terça-feira, 12 de março de 2024

Servir, perdoar e passar.



Nestes dias de tumulto e violência, os que nos dizemos cristãos não devemos aderir ao murmúrio, à lamentação e à rebeldia.
O mundo já se encontra plenamente servido de pessoas que nada somam além de reclamações.
Nosso Mestre aguarda que acendamos claridade na "noite escura da alma". Que nos tornemos promotores da esperança nos instantes da aflição e semeadores do otimismo onde a desesperação se apresente.
Jesus continua sendo Modelo e Guia, percorrendo a Jerusalém desses dias de caos moral e vazio existencial, resgatando as sementes pisoteadas pelas fúrias da incompreensão e da ignorância.
Não nos afastemos do bem porque nos faltem recursos amoedados.
Privados dos afetos, por qualquer motivo, insistamos na conquista de novos amigos.
Criticados por entes queridos, perseveremos em silêncio em nossa semeadura de amor.
Atacados na honra, deixemos que o Celeste Amigo seja nosso defensor.
Ofereçamos nosso alento e esclarecimento para os que nos desejem ouvir. Mobilizemos nossos braços em favor dos paralisados de toda ordem.
Permaneçamos otimistas e confiantes nas trilhas que livremente escolhemos com Jesus.
Tenhamos a certeza de que, neste momento, seria muito difícil escolher outra opção que não fosse a do combatente silencioso, fazendo luz onde a sombra impera, esclarecendo onde a ignorância predomina e silenciando onde a algazarra perturba.
Quando aceitamos o propósito do bem, dificilmente encontraremos no mundo lugar de repouso.
Estaremos sempre em lutas íntimas, no objetivo de nos fazermos, hoje, melhores do que ontem e, amanhã, melhores do que hoje.
Só uma meta nos deve abrasar: servir, perdoar e passar.
                                                                             *   *   *
O serviço nos mantém a consciência em paz e o coração dedicado ao próximo.
Servir ao bem, servir à sociedade, servir à família, conservando-nos como verdadeiras mãos do Cristo na Terra.
Certamente Ele irá agir por nós. E que honra imensa sentiremos toda vez que isso for possível.
Servir é buscar o equilíbrio nas relações, buscar atender os mais fracos e levar luz para os que ainda estão em profunda escuridão.
Perdoar é refutar o ódio e a vingança. É escolher o caminho da cura e não o do agravamento da doença.
Causar feridas no outro não é a solução para cicatrizar a nossa própria. Assim, perdoar é iniciar o caminho do entendimento, do equilíbrio perdido depois da loucura.
Não nos permitamos vestir com as roupas da vítima injustiçada. Talvez hoje não enxerguemos as razões, mas muitas vezes estamos apenas colhendo o que um dia plantamos. Por isso, serenemos o coração e deixemos passar.
São tempos que nos exigem paciência diante de tantas insanidades, de tantas ideias absurdas que ganham vida e aplausos aqui e acolá.
Deixemos passar a tempestade. Deixemos passar as guerras. Deixemos passar as crises, trabalhando sempre e confiando que tudo que não é bom é transitório.
Tudo que não está de acordo com as leis divinas tem pouca duração.
Dessa maneira, sejamos aquele que serve, perdoa e deixa passar.
Redação do Momento Espírita.
www.momentoespírita.com.br

terça-feira, 5 de março de 2024

Honestidade.


A humanidade cada vez mais demonstra preocupação com questões transcendentes da vida.

A consciência de que viver não se resume a aspectos materiais se dissemina pela sociedade.

Fala-se em entrar em contato com a própria essência, em desenvolver a espiritualidade.

Independentemente de filiação a determinada corrente religiosa, a ampla maioria afirma acreditar em uma força superior.

Isso revela as criaturas buscando identificar a razão de sua existência.

Como tudo no universo encontra-se em constante metamorfose e aprimoramento, conclui-se que o progresso é uma das finalidades da vida.

O anseio pelos aspectos sublimes da existência demonstra justamente as criaturas em pleno processo evolutivo.

Mas é importante recordar que a evolução dá-se de modo cadenciado.

Na natureza não ocorrem saltos.

As espécies não se transformam repentinamente.

Determinadas etapas devem ser vencidas para ser possível atingir-se a fase seguinte.

É como a construção de uma casa: ninguém inicia pelo acabamento.

Faz-se necessário antes providenciar sólida estrutura.

O mesmo ocorre com o psiquismo das criaturas.

A identificação com as faixas superiores da vida pressupõe o domínio de aspectos básicos do viver.

A harmonia e a paz são o resultado de vivências nobres do espírito.

Tais conquistas não são improvisáveis e nem surgem de um momento para o outro.

Assim, ao preocupar-se com questões transcendentes, não esqueça coisas elementares.

A honestidade é justamente uma das primeiras virtudes a serem conquistadas por quem deseja a paz e a felicidade.

O céu não é um local determinado no espaço, mas um estado de consciência, de harmonia com as leis divinas.

Mas não é possível harmonizar-se com tais leis sem o rigoroso atendimento dos próprios deveres.

Ser honesto implica demonstrar lealdade em todos os aspectos da existência.

O homem honesto realiza as tarefas que lhe cabem, com ou sem testemunhas.

Ele não inventa desculpas para avançar sobre o patrimônio do vizinho.

Infelizmente, nossa sociedade vive uma grande crise ética.

Ao tempo em que demonstram indignação com a desonestidade alheia, os indivíduos são com freqüência desleais em seus negócios particulares.

Muitas vezes, quem reclama dos políticos não paga corretamente seus impostos.

Inúmeros estudantes bradam contra a falta de ética de governantes e empresários, mas colam nas provas e copiam as tarefas dos colegas.

Esse gênero de conduta sinaliza apenas hipocrisia.

Como afirmou Jesus, é necessário dar a César o que é de César.

Ao agir honestamente, ninguém faz mais do que a obrigação.

Mas não há como desenvolver harmonia espiritual se nem a honestidade ainda foi assimilada.

É paradoxal fazer caridade sem pagar as próprias contas.

A torpeza dos outros não lhe serve de desculpa.

Antes de preocupar-se com a ausência de ética alheia, analise seu modo de viver.

Pense se você tem condições de assumir tudo o que faz e diz.

Pense nisso!

A lealdade irrestrita é uma recompensa em si mesma, pois confere dignidade e auto-respeito.

Assim, se você deseja viver em paz, seja honesto.

Afinal, a conquista da paz pressupõe poder observar o próprio proceder sem remorso ou vergonha.
Redação do momento espírita.
www.momento.com

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