terça-feira, 27 de junho de 2023

Plenitude.


Plenitude.

"O amor é o antídoto para todas as causas do sofrimento, por proceder do Divino Psiquismo, que gera e sustenta a vida em todas as suas expressões.

Luarizado pelo amor, o homem discerne, aspira, age e entrega-se em confiança, irradiando energia vitalizadora, graças a qual se renova sempre e altera para melhor a paisagem por onde se movimenta. O amor é sempre o conselheiro sábio em qualquer circunstância, orientando com eficiência e produzindo resultados salutares, que propelem ao progresso e à felicidade.

Na raiz de qualquer tipo de sofrimento sempre será encontrado como seu autor o próprio Espírito, que se conduziu erroneamente, trocando o mecanismo do amor pela dor, no processo da sua evolução. A fim de apressar a recuperação, eis que se inverte a ordem dos acontecimentos, sendo a dor o meio de levá-lo de volta ao amor, por cuja trilha se faz pleno."

Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco.

terça-feira, 20 de junho de 2023

Ouve.


Ouve.

Ouve o sussurro reconfortante

Do vento nos ramos do salgueiro.

Ouve os estalos d'água da fonte solitária

Vertendo pureza e servindo sem o saber.

Escuta o recital da asa branca

Profundo e rouco atrás de um par que a aceite.

Escuta o canto simples das cigarras

Ecoando na floresta em noites de verão.

Percebe o bater transparente das asas do beija-flor

Frenéticas, quase oitenta vezes, num único segundo.

Percebe o rufar do trovão à distância

Anunciando novo movimento na sinfonia do céu.

Descobre a complexa canção das baleias

Correndo grandes distâncias na imensidão marinha.

Observa a areia regendo as vagas no calar da noite

Nenhum compasso se repete. Uma pauta sem fim.

Ouve o coração acelerado

De quem acabou de voltar ao mundo

Na ânsia de ser mais.

Ouve!

A música do Grande Compositor está em todo lugar.

Desperta e ouve!

Mas, ouve com atenção

Pois, a voz da beleza - falava um grande sábio

A voz da beleza fala baixo...

                                                                      *   *   *

Camille Flammarion, importante astrônomo e pesquisador psíquico francês, assim se expressou, com propriedade:

Em todas as províncias da vida, a mão do Criador inteligente e previdente se revela aos olhos que sabem verdadeiramente ver.

E sempre que a dúvida nos perturbe, nada melhor se nos impõe que o estudo acurado da natureza, porquanto todos os que tiverem consigo o sentimento do belo e verdadeiro, ante o espetáculo maravilhoso da Criação, logo terão dissipadas as nuvens, qual floração de luz.

A natureza tem harmonias para a alma, tem quadros para o pensamento, tem tesouros para as ambições do Espírito e ternuras para as aspirações do coração.

Sim, ela os tem, porque não nos é estranha. Somos um com ela.

Fazemos parte da grandiosidade do Universo. Somos parte dessa natureza encantadora que cada dia nos surpreende com suas habilidades, perfeições e mistérios.

Precisamos aprender a nos conectar melhor com tudo isso.

A vida moderna nos privou do contato mais constante com os outros seres vivos. O verde passou a ser visto enquadrado em poucas paredes, quando nos permitimos construir janelas.

Areia, grama, pássaros passaram a ser atrações eventuais e não mais convívios diários.

A beleza continua estuante ao nosso redor, por vezes, praticamente gritando: Estou aqui. Mas, não temos tempo, não temos ânimo e nem interesse.

Curioso ver o ser humano doente, agoniado, ansioso, inseguro, com o remédio claramente ao seu lado...

A conexão com Deus através da natureza tem poder terapêutico.

A natureza nos acalma, nos ensina sobre a paciência, nos dá lições de persistência. Desenvolve na alma a empatia, a sensibilidade e tantas e tantas outras virtudes.

Que possamos nos permitir mais momentos de vida na natureza.

Que, assim como outros bons hábitos diários, acrescentemos os momentos de contemplação, a visita e os cuidados com um jardim, namorar o canto de alguns pássaros...

Percebamos esta vida maior que nos envolve. Percebamos o quão grande e bela é a Criação Divina e que fazemos parte dela com muita honra e alegria.

Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 13 de junho de 2023

Almas enamoradas.


Geralmente, é na juventude do corpo que temos despertado o interesse em buscar o sexo oposto para compartilhar dos nossos sonhos.

 Quando encontramos a alma eleita, o coração parece bater na garganta e ficamos sem ação. Elaboramos frases perfeitas para causar o impacto desejado, a fim de não sermos rejeitados.

Então, tudo começa. O namoro é o doce encantamento.

Logo começamos a pensar em consolidar a união e nos preparamos para o casamento.

Temos a convicção de que seremos eternamente felizes. Nada nos impedirá de realizar os sonhos acalentados na intimidade.

Durante a fase do namoro é como se estivéssemos no cais observando o mar calmo que nos aguarda, e nos decidimos por adentrar na embarcação do casamento.

A embarcação se afasta lentamente do cais e os primeiros momentos são de extrema alegria. São os minutos mais agradáveis. Tudo é novidade.

Mas, como no casamento de hoje observa-se a presença do ontem, representada por almas que se amam ou se detestam, nem sempre o suave encantamento é duradouro.

Tão logo os cônjuges deixem cair as máscaras afiveladas com o intuito de conquistar a alma eleita, a convivência torna-se mais amarga.

Isso acontece por estarem juntos Espíritos que ainda não se amam verdadeiramente, que é o caso da grande maioria das uniões em nosso planeta.

Assim sendo, tão logo a embarcação adentra o alto mar, e os cônjuges começam a enfrentar as primeiras tempestades, o primeiro impulso é de voltar ao cais. Mas ele já está muito distante...

O segundo impulso é o de pular da embarcação. E é o que muitos fazem.

E, como um dos esposos, ou os dois, têm seus sonhos desfeitos, logo começam a imaginar que a alma gêmea está se constituindo em algema e desejam ardentemente libertar-se.

E o que geralmente fazem é buscar outra pessoa que possa atender suas carências.

Esquecem-se dos primeiros momentos do namoro, em que tudo era felicidade, e buscam outras experiências.

Alguns se atiram aos primeiros braços que encontram à disposição, para, logo mais, sentirem novamente o sabor amargo da decepção.

Tentam outra e outra mais, e nunca acham alguém que consolide seus anseios de felicidade. Conseguem somente infelicitar e infelicitar-se a si mesmos, na busca de algo que não encontram.

                                                                    *   *   *

Se a pessoa com quem nos casamos não é bem o que esperávamos, lembremo-nos de que, se a escolha foi feita pelo coração, sem outro interesse qualquer, é com essa pessoa que precisamos conviver para aparar arestas.

Lembremo-nos de que na Terra não há ninguém perfeito, e que nossa busca por esse alguém será em vão.

E, se houvesse alguém perfeito, esse alguém estaria buscando alguém também perfeito que, certamente, não seríamos nós.

                                                                     *   *   *

Você sabia que os casamentos são programados antes do berço?        

Nós planejamos antes de nascer se vamos ou não casar, com quem poderemos nos casar e quem serão nossos filhos.

Assim, temos o cônjuge que merecemos e o melhor que as Leis Divinas estabeleceram para nós.

Dessa forma, busquemos amar intensamente a pessoa com quem dividimos o lar, pois é só assim que conseguiremos alcançar a felicidade que tanto almejamos.

Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 6 de junho de 2023

Momentos de coragem.


MOMENTOS DE CORAGEM.

"O processo da reencarnação tem, no berço, a sua porta de entrada, aureolada pelas bençãos do amor de Deus.

Aí prosseguem os compromissos e cuidados de todo um projeto que teve início antes da fecundação e que não se acabará quando ocorrer a morte do corpo.

Através desse admirável mecanismo – o do renascimento – o berço passa a ensejar aos recomeçantes da experiência carnal: crescimento intelecto-moral; reparação de faltas que lhes pesam na economia espiritual; refazimento do caminho, antes percorrido com insensatez; edificação de propósitos superiores no mundo íntimo; esquecimento do mal, a fim de adaptar-se ao bem; aprendizagem das leis de amor que lhe vigem no imo, ainda desconsideradas; aproximação de adversários para a ampliação da comunidade fraternal; conquista da família-provação ou missão, de acordo com os títulos de enobrecimento ou de débito que se possuam; testes de paciência, de modo a compreender-se a grandeza do tempo sem limite; desdobramento de recursos que jazem adormecidos, e que, diante dos ensinamentos humanos, desatam ramos carregados com os tesouros de sabedoria e de luz.

A porta de entrada é a resposta da Vida, em misericórdia aos náufragos da vida."

Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco. 

Doe Sangue

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