terça-feira, 3 de setembro de 2024

Ser livre.


O que é ser livre? Alguns podem dizer que ser livre é não estar atado, é não estar preso a nada. Ser livre é fazer o que se quer, a hora que se quer. Em verdade, alguns dos nossos conceitos, assim como nós mesmos, precisam amadurecer. 

Imannuel Kant, um dos principais pensadores do Iluminismo, trata a liberdade de uma forma mais profunda. Resumidamente, a conclusão a que ele chega é de que a pessoa só é livre quando faz o que não quer.

Parece-nos estranho, pois nos soa justamente como o contrário do que entendemos por liberdade. No entanto, o que ele quer dizer é que, quando fazemos apenas aquilo que queremos, somos, na maioria das vezes, escravos do desejo, das convenções. E estamos afastados do dever.

O dever nos leva àquilo que precisamos fazer. Para esse pensador, liberdade é agir segundo as leis. Se levarmos esse conceito para a esfera das leis universais, para as leis divinas, perceberemos que ele é perfeito.

Somente mediante a responsabilidade, o homem se liberta, sem se tornar indecente ou insensato. A sociedade, que fala em nome das pessoas de sucesso, estabelece que a liberdade é o direito de fazer o que cada qual quer, sem dar-se conta de que essa liberação da vontade termina por interditar o direito dos outros.

Se cada indivíduo agir conforme achar melhor, considerando-se liberado, essa atitude trabalha em favor da anarquia, responsável por desmandos sem limites.

Dessa forma, entendemos que a verdadeira liberdade tem muito mais a ver com nossa própria autonomia, com nossa autoconquista, do que simplesmente com o fazer o que queremos.

Examinando essa problemática, Jesus sintetizou os meios de conseguir a autêntica liberdade, na busca da verdade, única opção para tornar o homem realmente livre.

Conhecereis a verdade e ela vos libertará.

A verdade que é de Deus. Não a verdade conveniente de cada um, que é a forma doentia de projetar a própria sombra, de impor a nossa imagem, de submeter a vontade alheia à nossa.

Deus está dentro de nós. Necessário imergir na sua busca diariamente. Conhecer a verdade, conhecer as leis maiores da vida e ganhar uma liberdade jamais antes sonhada.

Esse é o nosso mastro, onde nos ataremos com segurança, enfrentando os obstáculos, enfrentando a liquidez e as incertezas do mundo material.

Essa busca pela liberdade autêntica nos levará a uma vida mais plena e significativa.

Sentiremos que somos, verdadeiramente, senhores de nossas ações, permitindo-nos escolher o que é certo, justo, sem considerar desejos passageiros ou pressões de terceiros.

Conquistemos nossa ampla liberdade.

Redação do Momento Espírita.
www.momento.com.br

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Êxito.


ÊXITO.
Que este e-mail lhe encontre bem e que você tenha uma próspera semana.  No Correio de hoje, proponho uma reflexão vital sobre ÊXITO.

 Vamos começar com um exercício de imaginação. Imagine que você tenha o sonho de correr uma maratona. Porém, você não faz treinos de corrida, de fortalecimento muscular e não cuida da sua alimentação. Você vai conseguir correr a maratona sem treino? Não, certo?

 Agora imagine outra situação:- Imagine que você queira atrair alguém para se relacionar afetivamente, alguém que seja uma pessoa culta, inteligente, com um bom repertório cultural. Mas você nunca pega um livro na mão, você nunca foi a um museu e você acha que tudo isso é uma perda de tempo.

Você vai conseguir atrair a pessoa desejada para um relacionamento? É claro que não, concorda?

Em nossa vida, alcançar o êxito que nós buscamos funciona da mesma forma. É necessário desenvolver as habilidades e ações que nos permitam atrair aquilo que desejamos. Afinal, o maior erro que você pode cometer ao perseguir os seus objetivos é achar que as coisas vão acontecer sem antes você trabalhar em si mesmo. 

 É como se você dissesse para a vida: primeiro eu vou correr a maratona e depois fazer os treinos de corrida. Não é assim que funciona. Portanto, o segredo para ter êxito e alcançar os seus objetivos na vida é este:- "Primeiro você se torna, depois você conquista." 
E como fazer isso na prática?
Aqui estão 3 recomendações que vão te ajudar a se tornar uma pessoa melhor para que você esteja cada vez mais perto dos seus objetivos. 👇
1️⃣ Entenda qual é o seu parâmetro de êxito em cada área da vida. Você precisa entender qual é a realidade que deseja co-criar para então persegui-la com clareza. 
2️⃣ Entenda quem você precisa ser. Quais comportamentos e hábitos você precisa ter para vivenciar a vida dos seus sonhos? O que precisa mudar em relação à sua mentalidade, círculo de relacionamentos e características pessoais?
3️⃣ Primeiro se aperfeiçoe, depois co-crie a vida dos seus sonhos. Primeiro você se torna, depois você atrai. Essa é a lógica da vida.
E veja bem: não importa a sua idade, a sua condição ou o seu momento de vida atual. Sempre é possível aperfeiçoar a si mesmo e lapidar a obra-prima que você é. Nunca é tarde demais.
Faz sentido para você?  Tenha uma excelente semana.
Um grande abraço,
Haroldo Dutra Dias, Saulo e Equipe Odisseia.

terça-feira, 27 de agosto de 2024

Quando seremos civilizados.


Conta-se a respeito de um estrangeiro que, certa vez, entrou numa estação de metrô em Estocolmo, na Suécia. Ele notou que havia, entre muitas catracas comuns, uma de passagem grátis e livre.

Curioso, questionou à vendedora de bilhetes o porquê daquela catraca permanentemente liberada, sem nenhum segurança por perto. Ela explicou, com naturalidade, que aquela era destinada às pessoas que, por qualquer motivo, não tivessem dinheiro para o bilhete da passagem.

Com sua mente incrédula, estranhando a resposta, não conteve a pergunta que para ele parecia óbvia: E se a pessoa tiver dinheiro, mas simplesmente não quiser pagar? A vendedora espremeu os olhos límpidos e azuis, num sorriso de pureza constrangedora, e respondeu, objetiva: Mas, por que ela faria isso?

Atônito, o estrangeiro pagou o bilhete e passou pela catraca comum, seguido de uma multidão que também havia realizado o mesmo procedimento que ele. A catraca livre continuou vazia.
                                                               *    *    *
A honestidade é um valor libertador para um povo. É condição fundamental para que seja considerado civilizado. Indagados os Espíritos superiores a respeito dos sinais pelos quais podemos reconhecer uma civilização completa, responderam:

Vós a reconhecereis pelo desenvolvimento moral. Credes que estais muito adiantados, porque tendes feito grandes descobertas e obtido maravilhosas invenções; porque vos alojais e vestis melhor do que os selvagens.

Todavia, não tereis verdadeiramente o direito de dizer-vos civilizados, senão quando de vossa sociedade houverdes banido os vícios que a desonram, e quando viverdes como irmãos, praticando a caridade cristã.

Até então, sereis apenas povos esclarecidos, que percorreram a primeira fase da civilização. Fica evidente que estamos construindo uma civilização na Terra. Somos apenas povo esclarecido, na grande maioria.

A corrupção, a desonestidade, ainda desonram nossas sociedades. São vícios morais graves que nos têm trazido consequências desastrosas.

Queixamo-nos de nossos líderes afirmando que são incapazes, egoístas e inescrupulosos. Porém, esquecemos que são apenas amostra do povo que os elege, que os têm como representantes.

A conquista da civilização completa se dá dentro de cada um de nós, quando, individualmente, assumimos uma nova postura.

Se o outro não mudou, a responsabilidade e as consequências são dele. Se aguardarmos a transformação do outro para realizar a nossa, nunca sairemos do estágio moral onde ainda nos encontramos.

Como nação, seremos civilizados, quando cada um de nós, como indivíduo, assim se tornar.

Agir de acordo com o bem comum e não apenas em função do que é melhor para nós; respeitar os limites do nosso próximo e enxergá-lo como irmão de caminhada, são passos iniciais na construção dessa civilização plena por todos sonhada.

Construamos um ser civilizado em nós; depois, através do exemplo, edifiquemos uma família civilizada; essa família honrada, por sua vez, influenciará mais um tanto de pessoas que desfrutam de sua convivência salutar; e assim por diante, até regenerar o mundo todo.

O mundo se transforma, quando nós somos a transformação que desejamos ver nele.

Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 20 de agosto de 2024

O erro.



Quem é que nunca fez nada de errado? Naturalmente, todos nós, algumas vezes na vida, cometemos erros, seja intencionalmente ou não. O erro faz parte do aprendizado.

Por trás de todo erro está a ignorância, o orgulho, ou o egoísmo. O ignorante erra por desconhecer, o orgulhoso por se julgar mais importante do que as demais pessoas e o egoísta por pensar somente em si.

O que caracteriza o erro não são os padrões sociais ou as diretrizes éticas estabelecidas, mas sim suas consequências sobre o indivíduo e a sociedade. O que torna algum gesto desacertado são os seus efeitos malignos.

Erramos quando nossos atos ferem alguém. Quando invadimos o direito à felicidade do próximo. Quando destruímos, ao invés de construir. Numa palavra, erramos sempre que geramos sofrimento para os outros ou para nós mesmos. Por estar vinculado ao sofrimento, vemos que o erro não é um bom negócio.

Entretanto, se formos sábios, saberemos tirar frutos dele. De uma forma muito especial, Deus sempre cuida para que, dos nossos equívocos, tiremos algo de bom. Isto acontece por meio da Lei de Causa e Efeito, que faz com que todo o bem, como todo o mal realizado retorne ao seu realizador.

No campo dos sofrimentos isto se chama expiação. Mas para tornar o processo menos penoso, podemos recorrer ao arrependimento e à reparação. Arrepender-se é, portanto, o primeiro passo na correção de um desatino.

Existem pessoas que só se arrependem dos seus erros quando estão colhendo as consequências. Quanto mais demoramos a nos arrepender, mais sofremos.

O arrependimento deve provocar um desejo de reparação, que consiste em fazer o bem a quem se havia feito mal. Mas nem todas as faltas implicam em prejuízos diretos e efetivos. Quer dizer, nem sempre teremos de expiar, ou sofrer.

Nesses casos, a reparação se opera fazendo-se o que deveria e foi negligenciado. Cumprindo deveres desprezados, missões não preenchidas. Quem tem sido orgulhoso, buscará tornar-se humilde. O rude procurará ser amável. O ocioso passará a ser útil e o egoísta, caridoso.

Costuma-se dizer que errar é humano. Nós poderíamos inverter o raciocínio dizendo que corrigir erros é que é humano, pois o homem não pode desprezar a sua fantástica capacidade de racionalização ao persistir em atitudes que somente o infelicitam.

Reconhece-se, então, o homem de bem pela capacidade com que ele substitui seus defeitos por virtudes superiores. Você sabia que os efeitos dos nossos atos se estendem, muitas vezes, para além da existência atual? Isso explica os sofrimentos atuais, cujas causas não se encontram no presente.

Várias vezes estamos recebendo hoje os efeitos de nossos atos de vidas passadas. Você sabia que nenhum Espírito atinge a perfeição, sem antes reparar os erros do seu caminho evolutivo? Por isso, hoje é o dia de fazer o melhor!
Redação do Momento Espírita.                                                                                                                      www.momento.com.br   

terça-feira, 13 de agosto de 2024

O desafio do relacionamento.


Segundo orientação do nobre Espírito Joanna de Ângelis, o desafio do relacionamento é um gigantesco convite ao amor, a fim de alcançar a plenitude existencial.

Realmente, os relacionamentos nos são um grande desafio. A cada novo dia, mesmo com aqueles com quem há anos convivemos, sempre se mostram desafiadores.

Isso porque somos expostos a diversas e diferentes situações; porque vamos mudando com o tempo; porque a convivência vai sofrendo a influência dos anos.

Somente nos furtaremos a isso se optarmos por viver em solidão, em isolamento, se nos apartarmos do mundo.

No entanto, se os relacionamentos sociais nos constituem desafios, são, igualmente, um convite para o amor. Como todo convite, pode ou não ser aceito.

Dessa forma, se os relacionamentos são inevitáveis em nossa vida em sociedade, aprendermos a amar através deles, é uma questão de opção.

Podemos conviver com alguém sem que isso, em essência, nos faça amá-lo. Poderemos simplesmente ter um relacionamento de cortesia e tudo o mais que a boa educação estabeleça.

Nada além disso. A gentileza, a delicadeza por uma simples questão de urbanidade serão exercidas.

Para amar a alguém, é necessário aceitar esse convite desafiador de nos propormos a enfrentar e a vencer os obstáculos que naturalmente todo relacionamento apresenta.

Há pessoas que vivem mal humoradas, que são implicantes com tudo e com todos. A mínima contradição as faz perder o equilíbrio, e se exaltam. Podem mesmo agredir, com palavras, com gestos.

Para com essas, nada melhor do que uma boa dose de paciência, de calma para nos ajudar no exercício de aprender a amá-las.

Existem outras que são arrogantes, até mesmo prepotentes perante todas as situações. Sabem tudo, são sempre melhores, não aceitam ideias que não estejam de acordo com sua forma de pensar e agir.

Essas acabam nos exigindo humildade, compreensão e tolerância para bem conviver.

Há ainda aquelas que se apresentam pessimistas, derrotistas ou mesmo depressivas, em tudo o que fazem na vida.

Acabam nos exigindo o bom humor, o otimismo, a alegria e a gratidão como tônica de convívio.

A cada pessoa que encontramos em nosso caminho, um novo desafio.

Porém, se os que cruzam nossas vidas nos desafiam, também nos oferecem oportunidades de aprendizado.

O exercício das virtudes que a convivência com eles nos exige talvez não acontecesse, se não estivessem ao nosso lado.

E não importa se não conquistamos ainda as virtudes que nos são exigidas. Iremos aprendendo enquanto trilhamos os mesmos caminhos.

O importante é perceber que cada um que se aproxima de nós apresenta o convite da vida para o bom relacionamento, para a convivência saudável.

Dessa forma, a cada virtude que conquistamos em nossa intimidade, vamos ampliando nossa capacidade de amar.

Porque o amor é feito de pequenas virtudes. Como um mosaico multicolorido, vai desenhando dentro de nós a capacidade de nos amarmos e de amarmos ao nosso próximo.

Afinal, o amor, conforme nos ensinou Jesus, deve ser a meta maior da nossa existência. 

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.
www.momento.com.br

Doe Sangue

Doe Sangue