domingo, 31 de dezembro de 2017

FELIZ ANO NOVO.

Momento de avaliação.
No encerramento de cada exercício e início de um novo, é inevitável para as empresas a estruturação de um balanço, em relação aos investimentos estabelecidos.
Receita e despesa, confrontados, resultam no saldo que caracteriza o acerto ou a incapacidade do administrador.
No que diz respeito à economia moral, é imprescindível fazer-se uma avaliação das conquistas realizadas durante a ocorrência de cada período.
Indispensável, para bem se aquilatar de como se vai e de como programar-se a etapa nova.
*   *   *
Os minutos sucedem-se, gerando as horas.
Os dias passam, estabelecendo meses.
Os anos se acumulam e as estruturas do tempo se alteram.
Quem conhece Jesus é convidado a investir, nos divinos cofres do amor, as moedas que a sabedoria lhe faculta em forma de maior iluminação, pela renúncia, caridade, perdão e esperança.
De tempos em tempos, impostergavelmente, torna-se necessário um cotejo do que foi feito em relação ao programado, para medir-se o comportamento durante o trânsito dos compromissos.
Façamos hoje, no encerramento ou início da experiência, uma avaliação-balanço.
Constatada a presença de equívocos, disponhamo-nos a corrigi-los.
Identificados os êxitos, preparemo-nos para multiplicá-los.
Logrados os sucessos, apliquemo-los em favor do bem geral.
Detectados os malogros e sofrimentos, abençoemos a dor e a dificuldade que nos devem constituir impulso e estímulo para o prosseguimento.
Tenhamos, no entanto, a coragem de uma avaliação honesta, sem desculpas, sem excesso de intransigência.
*   *   *
Hora de balanço é hora séria.
Proponhamo-nos à pausa da reflexão com a coragem de nos despirmos perante a consciência.
A ajuda dos amores ao redor é preciosa, uma vez que, por vezes, a autovisão poderá estar embaçada por desequilíbrios ou traumas vivenciados.
Perguntar como nos enxergaram durante tal período específico, sobre esse ou aquele aspecto, é bastante válido e propício.
São opiniões que devem ser levadas em conta nesta grande avaliação-balanço produzida em nosso mundo íntimo.
Suponhamos que a desencarnação nos surpreendesse e nos não fosse possível omitir, escamotear ou fugir à responsabilidade que adquirimos perante a vida, face à dádiva da reencarnação.
Experiência que passa, enseja lição que permanece.
E, de aprendizado em aprendizado, o relógio da eternidade nos propiciará o crescimento no rumo de Deus e na aquisição da virtude da paz.
Redação do Momento Espírita, com base no livro:-  
Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis, 
psicografia de Divaldo Pereira Franco

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Você lembrará.

Quando os cabelos nevados lhe aureolarem a face...
Quando os dias se fizerem frios, porque a gélida solidão faz presença ao seu lado...
Quando seus dias se fizerem de insistente saudade, você lembrará...
Lembrará das tardes quentes, quando levava a passear os pequenos e havia risos de alegria, lambuzeira de sorvete e pipocas espalhadas pelo carro.
Recordará das brincadeiras dos meninos, usando a mangueira do jardim para se molharem uns aos outros, em vez de regar as plantas.
Lembrará de sua voz recomendando menos bagunça, economia de água, de energia elétrica...
Lembrará das mãos pequeninas que mexiam em sua orelha, enquanto os olhinhos tentavam se fechar, entregando-se ao sono.
Lembrará do ursinho de pelúcia, de olhos grandes, deixado no banco de trás de seu carro, acompanhando-o em viagem de negócios, em visitas a clientes.
O ursinho que ficava ali, sempre à disposição, aguardando o retorno de seu dono, ao final do dia.
Lembrará das vozes perguntando: Pai, você me ergue? Não estou vendo nada daqui. Eu sou muito pequeno.
Você me carrega? Tô cansado.
Mami, você me gosta?
Lembrará do lanche da tarde, das visitas inesperadas portando sorrisos e flores; das festas surpresas nos aniversários; das cartas que chegavam com perfume de lembrei de você; das viagens com os amigos; dos amores, dos afagos, das lágrimas de emoção e contentamento.
Você lembrará...
Tudo passará no caleidoscópio das memórias, trazendo-lhe ao coração ternura e saudade.
*   *   *
Pense nisso, nos dias que vive e aproveite ao máximo o alimento do afeto, da presença, da alegria.
Mantenha a aparência jovial, embora o tempo teime em lhe colocar fios de prata nos cabelos bastos e arabescos na face.
Conserve o sorriso espontâneo e claro, mesmo que a alma esteja em trajes de luto.
Memorize os momentos felizes e arquive tudo no canto mais privilegiado de sua mente.
Não esqueça nenhum detalhe: o dia cheio de luz ou a chuva insistente; as roupas coloridas, o boné levado pelo vento; os risos, o machucado, o aconchego dos pequenos em seu colo; o adormecer cansado em seus braços, após as horas de corrida e travessuras pelo parque; o cheirinho de bebê, o perfume do xampu, os cabelos escovados ou despenteados, rebeldes, jogados aos ombros.
Observe tudo. Grave tudo. Um dia, quando a solidão se sentar ao seu lado, esses detalhes, essas pequenas grandes coisas lhe farão companhia.
Você as retirará, uma a uma, do baú de memórias e alimentará as suas horas, para continuar a ser feliz, como hoje o é.
E talvez nem se dê conta do quanto é feliz.
Preparando a felicidade do seu amanhã, você acabará por descobrir, ainda hoje, o quanto é feliz.
Pense nisso... E aja agora.

sábado, 23 de dezembro de 2017

FELIZ NATAL

À todos os nossos Amigos e Irmãos um Natal de Amor.

Que este Natal seja um momento especial, em que Jesus esteja presente em seu coração.

Que as palavras pronunciadas por Ele, há mais de dois mil anos, possam encontrar lugar em seu espírito, com a simplicidade, o trabalho e a confiança em Deus, essência dos ensinos de Jesus.

Que o Natal ganhe um novo significado em sua vida, para que brilhe a sua luz, para que você seja aquele que semeia a paz, que vivencia o amor universal.

Neste Natal, canta um poema de amor a Jesus, celebrando-Lhe o aniversário com a tua transformação moral para melhor, mantendo a tua aliança com Ele e levando-O em forma de bondade e de misericórdia a todos aqueles que cambaleiam nas sombras da dor, da revolta e do esquecimento social.


Este é o sentido do verdadeiro Natal: O amor de Deus para com os homens.


O amor dos homens uns para com os outros, em nome do Divino Amor que se chama Jesus. 


F e l i z - N a t a l ! ! !

Jornal Mundo Maior.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

A Estrela do Natal.

Naquela manhã, avó e neta carregavam diversos enfeites e diminutas lâmpadas coloridas. Chegara o esperado dia de enfeitar a árvore de Natal.
Aos poucos, o belo pinheiro foi se transformando: luzes cintilantes o iluminavam, bolas de cores variadas o adornavam e, no topo, uma estrela fulgurante arrematava a encantadora decoração.
Algumas horas depois, a árvore de Natal estava completamente enfeitada.
Vovó, eu gosto muito de decorar o pinheirinho de Natal com você! - Revelou a menina, aconchegando-se no colo da gentil senhora.
E eu gosto muito que você me ajude a fazer isso, minha filha, redarguiu a avó, sorrindo.
Mas você sabe, prosseguiu, é preciso também que enfeitemos o pinheirinho que todos temos dentro do coração.
Um pinheirinho dentro do coração? - Questionou a menina, sem compreender.
Sim, respondeu a avó. O Criador plantou no coração de cada um de nós um pinheirinho. É nossa responsabilidade enfeitá-lo, assim como enfeitamos a árvore que agora ilumina a nossa casa.
Mas, vovócomo podemos enfeitar o pinheirinho do coração?
Ora, minha filha, nós o enfeitamos com laços, bolas coloridas, luzes e até mesmo com uma estrela como esta, explicou a senhora, indicando a estrela que fora colocada, no topo da árvore, que ambas haviam enfeitado.
Mas como fazemos isso?
A avó abraçou a neta, correndo-lhe os dedos pelos cabelos, e respondeu:
Quando somos caridosos, quando perdoamos, quando amamos, criamos laços fraternos com aqueles que estão ao nosso redor.
São esses laços que enfeitam o pinheirinho que Deus plantou em nós.
Da mesma forma, a gentileza, o respeito, a humildade, a empatia, a generosidade, são as bolas coloridas com as quais enfeitamos a árvore do coração.
As luzes, prosseguiu a avó, são nossas orações. Todas as vezes que falamos com Deus, uma cintilante luz brilha em nosso interior, iluminando nosso caminho.
E a estrela, vovó? - Questionou a menina, olhos brilhantes, atenta à explicação.
A estrela é a fé. Fé que, quando cultivada, brilha no céu de nossas almas e transforma o choro e a tristeza em esperança.
E nos fortalece a vontade para continuar perseguindo nossos sonhos, até os vermos concretizados.
Abraçando a neta, a avó finalizou: Lembre que não há, minha filha, nenhuma estrela mais cintilante do que a fé e nenhuma luz mais brilhante que a oração.
*   *   *
A poetisa Cora Coralina escreveu certa vez: Enfeite a árvore de sua vida com guirlandas de gratidão.
Em sua lista de presentes, em cada caixinha embrulhe um pedacinho de amor, ternura, reconciliação, perdão!
No estoque do coração, a hora é agora!
Enfeite seu interior! Seja diferente! Seja reluzente!
*   *   *
Neste Natal, ofertemos para o desafeto, o perdão; para o oponente, a tolerância; para o próximo, o amor; para a criança, o exemplo; para o passado, a lição; para o presente, a oportunidade; para o futuro, a confiança; para nós mesmos, o nascimento de Jesus em nossos corações.
Feliz Natal para todos nós!

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Ser luz.

O crepúsculo descia num deslumbramento de ouro e brisas cariciosas. Ao longo de toda a encosta, acotovelava-se a multidão.

Centenas de criaturas se aglomeravam ali, a fim de ouvirem a palavra do Senhor, na paisagem que se aureolava dos brilhos singulares de todo o horizonte pincelado de luz.

Eram velhinhos trêmulos, lavradores simples e generosos, mulheres do povo agarradas aos filhinhos. Entre os mais fortes e sadios, viam-se cegos e crianças doentes, homens maltrapilhos, exibindo os vermes que lhes corroíam as mãos e os pés.

Todos se comprimiam ofegantes. Ante os seus olhares esperançosos, a figura do Mestre surgiu na eminência enfeitada de verdura, onde sopravam brandamente os ventos amigos da tarde.

Deixando perceber que se dirigia aos vencidos e sofredores do mundo inteiro,Jesus, pela primeira vez, pregou as bem-aventuranças celestiais.

Sua voz caía como bálsamo eterno, sobre os corações desditosos.

Aila estava entre eles. Nunca ouvira alguém falar assim. Algo naquele estrangeiro a encantava. O filho pequeno que carregava nos braços, antes agitado, assustado com os ruídos externos da multidão, agora estava calmo, de olhos abertos, como se também prestasse atenção nas palavras do Mestre.

Em determinado momento, ela teve a impressão de que seus olhares se entrecruzaram. Ele lhe parecia familiar... De onde O conhecia?

Sentiu algo singular que lhe tocou as cordas íntimas da alma. Parecia um convite... mas, um convite para quê?

Nesse exato instante, a voz marcante deixava no ar as palavras inesquecíveis:

Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre o monte.

Nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e ilumina a todos que estão na casa.

Assim, resplandeça a vossa luz adiante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.

Ela, então, compreendeu o suave chamado: Ele queria que ela fosse luz ao Seu lado.

                                                                          * * *

Num planeta onde se fala de tanta sombra, de tantas dificuldades, de tamanhanoite na alma, temos ideia do que significa ser a luz do mundo?

Parece algo pretensioso? Algo apenas para grandes Espíritos?

Não, não se trata de ser a luz do mundo, isto é, uma única luz que iluminará todas as trevas do globo. O que o Mestre quis dizer foi que a claridade na Terra virá de cada um de nós, de nossas potencialidades, de nosso esforço individual, de nossas virtudes.

Ele via em nós, em gérmen, tudo que tínhamos ainda por desenvolver. Via na semente pequenina a certeza da árvore frondosa.

Seu recado era simples: Brilhe, deixe sair essa luz que você já dispõe, não a esconda, não permita que suas imperfeições, suas mazelas, o impeçam de irradiar essa luminescência grandiosa.

E Ele foi e é a prova viva de que isso é possível, pois iluminou o mundo naqueles momentos benditos em que esteve entre nós.

Ele se fez Luz do mundo e veio nos convidar a sermos igualmente luz.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

O que te faz melhor.


Narra-se que Leonardo Boff, num intervalo de uma conversa de mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos, perguntou ao Dalai Lama:
Santidade, qual a melhor religião?
O teólogo confessa que esperava que ele dissesse: É o budismo tibetano. Ou são as religiões orientais, muito mais antigas que o Cristianismo.
O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, olhou seu inquiridor bem nos olhos, desconcertando-o um pouco, como se soubesse da certa dose de malícia na pergunta, e afirmou:
"A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus. É aquela que te faz melhor."
Para quem sabe sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, Boff voltou a perguntar:               O que me faz melhor?
"Aquilo que te faz mais compassivo; aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável"...
"A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião"...
Boff confessa que calou, maravilhado, e até os dias de hoje ainda rumina a resposta recebida, sábia e irrefutável.
O Dalai Lama foi ao cerne da questão: a religião deve nos ser útil para a vida, como promotora de melhorias em nossa alma.
Não haverá religião mais certa, mais errada, mas sim aquela que é mais adequada para as necessidades deste ou daquele povo, desta ou daquela pessoa.
Se ela estiver promovendo o Espírito, impulsionando-o à evolução moral e estabelecendo este laço fundamental da criatura com o Criador –independente do nome que este leve ela será uma ótima religião.
Ao contrário, se ela prega o sectarismo, a intolerância e a violência, é óbvio que ainda não cumpre adequadamente sua missão como religião.
O eminente Codificador do Espiritismo, Allan Kardec, quando analisou esta questão, recebeu a seguinte resposta dos Espíritos de luz:
Toda crença é respeitável quando sincera, e conduz à prática do bem. As crenças censuráveis são as que conduzem ao mal.
Dessa forma, fica claro mais uma vez que a religião, por buscar nos aproximar de Deus, deve, da mesma forma, nos aproximar do bem, e da sua prática cotidiana.
Nenhum ritual, sacrifício, nenhuma prática externa será proveitosa, se não nos fizer melhores.
Deveríamos empreender nossos esforços na vida para nos tornarmos melhores.
Investir em tudo aquilo que nos faz mais compreensivos, mais sensíveis, mais amorosos, mais responsáveis.
A melhor doutrina é a que melhor satisfaz ao coração e à razão, e que mais elementos tem para conduzir o homem ao bem.
*   *   *
Gandhi afirmava que uma vida sem religião é como um barco sem leme.
Certamente todos precisamos de um instrumento que nos dirija. Assim, procuremos aquela religião que nos fale à alma, que nos console e que nos promova como Espíritos imortais que somos.
Transmitamos às nossas crianças, desde cedo, esta importância de manter contato com o Criador, e de praticar o bem, acima de tudo.

Doe Sangue

Doe Sangue