PELO BRASIL.
Poema Divino.
Pai nosso, que estás no céu, na terra, no fogo, na água e no ar. Pai nosso, que estás nas flores, no canto dos pássaros, no coração a pulsar; que estás na compaixão, na caridade, na paciência e no gesto de perdão.
Pai nosso, que estás em mim, que estás naquele que eu amo, naquele que me fere, naquele que busca a verdade. Pai nosso, que estás naquele que caminha comigo e naquele que já partiu, deixando-me a alma ferida pela saudade.
Santificado seja o Teu nome por tudo o que é belo, bom, justo e gracioso, por toda a harmonia da Criação. Sejas santificado por minha vida, pelas oportunidades tantas, por aquilo que sou, tenho e sinto e por me conduzir à perfeição.
Venha a nós o Teu reino de paz e justiça, fé e caridade, luz e amor. Reino que sou convocado a construir através da mansidão de espírito, reflexo da grandeza interior.
Seja feita a Tua vontade, ainda que minhas rogativas prezem mais o meu orgulho do que as minhas reais necessidades.
Ainda que muitas vezes eu não compreenda mais do que o silêncio em resposta às minhas preces, não Te ouvindo assim dizer: Filho aguarda, tua é toda a eternidade.
O pão nosso de cada dia me dá hoje e que eu possa dividi-lo com meu irmão. As condições materiais que ora tenho de nada servem se não me lembro de quem vive na aflição.
Pão do corpo, pão da alma, pão que é vida, verdade e luz. Pão que vem trazer alento e alegria: é o Evangelho de Jesus.
Perdoa as minhas ofensas, os meus erros, as minhas faltas. Perdoa quando se torna frio meu coração; quando permito que o mal se exteriorize na forma de agressão.
Que, mais do que falar, eu saiba ouvir. Que, ao invés de julgar, eu busque acolher. Que, não cultivando a violência, eu semeie a paz. Que, dizendo não às exigências em demasia, possa a todos agradecer.
Perdoa-me, assim como eu perdoar àqueles que me ofenderem, mesmo quando meu coração esteja ferido pelas amarguras e dissabores da ingratidão.
Possa eu, Senhor da Vida, lembrar de que nenhuma mágoa é eterna e de que o único caminho que me torna sublime é a humilde estrada da reconciliação.
Não me deixes cair nas tentações dos erros, vícios e egoísmo, que me tornam escravo de minha malevolência.
Antes, que Tua luz esteja sobre mim, iluminando-me, para que eu te encontre dentro de minh’alma, como parte que és de minha essência.
E livra-me de todo o mal, de toda violência, de todo infortúnio, de toda enfermidade. Livra-me de toda dor, de toda mágoa e de toda desilusão.
Mas ainda assim, quando tais dificuldades se fizerem necessárias, que eu tenha força e coragem de dizer: Obrigado, Pai, por mais esta lição!
* * *
Tudo o que nos cerca é poesia Divina. Há um traço de Deus em cada ser da Criação.
Busquemos por Ele no desabrochar das flores, no correr das águas, no canto do vento, no cintilar das estrelas.
Mas, acima disso, busquemos por Ele em nosso interior. Basta que, por um instante, fechemos os olhos e O sintamos: lá Ele está, dando rima aos versos de nossas vidas...
Redação do Momento Espírita.
terça-feira, 27 de setembro de 2022
A hora certa das decisões.
Tomamos decisões a todo instante.
Escolhas, palavras, ações, multiplicam-se em nosso dia a dia.
Curioso como a grande maioria delas precisamos tomar assim, no calor do momento, sem pensar muito, deixando, muitas vezes, que a força das circunstâncias decida por nós.
Aqui vai um grande alerta, um conselho dos que viveram mais do que nós, dos que estiveram nas mesmas estradas que agora trilhamos:
Não tomes decisões quando estejas emocionalmente alterado, sem o discernimento próprio para esse desiderato, porque o resultado será sempre perturbador.
A precipitação é companheira do desastre.
Primeiro, acalma-te, para depois assumires o comportamento compatível com a ocorrência em pauta.
Dessa forma, busquemos em nossa alma todo o conhecimento que já detenhamos, toda orientação moral que recebemos até este momento.
Busquemos, em nós mesmos, os conselhos da consciência, da voz das leis divinas.
Procuremos os mais sábios. Aqueles em quem confiamos. Todos os temos em nossas vidas.
Sempre haverá quem nos ofereça uma boa palavra, apresentará uma visão mais ampla de uma situação que, por vezes, enxergamos apenas por um ângulo muito pessoal.
A hora certa das decisões é a hora da ponderação, a hora do pensamento que refletiu com seriedade, e não o momento do impulso, da agitação, das emoções à flor da pele.
Percebamos no mundo quantas decisões imprudentes, tomadas em segundos, levaram a dores de séculos. Sofrimentos desnecessários, que poderiam ter sido evitados se houvesse um pouco mais de autocontrole no espírito humano.
Palavras que foram pronunciadas na hora indevida, com vibração incorreta. Gestos que feriram, que ocasionaram inimizades, conflitos que dificilmente serão esquecidos. Ações que nos colocam em ciclos de ódio e de vingança por tempos indeterminados.
Não culpemos os instintos. Não culpemos o outro. Não culpemos nem a nós mesmos.
Culpa apenas prende. Culpa apenas cristaliza sentimento nocivo.
Tomemos conta de quem somos. Sejamos senhores de nossas emoções. Assumamos as rédeas de uma vez por todas.
A hora certa das decisões é a hora da oração, do humilde pedido de auxílio a Deus, que sempre nos envia resposta e socorro no momento preciso.
A hora certa das decisões é a hora da cabeça boa, nem quente nem fria, mas entendedora da vida e de seus mecanismos.
Esta é uma vida de lutas, de provações, de aprendizados. Evitemos criar as expectativas ingênuas de uma vida sem embates, sem desafios e contrariedades.
As situações hodiernas sempre irão nos testar, sempre irão nos apresentar cenários, situações-problema, como se estivéssemos em constante prova.
Este é o panorama do planeta terra de hoje. A escola das provas e das expiações.
Saber decidir com sabedoria é uma arte - poderíamos muito bem afirmar.
A hora certa das decisões é a hora do coração em paz e da mente lúcida.
Aguardemos, ponderemos, sempre que possível.
Acostumemo-nos a agir e deixemos de reagir.
A hora certa é aquela que nos aproxima do bem.
Redação do Momento Espírita.
terça-feira, 20 de setembro de 2022
Um mundo para nossas crianças.
Ante tantas guerras e rumores de guerras, atentados terroristas que roubam a paz das gentes simples, é de nos perguntarmos: que mundo estamos construindo para nossos filhos?
O que ofereceremos para esses pequenos que apenas desabrocham para a vida física?
O que estamos preparando para seus olhos, para seu futuro?
Importante seria se nos preocupássemos em construir um mundo onde eles pudessem viver o amanhã, mantendo o brilho no olhar.
Um mundo em que as pessoas pudessem andar livres pelas ruas, sem temer balas perdidas, arrastões ou manifestações agressivas.
Um mundo onde todos se unissem para vencer a enfermidade, a fome, a miséria, que ainda existe em tantas vielas da Terra.
Onde cada qual pensasse no melhor para a sua família e para o seu próximo.
Um mundo onde as crianças pudessem sonhar, com a única preocupação de crescer e se tornarem cidadãos úteis, trabalhadores do bem.
Criaturas que encantassem o planeta com sua arte, enchendo-o de maravilhosos sons com a sinfonia das suas vozes.
Ou com a leveza dos seus corpos na dança.
Ou com a agilidade e eficiência nas disputas esportivas.
Ou utilizassem suas mentes, suas mãos para curar enfermidades que persistem em machucar tanta gente.
Ou pudessem se dedicar a experimentos que resultassem em inventos para facilitar a vida do homem sobre a face da Terra.
Quem sabe, vencer a gravidade e lançar-se no espaço, rumo a novas descobertas, novas estrelas?
Uma criança é um raio de luz. Não apaguemos a esperança que brilha em seu olhar, em seus gestos.
Construamos um mundo em que cada criança tenha seu lugar ao sol, seja amada, possa brincar livre, vivendo intensamente sua infância.
Em que possa ir à escola, ir ao parque, à piscina, ao campo, à praia, sem medo.
* * *
É possível que ouvindo esta mensagem alguns de nós digamos que somos pessoas normais, vivendo o dia a dia, sem poder interferir nos conflitos armados ou em decisões armamentistas.
No entanto, pensemos em como podemos semear a paz em nossos dias, sendo menos agressivos, mais tolerantes.
Que não dirijamos nosso carro como se fosse uma arma, que respeitemos nosso semelhante, que honremos o trabalho honesto.
Há tanto para fazer neste mundo que pode beneficiar a muitos.
A vibração de amor que lançamos na direção do outro é a mesma que acalmará a onda dos conflitos armados.
A dignidade com que executemos nossas tarefas diminuirá a corrupção, a desonestidade.
A nossa doação em espécie ou em trabalho voluntário diminuirá dificuldades que se apresentam próximas ou distantes.
Um mundo novo. Um mundo para ser compartilhado com todos.
Um mundo para nossos filhos. Um mundo de esperança, bordado com as cores do arco-íris.
Comecemos hoje e unamo-nos a outros tantos que já semeiam no mundo o bem, o amor, a paz.
Façamos isso pelos nossos filhos. Pelas nossas crianças. Por nós mesmos que retornaremos, em futuras vidas, para o mundo que construirmos agora.
Redação do Momento Espírita.
terça-feira, 13 de setembro de 2022
Brasil de todos nós.
Há de chegar um tempo em que o Brasil de todos nós será um país de paz.
Um país onde não haja a miséria de recursos amoedados, nem a ignorância das letras.
Onde todos trabalhem e haja trabalho para todos. Os que não necessitem dos valores salariais, trabalhem pelo bem geral, em voluntariado de amor.
Há de chegar um tempo em que derrubaremos os muros dos quintais, não mais cultivando o medo. E abraçaremos o vizinho como um irmão.
Um tempo onde as crianças voltem a correr pelos parques, nos dias de sol. Crianças que possam ir e vir das escolas, sozinhas ou em grupos, enchendo as ruas de risos, corridas, alegria.
Ah, Brasil, como te desejo grande! Maior do que teu território. Um Brasil sem fronteiras internas, onde os filhos do Norte e os do Sul falem a mesma linguagem, a do bem.
Onde os sotaques, os regionalismos sejam preservados, como essa diversidade sadia, característica do grande mundo de Deus.
Mas onde o idioma único seja o da fraternidade. Irmãos do Leste e do Oeste trabalhando pela mesma grandeza da nação.
Haverá de chegar um tempo, que pode ser já, se você e eu começarmos hoje a estender a mão ao vizinho e o saudar com um Bom dia, amigo!
Um tempo em que os estádios ficarão lotados com pessoas cujo objetivo é assistir um bom jogo de futebol. Um jogo onde o importante não será quem leve a taça, mas aquele que demonstre a mais apurada técnica, a melhor habilidade e a mais fina ética.
Um tempo em que as salas de teatro se abram para todos, crianças, jovens, adultos, idosos para assistir o drama e a tragédia em elaboradas peças. Assistir o cômico, rindo com prazer.
Também para ouvir a música dos imortais, o cancioneiro popular, as baladas do coração.
Haverá de chegar um tempo em que música também se ouvirá nas praças, nos parques, nas estações de trem, nos terminais de ônibus.
Então, em vez de ansiedade e preocupação, a alma se extasiará com a harmonia das notas, em escalas crescentes e decrescentes, com as melodias compostas com a mais delicada sensibilidade.
Quisera que esse dia chegasse logo para não mais ver lágrimas de mães pranteando filhos prisioneiros, mas sim deixando escorrer o pranto da emoção pelas conquistas dos seus rebentos.
Quisera que esse dia chegasse logo para ver mais sorrisos e menos dores; mais justiça e menos demagogia.
Quisera que esse dia chegasse logo para, no dia da Pátria, contemplar com emoção o pavilhão nacional tremular ao vento, mostrando suas cores, com especial destaque para o branco da paz.
E, então, cantar o hino pátrio com todo vigor:
Terra adorada, entre outras mil,
És tu, Brasil, ó pátria amada!
Dos filhos deste solo, és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!
Redação do Momento Espírita.
terça-feira, 6 de setembro de 2022
Brasil renovado.
A respeito do país onde vivemos, têm se ouvido as referências mais diversas.
Há os que o consideram simplesmente um país de Terceiro Mundo e buscam, com rapidez, outras paragens. Emigram para a Europa ou América do Norte e afirmam ser felizes.
Há os que apontam os erros gritantes, as injustiças sociais, a corrupção todos os dias, em todas as horas. Contudo, nada fazem para melhorar a situação e às vezes até se servem de todas essas condições para seu próprio existir.
Há os que pregam a divisão do imenso gigante, os que desejam modificar os símbolos nacionais, os que propõem novos versos e melodia para o Hino Nacional.
Com certeza nosso país tem problemas. Mas o que necessita não é de queixas, reclames e críticas. Precisa e com urgência de que cada um de seus filhos principie a trabalhar para a construção do melhor.
E o melhor começa na mente, na emissão dos pensamentos. Observa-se que, quando o governo realiza um pronunciamento, estabelece novas leis, apresenta novos projetos, logo surgem os que clamam em coro que aquilo não vai dar certo.
Mesmo antes de experimentar, de tentar, exatamente como a criança que olha para o prato de comida e afirma: Não gosto. E não quer provar.
A soma de pensamentos negativos, derrotistas têm derrubado bons projetos, impedido ou adiado a sua concretização. Porque se o homem é o que pensa, a nação é a somatória dos pensamentos dos seus filhos.
E os pensamentos positivos, idealistas devem se corporificar na responsabilidade, no dever bem cumprido, nas obrigações atendidas. Da mente para as mãos.
* * *
Será que já paramos para pensar, um dia ao menos, o que é que determinou nosso nascimento neste país? Ou a sua adoção posterior?
Ninguém nasce no local errado. Portanto, as condições que a Pátria do Cruzeiro nos oferece são as de que necessitamos para o nosso crescimento.
Miséria, fome, desemprego, corrupção são desafios que devemos nos empenhar para vencer. Não foi de outra forma, vencendo desafios, que o homem saiu da Idade da Pedra para a moderna tecnologia.
Grandes mudanças se operam com a iniciativa individual ou comunitária. Basta se observe a abnegação de uns poucos em prol dos meninos de rua, das crianças carentes, dos idosos desamparados.
Eliminar o analfabetismo, ilustrar mentes, libertar as criaturas do comodismo, conscientizando-as do quanto valem, deve ser preocupação prioritária de cada um.
O Brasil tem jeito. Basta que nos empenhemos.
Brasil, o Coração do Mundo, deve pulsar forte, acenando esperanças porque o organismo terrestre não pode viver sem um coração saudável.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita.
terça-feira, 30 de agosto de 2022
O sentido da vida.
Você já reparou como é difícil, algumas vezes, ter respostas para algumas dúvidas do dia a dia? Ter respostas para essas perguntas que nos surgem quando estamos na fila do supermercado, ou escovando os dentes ou parados no sinaleiro, dentro da condução?
terça-feira, 23 de agosto de 2022
Branca de neve e as aflições.
A rainha má queria ser a mais bela. No entanto, existia a Branca de Neve, que a ultrapassava em beleza.
Então, a rainha decidiu matá-la... Todos conhecemos essa história.
Branca de Neve a afligia. A presença dela no mundo, sua beleza faziam da vida da rainha um verdadeiro inferno.
Afinal, para ser feliz, imaginava, somente ela deveria ser bela. A mais bela.
A culpa da Branca de Neve era ser linda. Por isso, gerava o inferno no coração da rainha.
O veredicto: a morte.
* * *
Se analisarmos, profundamente, vamos encontrar uma rainha má dentro de nós, em diversas gradações.
Talvez ao ouvir isto pensemos: A minha é bem pequenininha. Mas tudo bem... já vale.
A rainha má colocou a culpa na Branca de Neve. A culpa de jogá-la para o segundo lugar e não deixá-la em primeiro, como gostaria.
Aliás, nem primeiro ela queria. Ela desejava mesmo ser a única. Tolice maior do que desejar ser a primeira.
Os primeiros deixam de ser, em algum momento.
O mais jovem perde o posto, assim como o mais velho, a melhor dançarina, o melhor cantor, o melhor atleta, a empresa mais rica, o empregado mais competente, o piloto pole position, o campeão de Fórmula Um...
Todos perdemos os primeiros lugares... A vida na Terra é isso: impermanência.
Quem quer ser o mais belo tem problemas sérios.
Deve saber que o posto é temporário. Todos somos substituídos, mais dia, menos dia, na posição que ocupamos.
Quantas moças lindas a rainha precisaria mandar o caçador assassinar?
Isso lhe daria paz?
Quem estava com o problema? Branca de Neve ou a rainha?
A menina linda não é o problema. O problema é de quem inveja sua beleza, pois se compara a ela.
Desejaria ser tanto ou mais bonita. A comparação é algo sem sentido.
Porque todos somos diferentes. Belos. Únicos.
O mesmo se dá com o ciumento, o rancoroso, o odiento, o perverso, o invejoso.
A culpa não está nos outros.
Se alguém tem um carro mais bonito do que o nosso, mais moderno, mais potente, não deve merecer nosso ódio, nem o devemos culpar pela nossa infelicidade.
O problema é nosso. O dono do carro nada tem a ver com a nossa insatisfação, ou com a nossa inveja.
Podemos trabalhar e adquirir um igual. Ou melhor ainda.
No entanto, reflitamos e aprendamos que não é de um carro último tipo que precisamos para sermos felizes.
Em verdade, perdemos um tempo enorme com amarguras ou inveja. Esse tempo poderia ser empregado em algo verdadeiramente útil para a nossa vida.
* * *
Cada pessoa é o que fez ou faz de si mesma.
Cada conquista é trabalho individual.
As faculdades de cada um são frutos de esforços continuados, de escolhas, de realizações.
Assim, se no dia a dia a nossa rainha má surgir, pensemos com lucidez.
Lembremos: a culpa não é da Branca de Neve, não é do nosso vizinho, não é de quem tem aquilo que desejamos física ou materialmente falando.
Pensemos nisso e alteremos nosso foco.
Não importa sermos o primeiro, o maior. Importante mesmo é sermos felizes com nossas conquistas individuais, aquelas perenes, que nem o tempo, nem o ladrão nos podem tirar.
Redação do Momento Espírita.
terça-feira, 16 de agosto de 2022
A construção do terceiro milênio.
Os pessimistas dizem que o mundo não tem jeito, que só se pode esperar coisas piores para o futuro.
Os saudosistas afirmam que hoje não há respeito, nem preservação dos verdadeiros valores. Enfim, tudo se encontra em declínio.
Os otimistas veem o que ocorre, as dificuldades, os desacertos, as discrepâncias sociais e assumem uma postura de quem deseja colaborar para mudar a face do mundo.
São os que saem a campo, fazendo o que possam.
Uns vão ao encontro dos enfermos para lhes proporcionar alívio. Outros resolvem amenizar o frio e a fome do seu próximo.
Outros elegem o caminho mais árduo. Investem na educação das novas gerações.
Sem medir esforços, como professores contratados ou como educadores voluntários, vão acender luzes nos cérebros e semear sensibilidade nos corações.
Numa dessas manhãs, em que nos decidimos conhecer benemérito trabalho junto à infância carente, comparecemos à veneranda instituição que, há sessenta e três anos, acende archotes de saber nas ruelas da ignorância.
A classe era de meninos de cinco a seis anos. Falava-se a respeito das profissões: a dignidade do labor de cada dia, o enobrecimento da criatura através do trabalho.
Desejando estabelecer um diálogo com os garotos, depois de alguns minutos de explanação, a professora passou a indagar a respeito da profissão que cada um desejaria seguir.
Eu quero ser ladrão! – Disse um menino, convictamente.
Eu quero ser assassino, como meu pai.
Chocamo-nos com as respostas. Não a experiente mestra que, sem demonstrar enfado ou surpresa, a todos ouviu, aduzindo uma palavra aqui, outra ali.
E agora? – Pensamos. Verificamos que aqueles meninos, apesar de tudo que recebiam, ali, em termos de valores individuais, tinham suas próprias e precisas ideias.
Contudo, logo mais, nos dirigimos a uma outra ala da instituição. Duas casas de bonecas estavam montadas.
Casas que são para meninos e meninas. Casas com mesas, cadeiras, armários, com muitas bonecas, carrinhos, bolas, brinquedos de montar.
E vimos a continuidade das mensagens do bem. Atendentes ensinando a meninos e meninas tomarem das bonecas e as acarinharem, abraçarem.
Vimos a criançada com os brinquedos de montar, incentivados a criar bonecos, móveis, utensílios, carros... em vez de revólveres, tanques de guerra e apetrechos agressivos.
Vimos meninos com bonecas ao colo, brincando de pai, num conceito diverso do que vivem, muitos deles, em seus próprios lares.
Vimos meninas brincando de preparar o almoço e servir aos colegas e às bonecas.
Vimos tanto amor, tanto cuidado, tanta dedicação. A resposta pacífica a um mundo violento. O ensinar, brincando, àqueles pequeninos, que o mundo não é somente o mal, que o amor pode tudo transformar.
E eles aprendem porque abraçam seus professores e se deixam abraçar, longamente, na chegada e na saída da instituição.
Sorriem aos visitantes, espontaneamente vão ao seu encontro e abraçam.
Vimos ali o mundo novo. Mundo que está sendo construído a pouco e pouco, naquelas mentes infantis que levarão a mensagem para onde quer que se encaminhem, na vida.
Tornar-se-ão homens de bem? Só o futuro dirá. Mas a boa semeadura está sendo realizada, dia após dia, semana após semana.
A Construção do Terceiro Milênio...
Redação do Momento Espírita.
terça-feira, 9 de agosto de 2022
Oração à Terra.
Terra, perdoa minha passagem pelo teu solo!
Somente agora, livre das algemas orgânicas, me dou conta da dívida que tenho para contigo.
Bebi das tuas águas transparentes e puras, comi de teus frutos, provei o pão que teus campos me ofertaram no trigal em festa e atravessei teus prados em êxtase, como o poeta que busca inspiração para o verso ligeiro.
Pisei tuas areias e esqueci de te agradecer as praias serenas.
Banhei-me em teus salgados oceanos e não proferi uma rogativa de gratidão.
Deslumbrei-me com tuas noites estreladas e deixei fugir o instante de estesia.
Terra amada, perdoa teu filho ingrato!
Quantas sementes tive nas mãos e não depositei em teu solo fértil?
Deixei de cantar tuas belezas e me vi perdido nas madrugadas de melancolia.
Quando as criaturas me negavam socorro, teu vento me trouxe o alento da esperança, tuas manhãs inundadas de sol dissiparam minhas tristezas noturnas e teus poentes de fogo me otimizaram a existência descolorida.
Descobri, tarde, quanto te devo e nada tenho para te devolver tantas foram as bênçãos que recebi de ti.
Tuas ervas medicaram minhas feridas.
Teu silêncio aquietou a minha ansiedade.
Terra bendita, desculpa se não te valorizei!
Tenho um tributo não pago para com tua generosidade.
Agora, livre na pátria invisível, cercado dos amores do ontem, te vejo com outros olhos.
Busco teus montes altaneiros, teus desertos áridos, tuas geleiras imponentes, teu céu muito azul, ajoelhando-me em prece de gratidão.
Terra, acolhe minhas madressilvas como singela lembrança do muito que recebi de ti.
* * *
Muitos de nós, como pais, lembramos de colocar, na oração que ensinamos nossos pequenos a fazer, o agradecimento especial pela escola que os recebe.
Pois bem, a Terra é uma escola toda especial. Dessas que enchem os olhos de quem a visita, pela primeira vez, observando o capricho do Arquiteto que a desenhou.
Tudo nela funciona para nos educar, tudo trabalha para nos servir. Ao mesmo tempo, para nos consolar e nos dar forças.
Se ainda não notamos isso, é que nos falta sensibilidade. Falta-nos educar o olhar.
Que possamos enxergar todas essas magnitudes da escola Terra ainda enquanto estamos por aqui, nas suas salas de aula.
A Terra tem belíssimas salas de aula, que conhecemos como família, onde todos são alunos e professores, ao mesmo tempo.
Que possamos valorizar os instantes de trabalho e descanso percebendo o que a Terra tem a nos oferecer para nos abraçar, seja enquanto nos sacrificamos, seja enquanto respiramos o ar do amor e da esperança.
Gratidão nos gestos de cuidado com o planeta.
Gratidão nas orações por tudo e por todos.
Gratidão nas mãos que auxiliam os outros alunos da instituição abençoada de ensino.
Gratidão nos pensamentos e palavras destinados a esse astro de amor espacial, esculpido pelas mãos do Celeste Arquiteto, há bilhões de anos, e que hoje nos serve incansavelmente.
Gratidão, planeta Terra!
Redação do Momento Espírita.