terça-feira, 23 de julho de 2024

Para ser feliz.


Acorde todas as manhãs com um sorriso. Esta é mais uma oportunidade que você tem para ser feliz.

Seja seu próprio motor de arranque.

O dia de hoje jamais voltará. Não o desperdice. Você nasceu para ser feliz!

Enumere as boas coisas que você tem na vida. Ao tomar consciência do seu valor, será capaz de ir em frente com muita força, coragem e confiança!

Trace objetivos para cada dia. Você conquistará seu arco-íris, um dia de cada vez. Seja paciente.

Não se queixe do seu trabalho, do tédio, da rotina, pois é o seu trabalho que o mantém alerta, em constante desenvolvimento pessoal e profissional. Além disso, ajuda você a manter a dignidade.

Acredite, seu valor está em você mesmo. Não se deixe vencer, não seja igual, seja diferente, seja especial.

Quando nos deixamos vencer, não há surpresas, nem alegrias...

Conscientize-se de que a verdadeira felicidade está dentro de você. A felicidade não é ter ou alcançar, mas ser e doar-se.

Estenda sua mão. Compartilhe. Sorria. Abrace. Deixe-se envolver pelo afeto.

A felicidade é como um perfume. Você o passa nos outros e o cheiro fica um pouco em suas mãos.

E quando você se deixa envolver por essa fragrância especial, ao abraçar alguém deixa um pouco do seu cheiro, pois esse perfume é contagiante.

O importante de você ter uma atitude positiva diante da vida, ter o desejo de mostrar o que tem de melhor, é que isso produz efeitos colaterais maravilhosos.

Não só cria um halo de conforto para os que estão ao seu redor, como também encoraja outras pessoas a serem mais positivas.

O tempo para ser feliz é agora. O lugar para ser feliz é aqui!

A felicidade está ao alcance de todos, mas somente as pessoas especiais a têm alcançado. E sabe por quê?

Porque as pessoas especiais são aquelas que têm a habilidade de dividir suas vidas com os outros.

Elas são honestas nas atitudes, são sinceras e compassivas, e estão certas de que o amor é parte de tudo.

As pessoas especiais praticam a arte de se doar aos outros, e ajudá-los com as mudanças que surgem em seus caminhos.

As pessoas especiais não temem dividir seus conhecimentos, compartilhar seus sonhos, suas alegrias.

Elas não têm medo de ser vulneráveis. Acreditam que são únicas e têm prazer em ser quem são.

As pessoas especiais são aquelas que se permitem a ventura de estar próximas dos outros e importar-se com a felicidade alheia.

Elas sabem que o amor é o que faz a diferença na vida.

As pessoas especiais são aquelas que realmente tornam a vida bela.

E você, também é uma dessas pessoas especiais? 

                                                      *  *  *
Pense nisso.

Todas as pessoas são especiais.

Todas foram especialmente geradas pelo amor do Criador do Universo, que enfeita o céu com as estrelas e coloca na intimidade de cada ser uma centelha de luz.

Compete a cada pessoa fazer brilhar sua própria luz, conforme o convite de Jesus.

Se você ainda tem alguma dúvida sobre que atitudes tomar para ser feliz, anote estas ligeiras dicas e as realize.

Em breve verá que novos horizontes se abrem mostrando uma realidade diferente: a realidade das pessoas felizes.

Redação do Momento Espírita.
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terça-feira, 16 de julho de 2024

Eu me importo.


O gerente da empresa chegou pela manhã e encontrou um balde esquecido frente à porta de entrada.

Não era um balde especial. Era um simples balde plástico, desses utilizados para limpeza.

Era evidente que uma das responsáveis pela tarefa o esquecera ali.

Porque o balde dificultasse o acesso à entrada, o gerente o apanhou e colocou em um canto da sala de recepção.

Chamou uma das serventes e perguntou: Este balde é seu?

A moça, desconfiada, olhou e disse com firmeza: Não. É o que Maria utiliza na limpeza.

Obrigado, falou o gerente.

Chamou outra servente, fazendo a mesma pergunta. E outra.

A resposta foi a mesma. Não era seu o balde.

E, por não ser seu, o balde continuou no mesmo local onde fora colocado pelo gerente.

Finalmente, a quarta servente olhou o objeto, disse que não era seu.

Mas, resoluta, sem esperar qualquer ordem, pegou o balde e o foi colocar no seu devido lugar.

                                       *   *   *

Um simples balde. Quanto tempo perdido!

Muitas vezes, agimos assim. Encontramos coisas fora do lugar, mas porque não nos pertencem, nós as deixamos ali.

Isso ocorre em casa, no ambiente de trabalho, na escola, na rua.

Seria tão simples e rápido colocar no lugar.

Desviar do objeto em vez de retirá-lo de onde se encontra indevidamente, ou procurar o culpado, requer muito mais esforço.

Enquanto persistirmos nessa posição de não fui eu, não tenho nada com isso, o mundo não se tornará melhor.

Imaginemos o dia em que todos nos importarmos com as pequenas coisas.

Não haverá mais roupas fora do lugar, em nossos lares. Cada um guardará o que é seu. E se alguma coisa, por acaso, ficar esquecida, o primeiro que chegar a colocará em seu devido lugar.

A pia não ficará tão cheia de pratos, copos e panelas porque quem primeiro chegar providenciará a lavagem e a devolução às prateleiras e aos armários.

Nosso ambiente de trabalho se tornará um lugar de mútua cooperação. Todas as tarefas acontecerão de forma mais eficiente e rápida.

Ninguém buscará saber quem esqueceu determinado material sobre a mesa ou o balcão. Simplesmente o apanhará e devolverá no local devido.

Quem precisar, sempre saberá onde encontrar.

Os computadores serão desligados ao final do dia. As luzes apagadas.

Na rua, não haverá latas e papéis jogados. Tudo estará depositado nas lixeiras.

Na hipótese de o vento trazer lixo de algum lugar, quem passar primeiro o recolherá e porá na lixeira.

Todo motorista estacionará de forma correta seu veículo, ocupando o exato espaço de que necessita. Dessa forma, haverá mais vagas disponíveis.

Assim, serão evitadas filas duplas indevidas, carros dificultando passagem de pedestres.

As praças estarão sempre bonitas porque estarão limpas.

Se alguém esquecer um copo, uma garrafa, um papel, sempre haverá outro alguém que se importa e providenciará o imediato depósito na lixeira mais próxima.

Esse mundo ideal que pensamos e desejamos não é o do futuro distante.

Ele pode começar agora, bastando que cada um de nós inicie a campanha do eu me importo. E aja.

Vamos todos começar hoje?

Redação do Momento Espírita.
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terça-feira, 9 de julho de 2024

Estatura espiritual.



Quando alguém nos pergunta nossa estatura, temos a resposta pronta.

Mas, se nos perguntassem sobre a nossa estatura espiritual, saberíamos responder?

Talvez nunca tenhamos pensado nisso, porém, a estatura espiritual é a nossa real dimensão.

O notável poeta português Fernando Pessoa escreveu: Porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura...

Como vemos o mundo? De que maneira agimos em nosso âmbito de influência? Como tratamos as questões do universo em que nos movimentamos?

Se observamos o mundo de um ponto de vista abrangente, que contempla mais do que nosso próprio lar, nosso emprego, nossos familiares e nossos amigos, temos uma boa estatura.

Se em nosso âmbito de influência priorizamos sempre e incondicionalmente o bem geral, a nobreza das iniciativas, a importância de cada pessoa envolvida no contexto, somos grandes.

Se nas decisões que nos competem levamos em conta o esforço, a dedicação, a intencionalidade de quem apresenta um projeto, uma nova ideia, uma sugestão, temos uma ótima estatura.

Se tratamos com a mesma consideração e respeito todas as pessoas, se não discriminamos ninguém, se não fazemos pré-julgamentos, se agimos com justiça, somos gigantes.

Mas, se nosso mundo não vai além dos próprios interesses e dos familiares, do nosso time de futebol, do nosso partido político, da nossa religião...

Se rejeitamos projetos, sugestões ou opiniões que venham de pessoas que não estimamos, ou que ofereçam algum risco aos nossos interesses pessoais...

Se agimos de acordo com as nossas conveniências, da dos nossos amigos, dos que pensam como nós, então temos uma estatura espiritual de pigmeus.

Existem pessoas que não conseguem vislumbrar os verdadeiros valores da vida porque sua estatura espiritual é mínima.

São essas que sentem inveja, ciúmes, e não suportam ver os outros felizes.

Por causa da sua miopia espiritual, não admitem o bem realizado por um indivíduo que torce para o time adversário, professa uma fé diferente da sua ou tem ideias divergentes.

Ainda que trabalhem na mesma corporação, professem a mesma fé, ou sejam do mesmo partido político, esses pigmeus não aceitam as boas ideias, simplesmente porque não são suas.

Essa é uma visão muito limitada. Esse é um dos fatores pelos quais vivemos num mundo ainda problemático, do ponto de vista ético-moral.

Quando nossos horizontes se ampliarem, e a nossa visão for bem maior que a nossa altura, formaremos uma nação onde a felicidade poderá fazer morada.

Pessoas que têm uma visão abrangente da vida são as que fazem o bem pelo bem, e não por conveniência ou interesses escusos.

Valorizam as boas iniciativas por elas mesmas, e não pelas pessoas envolvidas.

O bem geral passa a ser a meta, e quem quer que deseje unir forças para realizá-lo será bem-vindo, como um verdadeiro irmão.

                                                                *   *   *

E agora, depois disso tudo, sabemos responder qual é a nossa real estatura?

Lembremos de que somos do tamanho do que vemos e não do tamanho da nossa altura.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita.
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terça-feira, 2 de julho de 2024

Cartas para Deus.


Alguns de nós, por vezes, quando convidados a orar, dizemos: Eu não sei como fazer.

Não sei como se ora, ou como se reza. Parece mais ser coisa de religiosos, de pessoas que são vinculadas a algum culto.

No entanto, é tão simples. Cada um de nós pode encontrar a sua forma de orar a Deus que nada mais é do que um diálogo de nossa alma com o Pai Criador.

Um menino de apenas oito anos de idade, vítima de câncer, travando uma batalha diária com a doença que o consumia, criou a sua própria fórmula.

Afastado da escola, ficou internado por longo tempo, enfrentando cirurgia e sessões de quimioterapia.

Foram dois longos anos de idas e vindas ao hospital, pequenas fases de aparente descanso e retorno à quimioterapia.

Amado por sua família e por seus amigos, Tyler escreveu cartas endereçadas a Deus.

Nelas contava das suas dificuldades, das suas preocupações com a mãe, o irmão, os amigos. E fazia seus pedidos. Para si e para todos os que amava.

O carteiro que recepcionava as cartas ficava perplexo. Para onde ele enviaria aquela correspondência?

Afinal, ele não descobrira o correto endereço de Deus, nem o CEP. Sequer uma mera caixa postal.

Inteirando-se da história do menino, o carteiro foi guardando todas em determinado local do edifício dos correios. Um local onde eram depositadas cartas sem destino certo.

A história que acabou se tornando filme, com roteiro escrito pelo próprio pai do garoto, registra que a atitude do garoto influenciou outras pessoas.

Não é que é legal escrever para Deus? Contarmos o que sentimos, do que precisamos. Até fazermos alguma reclamação, de vez em quando, por acreditarmos que algo não foi bem definido ou pensado pela Divindade.

Isso é oração. Abrir a alma, falar francamente de coração para Espírito, porque o Mestre de Nazaré ensinou que Deus é Espírito e em Espírito e Verdade deve ser adorado.

É isso aí. A fé do pequeno Tyler era tal que, vez ou outra, escrevia: Eu vi que você atendeu o pedido que eu fiz. Então, eu tenho certeza que está lendo as minhas cartas.

Sinal de fé, certeza de que a Divindade nos ouve.

Por vezes, isso nos faz falta. Essa certeza de que não estamos sós. De que, se a enfermidade nos abraça, se a morte leva os nossos amores, se as dificuldades para manter o lar parecem maiores do que possamos resolver, Deus não nos esquece.

Tudo tem uma razão de ser. E como diz o ditado popular não há mal que não se acabe.

Ainda conforme o Mestre de Nazaré Deus é Pai. E qual o pai que ouvindo o filho lhe pedir pão, lhe ofereceria uma pedra?

Pensemos a respeito. E tornemos a oração parte de nossas vidas. Não precisa ser em horários definidos, em momentos específicos.

Acostumemo-nos a dialogar com nosso Pai, a qualquer hora.

Deus, proteja minha filha a caminho da escola.

Deus, estou saindo para mais uma entrevista de emprego. Pode me ajudar, por favor?

Deus, estou me sentindo tão só. Será que poderia mandar um passarinho para cantar em minha janela para alegrar a minha alma?

Deus, fica comigo.

Oremos.

Redação do Momento Espírita.
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terça-feira, 25 de junho de 2024

O amor não tem limites.


O amor não tem limites. Não seleciona. É incondicional.

Ama-se tudo na pessoa e temos a capacidade de fornecer detalhes das atitudes de quem é o objeto do nosso amor.

Temos a capacidade de reconhecer o som inconfundível dos passos, a maneira única de falar, o timbre da voz.

Ama-se o bom, ama-se o que nos desagrada. Por vezes, na convivência diária, nos dizemos incomodados, com alguns senões, e afirmamos não suportar o barulho da colher batendo no prato, às refeições; o jeito barulhento de jogar as chaves sobre o balcão, ao chegar em casa, os sapatos no meio da sala; a bagunça do banheiro após o banho.

Referimo-nos a muitos amores: pais, avós, filhos, cônjuges, irmãos.

Quantas vezes teremos lhes chamado a atenção, nas tentativas, sempre inexitosas, de modificar certos comportamentos?

Será possível que amemos a quem nos irrita, nos incomoda? Quereremos bem a quem temos de suplicar, dezenas de vezes, para agir de outra forma, todos os dias?

Amamos, sim. Porque basta que qualquer um dos nossos amores se vá, no rumo do grande Além, para que fiquemos aguardando aquela chegada barulhenta, objetos espalhados pelos cômodos vazios, o ruído às refeições.

Íntima e exteriormente afirmamos que daríamos tudo o que temos para ouvir outra vez aquele ruído incômodo, quebrando o silêncio à mesa.

O que não daríamos para desfrutar daquela presença física, entre nós, uma vez que fosse, uma vez mais.

Como almejaríamos ouvir a sonoridade daquela voz, mesmo que fosse em tom um pouco mais elevado do que o normal.

Isso nos diz que, quando amamos, mesmo o que catalogamos como desagradável, faz parte do pacote do nosso sentimento incondicional.

O amor é assim mesmo: amplo, somente comparado ao Universo, em constante expansão. É de tal forma vigoroso que tem a capacidade de todas as renúncias, sem se perturbar.

O amor pensa no outro antes que em si próprio. A sua felicidade é propiciar felicidade ao objeto da sua afeição.

Digam isso todas as mães que se privam do alimento para garantir o dos seus filhos; os cônjuges que se devotam, de corpo e alma, no atendimento às enfermidades repentinas ou longas, que alcançam o outro, tornando-o incapacitado e dependente para as mínimas coisas.

Ateste isso os que têm os olhos úmidos pelo pranto da saudade, os que sofrem a dor da ausência física de alguém especial, alguém que deixou marcas expressivas, nas nervuras da nossa intimidade sofrida.

Sim, amamos o todo. Não há como dissociar o sentimento, fracioná-lo.

                                                 *   *   *

Com Jesus aprendemos que o amor substituirá, um dia, a agressividade humana, resolvendo todas as questões que possam constituir pontos de divergência entre as criaturas.

Mergulhemos o espírito nas correntes vibratórias do amor e deixemos que o amor nos responda aos anseios com a linguagem imperceptível da paz interior.

Amemos, portanto, esforçando-nos a princípio, mesmo que se demorem em nosso paladar afetivo os ressaibos de muitos desamores que nos atingiram, e constataremos, sorrindo, que a maior felicidade no amor pertence a quem ama.

O amor é de origem divina. Quanto mais se doa, mais se multiplica sem jamais exaurir-se.
Redação do Momento Espírita.
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terça-feira, 18 de junho de 2024

Burilando emoções.


Quantas vezes já afirmamos que alguém nos tirou do sério?

Sempre que nos permitimos o desequilíbrio, que elevamos muito o tom de voz, que nos exasperamos, nos desculpamos culpando o outro.

Depois de um momento de intemperança, de uma discussão acalorada, costumamos alegar que isso somente ocorreu porque Fulano nos fez perder a paciência.

E ainda completamos: Afinal, não somos de ferro!

Justificamos nossas emoções descontroladas culpando uma terceira pessoa. Será correto? Teremos razão?

Será mesmo que a causa está no outro? Será que somos vítimas do comportamento alheio para conosco?

Em verdade, cabe-nos lidar com as consequências dos nossos atos.

A simples afirmação de que alguém seja capaz de nos tirar do sério ou nos fazer perder a paciência é mera desculpa para nos isentarmos da responsabilidade pelo nosso mau comportamento, pelo desequilíbrio das nossas próprias emoções.

Não se discute que muitas pessoas são de difícil lida, exigindo muitos esforços para a boa convivência.

Porém, não são elas que nos desnorteiam, que nos desorientam.

Elas podem armar situações difíceis, criar dificuldades e constrangimentos.

Mas seremos nós que demonstraremos, na ação ou na reação, se temos ou não estrutura emocional para bem administrarmos o que nos alcança.

Dessa maneira, muito mais apropriado seria declararmos que o familiar, o colega, o funcionário cria situações que nos incomodam em demasia e temos dificuldades para suportá-las devidamente.

Ou podemos admitir que Beltrano gera complicações que nos atingem de tal forma que não temos equilíbrio suficiente para bem enfrentá-los.

Quando agirmos assim, estaremos demonstrando a plena consciência da responsabilidade que nos cabe em aprimorar nossas emoções.

Quando dizemos que o problema está no outro, pode até acontecer dele se afastar de nossa convivência. Ou nós mesmos podemos providenciar que isso aconteça, nos distanciando dele.

Porém, a vida é dinâmica, somos bilhões sobre a face da Terra e precisamos viver em sociedade. Isso nos diz que devemos conviver com muitas pessoas.

E será bem provável que, logo mais, alguém substitua aquele que se foi, registrando idêntico comportamento.

O problema, portanto, voltará a se apresentar porque a limitação não está no outro, mas em nós, que precisamos amadurecer.

Essas pessoas somente nos demonstram que temos dificuldade em lidar com certas atitudes, que temos limites emocionais.

Elas nos apontam as fronteiras de nossas capacidades, alertando-nos para a urgência de um aprimoramento emocional.

Então, quando esses embates surgirem em nosso convívio, aproveitemos para agilizar o aprendizado.

Mesmo que eles se façam recorrentes, busquemos em nós outras possibilidades para contornar tais situações com a serenidade necessária.

Procedendo nesse sentido iremos, aos poucos, percebendo que a paciência, a tolerância, a compreensão irão se alargando, em nós, tornando-nos pessoas melhores e mais pacificadas.

Isso significa progresso. Isso significa melhor convivência. Bem-estar para nós e para os outros.

Redação do Momento Espírita.
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terça-feira, 11 de junho de 2024

Viver é ser outro.


Sentir hoje o mesmo que ontem não é sentir. É lembrar hoje o que se sentiu ontem, afirma categoricamente o poeta Fernando Pessoa, em um de seus versos.

Segundo ele, viver é ser outro, é apagar tudo do quadro de um dia para outro, ser novo com cada madrugada.

Nunca houve esta hora, nem esta luz, nem este meu ser.

Será que já refletimos dessa forma? Que viver é ser algo novo a cada instante?

Começando pela encarnação, pelo renascer. Somos Espíritos antigos, sem dúvida, mas não somos os mesmos. A cada momento que passa vamos nos transformando e toda experiência vai mudando algo em nós.

Por isso nunca somos os mesmos que fomos uma hora atrás.

O quanto de novo cada um de nós escolhe ser é de cada um.

Alguém poderia perguntar: Mesmo aqueles que aparentemente não saem do lugar estão vivendo? Estão sendo outros?

Curiosamente, não sair do lugar, permanecer onde está, é também uma escolha. Então, sim, estamos sendo outro. Um outro que anda de lado muitas vezes, mas que não deixa de estar experimentando a vida de formas diferentes.

Percebamos que, mesmo quando desejamos permanecer parados por anos e anos, séculos, o Universo, que está em constante movimento, em constante revolução, encontra uma forma de nos mover. As leis divinas são irresistíveis.

Viver é ser outro.

Pensemos em como isso se aplica em cada novo dia.

Hoje acordamos outro. Então, demo-nos a chance de agir assim, com mais lucidez, percebendo tudo à nossa volta de uma maneira um pouco diferente do que percebemos ontem.

Se dormimos, em nossa cama, por umas sete horas, estivemos viajando mais de setecentos e cinquenta mil quilômetros pelo espaço!

Isso significa que não estamos mais nem no mesmo lugar do Universo. Em sete horas viajamos o correspondente a dezenove voltas no planeta Terra inteiro ou cerca de quarenta voos entre São Paulo e Tóquio.

Viver é ser outro, é estar sempre em outro lugar.

O poeta ainda complementa dizendo que o amanhã será ainda uma outra coisa, e o que eu vir será visto por olhos recompostos, cheios de uma visão nova.

Tudo na natureza está em constante renovação. Estamos incluídos nessa lei.

Não acreditemos nas ideias pessimistas, comodistas, que pregam a incapacidade de evoluir do ser humano. São visões limitadas sobre questões que precisam ser vistas do Alto.

O Espírito muda, sim. Há evolução das almas, quando nos comparamos com o que éramos alguns séculos atrás.

Somente a visão espiritualista, imortalista da vida consegue explicar com exatidão essas questões.

Viver é ser outro. É receber a oportunidade de refazer caminhos, de começar de novo, de começar melhor.

Viver é redenção. É poder devolver ao mundo o que tiramos dele, através do nosso trabalho e esforço pelo bem comum. É devolver o mal que praticamos em alguma fase da jornada, com uma boa dose de amor.

Viver é ser outro. É apagar tudo do quadro de um dia para outro. Ser novo com cada madrugada.

Redação do Momento Espírita.
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terça-feira, 4 de junho de 2024

Aquilo que realmente é importante.


Certa manhã, Carl Coleman estava indo de carro para o trabalho e bateu no para-lama de outro veículo. Ambos pararam, e a mulher que dirigia o outro carro desceu para ver o estrago.

Ela ficou angustiada. Algumas lágrimas lavavam seus olhos preocupados, discretamente. Assumiu a culpa e disse que seu carro era novinho em folha. Fazia dois dias que havia saído da loja, e ela estava com medo de enfrentar o marido e a reação que ele teria.

Coleman agiu com simpatia, mas precisava apresentar seus documentos e ver os dela. Ela, um tanto trêmula, retirou do porta-luvas um envelope contendo os documentos. Na frente dos documentos, escritas com a letra característica de seu marido, estavam as seguintes palavras:

"Em caso de acidente, lembre-se, querida: é você quem eu amo, e não o carro".

                                                           *   *   *

A narrativa nos traz uma reflexão de muita importância para nossas vidas. Qual o valor que atribuímos às coisas? Será que, por vezes, nossas reações perante a ameaça de perda dessas coisas, não mostra que parecemos valorizar mais nossos bens do que nossos amores?

Em acidente semelhante ao relatado, quantos escândalos, gritos e repreensões são ouvidos antes da simples pergunta: Você está bem? Ou: Aconteceu alguma coisa com você? Será que lembramos daquilo que realmente é importante?

É claro que o zelo, o cuidado pelo que temos é necessário, porém, nosso materialismo excessivo leva-nos a colocar os bens em primeiro plano. Acidentes ocorrem e podem acontecer com qualquer um de nós.

Podemos ser motoristas hábeis, previdentes e cuidadosos e, mesmo assim, o risco desses incidentes ainda será grande, pois eles fazem parte do mundo em que vivemos.

É triste perceber que algumas pessoas chegam a perder suas vidas, defendendo bens, acreditando que a reação a um assalto, por exemplo, evitaria o prejuízo. Ledo engano. O prejuízo é muito maior do que imaginamos, quando se trata de vidas humanas, de nossas vidas.

Será que estamos lembrando daquilo que realmente é importante? Será que o pai de família não pensa que, numa pequena discussão de trânsito, num desaforo que ele não deseja levar para casa, está pondo em risco a sua vida, e todo o futuro de seus familiares?

Podemos chamar de irresponsável a pessoa que acredita na reação violenta para resolver suas questões. Não nos deixemos enganar, valorizando mais um carro novo do que uma esposa, um marido. Valorizando mais um enfeite caro de nossa casa do que um filho, um amigo.

Se por ora perdermos os bens, ou se formos atingidos por um prejuízo financeiro, lembremos de que sempre poderemos conquistar tudo novamente, e que não estamos aqui na Terra para acumular bens e fortuna. Estamos aqui para aprender a amar, para crescer como Espíritos.

Não ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
Redação do Momento Espírita.
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terça-feira, 28 de maio de 2024

Elogios e críticas.


Se o sol dependesse da aprovação humana para alimentar a vida que gravita ao seu redor, certo que, desde muito, estaria reduzido a montão de cinzas.

Se a Terra sofresse com as censuras que lhe são constantemente dirigidas por todos aqueles que a categorizam por vale de lágrimas, já teria descido à condição de um cemitério no espaço.

Se a semente rejeitasse a solidão e a morte a que se vê relegada no solo, a fim de colaborar no sustento do mundo, as criaturas estariam, há muito tempo, sem a bênção do pão.

Se a fonte recusasse o regime de mudança incessante e permanente em que é chamada a servir, a vida organizada na Terra se mostraria reduzida a primitivismo e estagnação.

Se a árvore só produzisse sob aplausos, o fruto não abençoaria a mesa dos homens.

                                                *   *   *

Uma vez mais, aprendamos com as lições simples da natureza.

Agradeçamos os louvores que nos fortalecem para o desempenho das obrigações e aproveitemos com resignação a advertência que a crítica nos dá.

Elogios e críticas não podem se converter em combustível para a realização das nossas tarefas abençoadas no mundo.

Primeiro, percebamos como tanto os que destacam o bem quanto os que apontam defeitos são passageiros.

Mudam conforme as marés das pessoas que os fazem. Muitas vezes têm muito mais a ver com elas mesmas do que com uma correta avaliação de uma obra que avaliam.

Em segundo lugar, se precisamos de elogio para trabalhar e se a desaprovação nos paralisa a faculdade de servir, estamos longe de compreender o tesouro da oportunidade de aprimoramento e elevação que nos enriquece o caminho.

A bênção que nos reconforta, a luz que clareia a estrada, a força que nos sustenta e o apoio que nos escora, chegam sempre de Mais Alto e procedem tão somente de Deus.

Por isso, deixemos de dar excessivo valor às avaliações do mundo, uma vez que o mundo é instável.

Num momento, recebemos elogios sinceros, noutro são manifestações de inveja. E, em outro ainda, apenas repetição de palavras vazias.

Por outro lado, as críticas muitas vezes apontam verdades que não enxergamos. Também podem ser manifestações de complexos internos de um ser em desequilíbrio.

Não há como sustentar qualquer obra, qualquer trabalho nas asas de críticas e elogios do mundo.

Vejamos como personalidades expostas diariamente a isso nas redes sociais, nas grandes mídias, mostram-se profundamente abaladas com tais comportamentos.

Algumas ignoram tudo para poderem continuar. Outras, quando começam a ler, a ouvir, se entristecem, se revoltam, devolvem na mesma moeda. E há as que se desligam de tudo para não tomar conhecimento de mais nada.

Importante ouvir as críticas e elogios daqueles que respeitamos, dos mais próximos, daqueles que querem o nosso bem.

Nossos tutores, orientadores, serão sempre os nossos anjos de guarda na Terra. Procuremos por seus conselhos, suas palavras amigas.

Sigamos nossa proposta de amor e verdade sem medo, recordando do sol, da Terra, da semente e da fonte. Todos sendo úteis pelo bem comum.

Redação do Momento Espírita.
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terça-feira, 21 de maio de 2024

Busca constante.


Corre o homem diariamente de um lado para outro. Desde a aurora até bem depois do pôr do sol. Passos apressados nas calçadas, cruzando ruas, olhando sempre o relógio.

Parece sempre atrasado, à procura de algo muito importante. Nunca tem tempo para nada. Está sempre em alerta, como se um único descuido seu fosse suficiente para arruinar para sempre a consecução de seus objetivos.

Mas, afinal, o que busca o homem na luta cotidiana da vida? Para onde dirige seus passos? O que espera ele encontrar? Sabe, realmente, o que que
 
Seria por demais simplista dizer que a resposta para tais questionamentos seja: “a busca da felicidade”. Pois, momentos de felicidade permeiam sua existência, mas são como sopros suaves de brisa que cessam sem aviso prévio e que passam rapidamente.

Fala-se tanto em felicidade, mas se sabe tão pouco a seu respeito. Diz-se “estar feliz” quando tudo o que se deseja acontece.

Quando o amor é correspondido. Quando o dinheiro é suficiente para garantir as compras tão sonhadas. Quando o emprego almejado é obtido. Quando um título é alcançado. Quando tudo parece conspirar para satisfazer os mais íntimos desejos.

Nessas ocasiões, uma euforia ímpar toma conta do ser que sai pelas ruas estampando um sorriso largo na face. Canta e sente uma vontade de erguer os braços aos céus gritando:

“Consegui! Venci!”. Como se o mundo inteiro tivesse se curvado às suas necessidades e reconhecido seu valor como pessoa, a partir daquela oportunidade.

Mas isso é apenas uma ilusão. A fragilidade daquela sensação fará com que sua duração seja efêmera e, por isso mesmo, por vezes, quase frustrante.

Por pouco, pouco mesmo, sorrisos abandonam rostos até então eufóricos. O retorno à realidade pode decorrer da sensação de que a vida continua, não obstante aquela parcial vitória.

A luta continua. Não pode o homem abandonar o combate porque novas provas vão se apresentar, novos obstáculos vão surgir.

Outra vez será necessário empenhar esforços para prosseguir na jornada. Nessas horas, quando o homem percebe que suas conquistas não lhe garantem um bem-estar eterno, muitas vezes ele se entrega ao desânimo.

Tem a sensação de que caminha sempre em direção ao horizonte e que este, por mais que ande, distancia-se inelutavelmente dele. Sempre há algo por fazer, por aprender, por conquistar. Sempre. Percebe-se o quão verdadeiro é o ensinamento de que “a felicidade não é deste mundo.”

                                                            *  *  *  *

O que busca você? O que seria capaz de fazer estampar em seu rosto um sorriso sincero? O que você acredita ser suficiente para fazê-lo feliz?

Não se iluda, no entanto, com as promessas enganosas do mundo. Satisfações materiais não saciam por muito tempo o corpo, tampouco a mente que deseja a paz.

Por outro lado, as virtudes adquiridas ao longo do tempo podem auxiliar concedendo equilíbrio e lucidez. A consciência tranqüila e a franca sensação de dever cumprido permitem que se repouse a cabeça no travesseiro todas as noites.

São situações em que se pode desfrutar de felicidade, quando, então, ela pode ser efetivamente alcançável e duradoura, até mesmo neste mundo.
Redação do Momento Espírita.
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terça-feira, 14 de maio de 2024

Onde realmente está o sofrimento.


Numa das belas falas do sermão do monte, o Mestre reportou-se aos aflitos, aos que choram, aos famintos, aos que buscam justiça, aos que sofrem perseguições. A partir das exortações de Jesus, dissertações consoladoras aconteceram, no transcorrer dos tempos, falando-nos da justiça das aflições, das suas causas anteriores e das causas atuais.


Em mensagem atribuída ao Espírito Fénelon, que viveu no século XVII, lemos a respeito dos tormentos voluntários, uma espécie de sofrimento muito curiosa, que provém dos nossos vícios morais, isto é, sofrimentos que causamos a nós mesmos voluntariamente.

Diz-nos assim:- O homem, como que de propósito, cria para si tormentos que está nas suas mãos evitar! De imediato, pensamos que jamais criaríamos sofrimentos para nós mesmos. Afinal, todos desejamos o melhor.

No entanto, prosseguindo em sua redação, Fénelon nos dá um simples exemplo:- Haverá maiores sofrimentos do que os que derivam da inveja e do ciúme? Para o invejoso e o ciumento, não há repouso. Estão sempre febris, preocupados, ansiosos... O que não têm e os outros possuem lhes causa insônias.

Vejamos como realmente nos incomodamos com muitas coisas que não deveriam nos perturbar. Intervimos demais na vida alheia sem necessidade. Tiramos conclusões precipitadas, construímos em nós roteiros de cinema baseados em algo que achamos que ouvimos ou numa mera especulação.

Esses são sofrimentos voluntários. Sofrimentos que criamos para nós sem necessidade. Geramos inúmeras aflições para nossa vida diariamente. Apenas porque somos invejosos, somos inseguros, maledicentes ou ciumentos.

São bem diferentes das grandes provações da vida, das experiências educativas, ou mesmo das expiações, que nos ensinam ao mesmo tempo em que nos permitem ficarmos quites com as leis maiores.

Observando as características da sociedade atual, percebamos quantos sofrimentos voluntários, quanta dor trazemos para nossas vidas sem precisar. Será que não nos bastam os desafios da encarnação? As lutas de um mundo com tantas dificuldades?

Será que alguns de nós temos prazer em sofrer? Isso demonstra certo desequilíbrio e necessidade urgente de buscarmos auxílio terapêutico.

Pensemos a respeito.
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O que mais sofremos no mundo...

Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la. Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento. Não é a doença. É o pavor de recebê-la. Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar. Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros. Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo. Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros. Não é a injúria. É o orgulho ferido. Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.

Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.
Redação do Momento Espírita

terça-feira, 7 de maio de 2024

Felicidade das Mães.


No Dia das Mães, quando tantas homenagens ocorrem, uma garota escreveu: Durante toda a vida ouvi falar: “Se o filho está feliz, a mãe está feliz. Tudo que eu quero é ver meu filho feliz!”

Francamente, impossível acreditar nisso. Se fosse verdade, eu teria podido comer aquela barra de chocolate inteirinha. Isso me teria feito muito feliz. Mas ela não deixou. Cortou minha felicidade ao meio.

Quando quis virar a noite no videogame, eu estava no auge da minha felicidade. Mas ela não entendeu. Por acaso, ela pensou na minha felicidade? É claro que não. Ela disse que contaria até três e me fez desligar a TV, no meio da última fase do jogo.

Se houvesse sinceridade nesse desejo dela de me ver feliz, ela teria me deixado namorar ao invés de estudar. Como ela pôde me proibir de sair e me forçar a ficar horas com os livros, quando tudo que me faria feliz naquele momento estava lá fora?

O sol estava lá fora. O namorado estava lá fora. Os amigos estavam se divertindo. Todos... menos eu. Como sempre, o que eu ouvia era: “Você não é igual a todo mundo. Você é minha filha.”

E, naquele dia, em que cheguei chorando porque tinha sido injustiçada pelos amigos, ela disse: “Você deve ter feito alguma coisa para merecer isso!” Quanta insensibilidade!  Ela não sabia que me faria feliz se tivesse se unido a mim para dizer que eu estava certa? Até me ajudasse a encontrar mil defeitos neles.

As mães dizem que nos querem ver felizes. Na verdade, também querem que arrumemos a cama, lavemos a louça, tiremos o lixo, cuidemos dos irmãos. E, ainda, nos forçam a comer o que elas dizem que é saudável. Garanto que a maioria dos filhos pensa como eu.
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Pois é. Pensamos assim até nos tornarmos mães. Quando a vida nos presenteia com um filho, passamos a ver as coisas de forma bem diferente. O não da barra de chocolate passa a ser entendido como um sim à disciplina alimentar. O não ao videogame se torna um sim às horas insubstituíveis de sono.

O não ao namorado, não é um não ao namoro, é um sim ao futuro. Então entendemos e agradecemos por cada atitude de nossa mãe porque todas serviram para nos tornar melhores.

Hoje, quando nossa mãe nos olha com orgulho, e sorri mesmo quando as coisas não estão fáceis, conseguimos compreender o sentido daquela frase repetida incansavelmente, ao longo da vida: “Se você estiver feliz, eu estarei feliz.”

Não há nada maior do que o amor de uma mãe. Também nada mais gratificante do que descobrir, nos seus olhos, a felicidade por ver seu filho bem neste mundo.

Agradeçamos à nossa mãe o que fez por nós, por nos ter transformado num barco forte para passar por todas as tempestades.

Agradeçamos por ter nos acolhido com mesa farta quando chegamos em terra firme com a alma sedenta de amor e o coração faminto de carinho.

Agradeçamos pelo melhor colo do mundo e pelo sorriso maravilhoso de se ver!

E sim, ficamos zangadas quando ela está longe. Nós a queremos por perto para continuar dizendo os santos não para essa criança, dentro de nós, que nunca para de aprender!

Amamos você, mamãe!

Redação do Momento Espírita.
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terça-feira, 30 de abril de 2024

Nossas lágrimas


Que são as lágrimas? O que expressam? Por que choramos? Não é interessante observarmos que choramos quando o coração está ferido? Mas também quando está pleno de felicidade?

A lágrima é um mistério que os pesquisadores começam a desvendar para nos dizer que as gotas que escorrem do choro emocional contêm 25% mais tipos de proteínas e quatro vezes mais potássio do que as funcionais, produzidas somente para limpar ou proteger os olhos. Ou quando cortamos uma cebola.

Possivelmente, isso queira dizer que as lágrimas que procedem da nossa intimidade são muito mais do que água salgada... Elas traduzem nossas dores ou nossas alegrias.

E são importantes para lavar a alma, para desanuviar o estresse, para acalmar tempestades interiores.

Quem tudo guarda dentro de si, não se permitindo extravasar, pode, inclusive, ter agravados problemas físicos e emocionais.

Se Deus nos concedeu a lágrima, usemo-la. Não tenhamos vergonha de chorar em público ou a sós.

Podemos chorar quando contemplamos a emoção do campeão de Fórmula Um, depois de tanto esforço, subir ao pódio, erguer a taça, envolto na bandeira do seu país.

Podemos comungar da emoção de quantos participam de show de talentos e alcançam boa pontuação, ou o prêmio máximo.

Deixemos as lágrimas correrem quando contemplarmos a nossa bandeira nacional desfraldada, dobrando-se ao vento, gentil, enquanto os versos do Hino Pátrio escapam dos nossos lábios.

E quem de nós já não se emocionou em país estrangeiro, a trabalho ou a passeio, ao descobrir em algum monumento, em algum museu, em uma praça, as cores da nossa Bandeira?

Quando choramos dizemos que nossa sensibilidade está se aprimorando. Estamos dizendo que não somos uma máquina que trabalha, realiza, executa.

Somos um Espírito que sente, que se emociona, ante uma paisagem de beleza, uma obra de arte, algo que nos remeta a um passado feliz, uma lembrança delicada.

Não ocorre de, por vezes, um perfume nos levar às lágrimas? O que despertou em nós senão um doce e agradável momento, vivido nesta vida ou em experiências anteriores?

Choremos, pois, quando a alegria extrapolar, porque nosso filho passou no vestibular, porque nossa filha recebeu o diploma universitário, porque nosso amigo se está casando, em singela e íntima cerimônia.

Que pode haver de mais belo do que contemplar o êxito de alguém, a felicidade do outro?

Choremos, também, quando a dor nos alcançar. Igualmente ante a dor do amigo que tem arrebatado de sua presença física o amor mais amado.

Choremos com o pai que tem seu filho enfermo, na incerteza da recuperação ou da partida para outras paragens da vida.

Choremos quando chorarem nossos amores, choremos quando chorar o mundo, pelas tragédias que assistimos em tempo real.

Choremos pela incompreensão dos homens, como fez um dia o Nobre Nazareno. Choremos porque ainda estamos tão distantes da perfeição.

Choremos, de alegria, porque, nesta Terra, Deus nos permite o despertar de uma nova manhã, o convívio familiar.

Choremos de emoção feliz. Choremos por sermos humanos, a caminho da angelitude.

Redação do Momento Espírita.
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terça-feira, 23 de abril de 2024

O milagre do amor.


Percebendo as árduas lutas por que passam seus irmãos na face da Terra, uma alma amiga ditou uma mensagem que intitulou O milagre do amor, e que é mais ou menos assim:

Quando a dúvida lhe chegue, maliciosa, indague ao amor qual a conduta a seguir.

Quando a saudade avizinhar-se, tentando macerar-lhe o coração, refugie-se no amor e deixe que as recordações felizes iluminem a noite em que você se encontra.

Quando a aflição aturdir-lhe o íntimo, chame o amor, para que a calma e a confiança predominem nas suas decisões.

Quando a suspeita buscar aninhar-se em seu coração, dirija o pensamento ao amor e a paz dominará as paisagens dos seus sentimentos.

Quando a cólera acercar-se da sua emotividade, recorde-se do amor e suave balada de entendimento se lhe fará ouvida na acústica da alma.

Quando o abandono ameaçar estraçalhar-lhe os sonhos, ferindo-lhe a alma, busque o amor, que lhe dará fortaleza para prosseguir, embora a sós.

Em qualquer situação, dirija-se ao amor. Só o amor possui o correto entendimento de todas as coisas e fala, em silêncio, a linguagem de todos os idiomas.

O brilho de um olhar, um sorriso de esperança, um gesto quase imperceptível...Um movimento rítmico, um aceno, a presença do ausente...

Um toque, a música de uma palavra só o amor logra transformar em bênção. Feito de pequenos nadas, o amor é a força eterna que embala o príncipe no leito dourado e o órfão na palha úmida.

O amor é o único mecanismo que conduz o fraco às tarefas gigantescas, que impulsiona o progresso real; que dá dignidade à vida; que impele ao trabalho de reverdecer o pantanal e o deserto... Que concede alento, quando a morte parece dominar soberana... 

O amor é vida, sem o qual perderia o sentido e a significação. Quando se ama, a noite coroa-se de astros e o dia se veste de sorrisos.

O amor colore a palidez do sofrimento e o erradica.Sem este milagre, que é o amor, não valeria a pena viver. Em tudo está a presença do amor que provém de Deus e é Deus.

Descubra o amor, e ame.

Ame e felicite-se, colocando na estrada do amor sinais de luz, a fim de que nunca mais haja sombra por onde o amor tenha transitado a derramar claridade. 

Por tais razões, Jesus Cristo reuniu toda a lei e todos os profetas num só mandamento, cuja estrutura comportamental e finalidade última é o "amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo".
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O amor é de essência divina, e todos nós, do primeiro ao último, temos, no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado.

Portanto, não tenhamos medo de amar.

Redação do Momento Espírita.
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terça-feira, 16 de abril de 2024

Olhos de realidade.


Um conferencista e escritor, em certa palestra, narrou uma das lições inesquecíveis de seu pai.

Em tempos idos, como gerente de banco, ele precisava visitar seus clientes. Em dias quentes, por estradas empoeiradas. Seu meio de transporte era um jipe.

Nenhum desses modernos. Estamos nos referindo àquele com tração nas quatro rodas, criado para fins militares na Segunda Guerra Mundial e aproveitado posteriormente em serviços rurais.

Quando seu pai chegava em casa, no fim da tarde, cansado, coberto de poeira, falava como fora o seu dia.

Por vezes, ele sofrera alguns problemas com seu veículo mas sempre contava tudo com um sorriso.

Filho, olha como eu sou abençoado. Hoje quebrou o jipe na estrada. Graças a Deus, não estava chovendo.

Ou então: Olha como Deus é bom comigo. Hoje acabou a gasolina do jipe e só faltavam dois quilômetros para um posto de gasolina.

E, finalizando a narrativa, dizia o palestrante: O que foi que ele nos ensinou?

Não foi fingir que a realidade não tinha problema, não foi autoengano de olhar em volta e alienar-se das dificuldades.

Foi não ser derrotado pelas dificuldades.

Já bastava a encrenca de combustível para ele ainda ter esmagado a esperança.

Já bastava a dificuldade com a quebra do motor do jipe para ele ser derrotado uma segunda vez.
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Bem verdade. Se os problemas nos chegam, de nada nos servirá reclamar, ou tentar culpar os outros.

As reclamações, os xingamentos somente nos farão mal. Mal para nosso coração, para nosso fígado, para nossos órgãos nobres.

E resolvem alguma coisa? Sabemos que não. Nós mesmos precisaremos resolver o problema. Ou, se não tivermos condições, recorrer a alguém.

Se for um veículo enguiçado, chamaremos o guincho para o levar até a oficina mais próxima.

Se for falta de combustível, bom, aí não poderemos reclamar de ninguém senão de nós mesmos porque o indicador está visível, sinalizando o quanto de combustível dispomos no tanque.

Cabe-nos estar atentos e calcular até onde poderemos rodar com aquela quantidade.

Se for o mau tempo que nos surpreendeu, no caminho, de nada nos adiantará gritar, exasperar. O melhor será procurar abrigo, para que não nos arraste a enxurrada, ou nos leve o vendaval.

Até mesmo nessa questão, por vezes, somos um pouco imprevidentes. A meteorologia avisara da possibilidade de ventos fortes ou tempestade, que não demos atenção.

Para vivermos em paz com nós mesmos, para não dilapidarmos o precioso patrimônio da maquinaria orgânica, sejamos ponderados.

Usemos de prudência. Procuremos ser previdentes.

E, se mesmo assim, problemas fora do nosso controle, nos alcançarem, nos perguntemos: O que posso fazer para melhorar a questão?

E, também: O que podemos aprender desse acontecimento?

Sempre há uma lição a ser aprendida. Aprendemos com a experiência alheia, nos servindo dos seus exemplos, das suas atitudes.

Também das nossas próprias. Isso nos permite que cresçamos, que progridamos.

Para isso estamos aqui. Para sermos melhores a cada dia, em tudo e em cada coisa.

Redação do Momento Espírita.
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terça-feira, 9 de abril de 2024

Trabalho, rotina, descanso.


Cá estamos nós, vencendo os dias, ao longo dos meses. Quando inicia o ano, fazemos muitos projetos, nos quais incluímos mais disposição para a leitura, para o exercício físico, para saídas com os amigos.

Não é interessante que, rapidamente, esquecemos todos esses bons propósitos e caímos na rotina, outra vez?

Graças a Deus, temos um corpo magnificamente criado por Ele, que nos alerta dos excessos e das nossas mesmices.

Há momentos em que ele dá sinais sutis de cansaço. Por vezes, ele precisa gritar bem alto para que escutemos.

É importante atender esse instrumento precioso de trabalho, nosso corpo físico. Se ficamos muito tempo em frente ao computador, e dores de cabeça ameaçam chegar, façamos uma pausa.

É o momento de relaxar, de descansar.

Alguns afirmamos que não temos tempo para férias, para viagens, para lazer.

Ora, se não for possível pausas longas, façamos pequenas, com intervalos regulares.

Alguém sugeriu: Desfrute de horinhas ou minutos à toa. Acompanhe o trajeto de uma formiga, veja o relógio caminhar, sem pressa. Folheie uma revista. Leia a página de um livro.

Refresque o olhar, contemplando o azul do céu. Descubra as figuras interessantes que tecem as nuvens preguiçosas, enquanto se movem, como quem não se apressa em esculpir belezas.

Descansemos os olhos no verde da árvore onde a passarada faz algazarra.

Utilizemos a imaginação para entender os diálogos entre eles. Com certeza, não discutem a queda ou a alta da bolsa de valores, nem o aumento do custo de vida.

Talvez estejam estabelecendo quem fica com o galho mais alto, quem descobrirá a fruta madura mais próxima, quem formará mais arabescos no próximo voo...

Incluir essas pequenas pausas em nossa rotina ajuda a aliviar as tensões do dia a dia e a cuidar da nossa saúde.

Um cafezinho mais demorado, respirar mais devagar, alongar-se.

A Sabedoria Divina estabeleceu, ao lado da lei do trabalho, a lei do repouso. Nosso corpo exige. Nossa mente necessita.

E, enquanto nos espreguiçamos comodamente, aproveitemos para fechar os olhos e nos ligarmos ao espiritual.

Meditemos na bênção da vida que usufruímos. Elevemos a mente em prece de gratidão.

Afinal, há tanto a agradecer. Se desfrutamos da bênção de digerir o alimento, sentindo-lhe o sabor, sejamos gratos.

Se podemos apreciar a doçura de uma fruta, o geladinho do sorvete, a água fresca que nos mata a sede, sejamos gratos.

Se dispomos da possibilidade de andar, de nos mover, agradeçamos.

Se começarmos a enumerar todas as bênçãos que nos são conferidas, todos os dias, a cada hora, descobriremos que precisaremos de um longo tempo.

Então, depois disso, refeitos, de alma leve e corpo descansado, retomemos as tarefas, com redobrada disposição.

A sabedoria nos diz que quando dispomos de um instrumento precisamos conhecer as suas especificações e correta utilização, para não danificá-lo.

Quanto mais, então, devemos nos esmerar nos cuidados com nosso corpo.

Instrumento da nossa vontade, da nossa alma, da nossa ação.

Trabalho, sim. Descanso, também.

Horas de empenho. Pausas estratégicas para repouso.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.
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terça-feira, 2 de abril de 2024

O valor de um sorriso.


Não custa nada e rende muito.

Enriquece quem o recebe, sem empobrecer quem o dá.

Dura somente um instante, mas seus efeitos perduram para sempre.

Ninguém é tão rico que dele não precise. Ninguém é tão pobre que não o possa dar a todos.

Leva a felicidade a muita gente e a toda parte.

É o símbolo da amizade, da boa vontade. É alento para os desanimados, repouso para os cansados, raio de sol para os tristes, consolo para os desesperados.

Não se compra nem se empresta.

Nenhuma moeda do mundo pode pagar seu valor.

Você já sabe do que se trata?

Trata-se do sorriso.

E não há ninguém que precise tanto de um sorriso como aqueles que não sabem mais sorrir.

Aqueles que perderam a esperança. Os que vagueiam sem rumo. Os que não acreditam mais que a felicidade é algo possível.

É tão fácil sorrir! Tudo fica mais agradável se em nossos lábios houver um sorriso.

Tudo fica mais fácil se houver nos lábios dos que convivem conosco um sorriso sincero.

Alguns de nós pensamos que só devemos sorrir para as pessoas com as quais simpatizamos.

São tantas as que cruzam nosso caminho diariamente.

Algumas com o cenho carregado por levar no íntimo as amarguras da caminhada áspera.

Poderemos colaborar com um sorriso aberto, no mínimo, para que essa pessoa se detenha e perceba que alguém lhe sorri, já que o sorriso é um alento.

Sorrir ao atender os pequeninos que acorrem nos semáforos à procura de moedas.

É tão triste ter que mendigar e mais triste ainda é receber palavras e gestos agressivos como resposta.

Se é verdade que essa situação nos incomoda, não é menos verdade que não gostaríamos de estar no lugar deles.

Eles são tão pequeninos!

Se têm a malícia dos adultos é porque os adultos os induzem a isso. Mas no íntimo são inocentes treinados para parecer espertos, em meio às situações mais adversas.

O sorriso é uma arma poderosa, da qual nos podemos servir em todas as situações.

Se, ao levantarmos pela manhã, cumprimentarmos os familiares com um largo sorriso, nosso dia certamente será melhor, mais alegre.

Se, ao entrarmos no elevador, saudarmos com um sorriso os que seguem conosco, ao invés de fecharmos o rosto e olharmos para cima ou para baixo, na tentativa de desviar os olhares, com certeza o nosso dia será mais feliz. Porque todos nos verão com simpatia e nos endereçarão energias salutares.

O sorriso é sempre bom para quem sorri e melhor ainda para quem o recebe.

O sorriso tem o poder de fazer mais amena a nossa caminhada.

Dessa forma, se não temos o hábito de levar a vida sorrindo, comecemos a cultivá-lo, e veremos que sem que mude a situação à nossa volta, nós, intimamente, nos sentiremos mais felizes.

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Você sabia que o cenho carregado, ou seja, a cara amarrada, como se costuma dizer, traz ao corpo um desgaste maior do que o promovido pelo sorriso?

Isto quer dizer que, quando sorrimos, utilizamos menos músculos e fazemos menos esforços.

Assim sendo, até por uma questão de economia, é mais vantajoso sorrir.

Redação do Momento Espírita.

www.momento.com.br

Doe Sangue

Doe Sangue