terça-feira, 26 de setembro de 2017

A lição do perdão.

O que faríamos se, de repente, por uma circunstância qualquer, tivéssemos nas mãos a possibilidade de decidir a respeito do destino de uma pessoa que nos provocou muitos problemas?
Alguém que estendeu o manto da calúnia e destruiu nosso bom nome perante os amigos. Alguém que se apossou da empresa, fruto do nosso labor de tantos anos.
Alguém que tenha ferido brutalmente a um membro da nossa família.
Será que lembraríamos da lição do perdão, ensinada por Jesus? Será que viriam à nossa mente as palavras do Mestre Galileu: Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia?
Ou, ainda, a exortação a respeito de nos reconciliarmos o mais depressa possível com nosso adversário?
A propósito, conta-se que um escravo tornou-se de grande valor para o seu senhor, por causa da sua honradez e bom comportamento.
Em razão disso, foi elevado a uma posição de importância, na qualidade de administrador de suas fazendas.
Numa ocasião, o senhor desejou comprar mais vinte escravos. Foram juntos ao mercado e o administrador foi encarregado de observar e escolher.
Deveriam ser, naturalmente, homens fortes, para que pudessem desempenhar bem as rudes tarefas nas fazendas.
O administrador foi ao mercado e começou a sua busca. Em certo momento, fixou a vista num velho e decrépito escravo. Apontando-o para o seu senhor, disse-lhe que aquele devia ser um dos que deveria ser adquirido.
O fazendeiro ficou surpreendido com a escolha e não concordou. Ouvindo o diálogo, o negociante de escravos disse que se fossem comprados vinte homens, ele daria o velho de graça.
Realizada a negociação, foram todos levados para uma das propriedades.
O administrador passou a tratar o velho com maior cuidado e atenção do que a qualquer dos outros.
Levou-o para sua casa. Dava-lhe da sua comida. Quando tinha frio, levava-o para o sol. Quando tinha calor, colocava-o debaixo das árvores de cacau, à sombra.
Admirado daquelas atenções dispensadas a um escravo, o senhor perguntou por que ele procedia daquele forma.
Decerto deveria ter algum motivo especial: É seu parente, talvez seu pai?
A resposta foi negativa.
É seu irmão mais velho?
Também não, respondeu.
É seu tio ou outro parente?
Não tenho parentesco algum com ele. Nem mesmo é meu amigo.
Então, perguntou o fazendeiro, por que motivo tem tanto interesse por ele?
Ele é meu inimigo, senhor. Vendeu-me a um negociante e foi assim que me tornei escravo.
Mas eu aprendi, nos ensinamentos de Jesus, que devemos perdoar aos nossos inimigos. Esta é a oportunidade de exercitar meu aprendizado.
*   *   *
O perdão acalma e abençoa o seu doador.
Maior é a felicidade de quem expressa o perdão. O perdoado é alguém em processo de recuperação. No entanto, aquele que lhe dispensa o esquecimento do mal, já alcançou as alturas do bem e da solidariedade.
Quando entendermos que perdoar é conquistar enobrecimento, nos faremos fortes pelas concessões de amor e compreensão que sejamos capazes de distribuir.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Amor sem preço.

Havia um garoto que, nos seus quase oito anos, adquirira um hábito nada salutar. Tudo para ele se resumia em dinheiro. Queria saber o preço de tudo o que via. Se não custasse grande coisa, para ele não tinha valor algum.
Nem se apercebia o pequeno que há muitas coisas que dinheiro algum compra. E dentre essas coisas, algumas são as melhores do mundo.
Certo dia, no café da manhã, ele teve o cuidado de colocar sobre o prato da sua mãe um papelzinho cuidadosamente dobrado. A mãe o abriu e leu:
Mamãe me deve: por levar recados - três reais; por tirar o lixo - dois reais; por varrer o chão - dois reais; extras - um real. Total que mamãe me deve: oito reais.
A mãe espantou-se no primeiro momento. Depois, sorriu, guardou o bilhetinho no bolso do avental e não disse nada.
O garoto foi para a escola e, naturalmente, retornou faminto. Correu para a mesa do almoço.
Sobre o seu prato estava o seu bilhetinho com os oito reais. Os seus olhos faiscaram.
Enfiou depressa o dinheiro no bolso e ficou imaginando o que compraria com aquela recompensa. Mas então, percebeu que havia um outro papel ao lado do seu prato. Igualzinho ao seu e bem dobrado.
Abriu e viu que sua mãe também lhe deixara uma conta.
Filhinho deve à mamãe: por amá-lo - nada. Por cuidar da sua catapora - nada. Pelas roupas, calçados e brinquedos - nada. Pelas refeições e pelo lindo quarto - nada. Total que filhinho deve à mamãe - nada.
O menino ficou sentado, lendo e relendo a sua nova conta. Não conseguia dizer nenhuma palavra. Depois se levantou, pegou os oito reais e os colocou na mão de sua mãe.
A partir desse dia, ele passou a ajudar sua mãe por amor.
*   *   *
Nossos filhos são Espíritos que trazem suas virtudes e suas paixões inferiores de outras existências. Cabe-nos examiná-las para auxiliá-los na consolidação das primeiras e no combate às segundas.
Todo momento é propício e não deve ser desperdiçado.
As ações são sempre mais fortes que as palavras.
Na condução dos nossos filhos, cabe-nos executar a especial tarefa de agir sempre com dignidade e bom senso, o que equivale a dizer, educar-nos.
Com exceção dos filhos extremamente rebeldes, uma boa dose de amor somada à energia, sempre dá bons resultados.
*   *   *
É no lar que recebemos os primeiros ensinamentos sobre as virtudes.
Na construção do senso moral, dos conceitos de certo e errado são muito importantes os exemplos dados pelos pais.
É no doce mundo familiar que se adquire o hábito da virtude que nos guiará as ações quando sairmos mundo afora.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Oração de agradecimento.


Senhor Jesus!
Nós te agradecemos:
Pela coragem de facear as dificuldades criadas por nós mesmos;
Pelas provas que nos aperfeiçoam o raciocínio e nos abrandam o coração;
Pela fé na imortalidade;
Pelo privilégio de servir;
Pelo dom de saber que somos responsáveis pelas próprias ações;
Pelos recursos nutrientes e curativos que trazemos em nós próprios;
Pelo conforto de reconhecer que a nossa felicidade tem o tamanho da felicidade que fizermos para os outros;
Pelo discernimento que nos permite diferenciar
aquilo que nos é útil daquilo que não nos serve;
Pelo amparo da afeição no qual as nossas vidas se alimentam em permuta constante;
Pela bênção da oração que nos faculta apoio interior para a necessária solução de nossos problemas;
Pela tranqüilidade de consciência que ninguém consegue subtrair-nos...
Por tudo isso, e por todos os demais tesouros, de esperança e de amor, de alegria e de paz, de que nos enriqueces a existência, Sê bendito, Senhor!... ao mesmo tempo que te louvamos a Infinita Misericórdia, hoje e para sempre."
Emmanuel - Chico Xavier

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

VIVA O PATRIOTISMO BRASILEIRO.

INDEPENDÊNCIA OU MORTE!!!
A Independência do Brasil foi fruto do intenso trabalho das hostes espirituais junto aos homens. 
Muitos homens deram a vida por este ideal, e, logo, os versos do Hino da Independência eram cantados: 
"Já podeis da pátria filhos, ver contente a mãe gentil. Já raiou a liberdade, no horizonte do Brasil."

São passados cento e noventa e cinco anos da nossa independência.
Olhamos o nosso imenso país, um gigante geográfico e nos indagamos: 
Somos realmente livres?

A verdadeira independência é moral.
Enquanto prosseguem vigentes o jeitinho brasileiro e a lei de Gerson não seremos livres.
Quando assumirmos nosso papel de homens dignos, corretos, fiéis aos nobres ideais, seremos livres.
Quando o estandarte da solidariedade e da tolerância se implantar em nossos corações, a nossa bandeira verde e amarela tremulará mais bela.
Quando estendermos os braços para o bem da comunidade, as estrelas do pano pátrio brilharão com maior intensidade.
Quando a ordem e a disciplina se instalarem nas ações de todos nós, o branco do pavilhão nacional terá alcançado o verdadeiro sentido: a paz.
Para que o progresso real se instale, é necessário que as individualidades cresçam. A soma das conquistas pessoais resultará no crescimento coletivo.
Hoje é um excelente dia para se propor a trabalhar pelo nosso gigante.
Dizem que está adormecido, mas só porque os seus filhos dormem. A mãe gentil que nos recebe nesta etapa da vida no planeta merece-nos o esforço.
Se quisermos, e só se quisermos, poderemos tornar verdadeira, desde agora a assertiva espiritual: Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho.
Coração que pulsa, que ama, que não relega ao abandono os seus filhos. E tanto quanto pode, recebe e ampara os filhos de outros solos.
Pátria do Evangelho que irradia o bem, que serve de modelo, que luta pela justiça, pela verdade.
Independência moral. Crescimento real. Vamos todos começar neste dia a lutar por tais objetivos?
                                                                                  * * *
Relatam as tradições espirituais que Tiradentes, morto em 1792, continuou após a sua morte, a trabalhar pela Independência do Brasil.
Ele estava com o príncipe regente Dom Pedro no grito do Ipiranga.
Isso demonstra que os Espíritos, mesmo abandonando a carne, prosseguem nos ideais abraçados.
Os Espíritos, como os homens, amam o torrão que lhes serviu de berço, se interessam pelas coletividades, trabalham pelo bem geral.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Sejamos.

Se você não puder ser um pinheiro no topo da colina, seja um arbusto no vale – mas seja o melhor arbusto à margem do regato.
Seja um ramo se não puder ser uma árvore.
Se não puder ser um ramo, seja um pouco de relva, e dê alegria a algum caminho.
Se não puder ser um perfume raro, seja então apenas uma tília; porém, a tília mais cheia de vida do lago.
Não podemos ser todos capitães, temos de ser tripulação.
Há alguma coisa para todos nós aqui. Há grandes obras e outras menores a realizar.
E é a próxima a tarefa que devemos empreender.
Se você não puder ser uma estrada, seja apenas uma senda.
Se não puder ser o sol, seja uma estrelaNão é pelo tamanho que terá êxito ou fracasso.
Mas seja o melhor que puder, independentemente do que seja.
*   *   *
Fazer a diferença no mundo não quer dizer fazer grandes coisas.
Claro que temos os que, dentre nós, seremos os grandes realizadores, os capitães, os líderes, os exemplos, porém, a grande maioria de nós é tripulação.
Mas, lembremos que uma tripulação pode afundar um navio se assim o quiser.
Todos somos importantes e temos nossas tarefas, nossas missões e responsabilidades.
Em nossas esferas de atuação podemos fazer muito, pouco ou nada.
O convite é para que sejamos mais.
Mais amáveis, mais responsáveis, mais amigos, mais civilizados.
Sejamos a mudança que queremos tanto ver no mundo, nos poderosos, cujo comportamento tanto rechaçamos, na sociedade doente que criticamos duramente.
Construamos ao nosso redor esse mundo novo, iniciemos em nossa família uma vida nova, com novos hábitos, novas regras e novas disposições.
Sejamos diferentes. Sejamos estranhos. Sejamos motivo para comentários dos que não saem da mesmice dos dias iguais e dos comportamentos de massa.
Sejamos amorosos com todos, independentemente da forma com que sejamos tratados.
Sejamos firmes, sem sermos rudes. Tenhamos paciência. Não deixemos que nada nem ninguém roube a nossa tão preciosa paz.
Sejamos otimistas, mas não tolos. Carreguemos o otimismo inteligente de quem sabe que o Universo é regido por leis perfeitas, de quem sabe que no aparente caos há uma Ordem Invisível tomando conta.
Sejamos fortes, mas saibamos pedir ajuda sem medo. Humildade é sinal de grandeza de alma.
Sejamos caridosos, o que significa sermos benevolentes, indulgentes e misericordiosos. Um pouco mais a cada dia. Somos uma construção de séculos, milênios. Essa vida é mais uma etapa dessa grande edificação que somente está ficando mais alta.
Sejamos atenciosos. Percebamos tudo ao nosso redora natureza, os movimentos, as pessoasPrincipalmente, as pessoas.
Elas precisam de atenção. Precisam de alguém que pare e as ouça, que saia de seu individualismo ensurdecedor, retire seu fone de ouvido e diga: Pode falar, estou ouvindo...
Sejamos o melhor que pudermos, dentro das nossas possibilidades. Façamos a nossa parte, sem nos preocuparmos se os outros estão fazendo a deles.
O convite é para nóspara cada um de nós.

Doe Sangue

Doe Sangue