terça-feira, 28 de março de 2023

O abraço.


Estudos têm revelado que a necessidade de ser tocado é inata no homem. O contato nos deixa mais confortáveis e em paz.

O Dr. Harold Voth, psiquiatra da universidade de Kansas, disse: O abraço é o melhor tratamento para a depressão.

Objetivamente, ele faz com que o sistema imunológico do organismo seja ativado.

Abraçar traz nova vida para um corpo cansado e faz com que você se sinta mais jovem e mais vibrante.

No lar, um abraço todos os dias reforçará os relacionamentos e reduzirá significativamente os atritos.

Helen Colton reforça este pensamento: Quando a pessoa é tocada, a quantidade de hemoglobina no sangue aumenta significativamente. Hemoglobina é a parte do sangue que leva o suprimento vital de oxigênio para todos os órgãos do corpo, incluindo coração e cérebro.

O aumento da hemoglobina ativa todo o corpo, auxilia a prevenir doenças e acelera a recuperação do organismo, no caso de alguma enfermidade.

É interessante notar que reservamos nossos abraços para ocasiões de grande alegria, tragédias ou catástrofes.

Refugiamo-nos na segurança dos abraços alheios depois de terremotos, enchentes e acidentes.

Homens, que jamais fariam isso em outras ocasiões, se abraçam e se acariciam com entusiasmado afeto, depois de vencerem um jogo ou de realizarem um importante feito atlético.

Membros de uma família, reunidos em um enterro, encontram consolo e ternura uns nos braços dos outros, embora não tenham o hábito dessas demonstrações de afeição.

O abraço é um ato de encontro de si mesmo e do outro. Para abraçar é necessário uma atitude aberta e um sincero desejo de receber o outro.

Por isso, é fácil abraçar uma pessoa estimada e querida. Mas se torna difícil abraçar um estranho.

Sentimos dificuldade em abraçar um mendigo ou um desconhecido. E cada pessoa acaba por descobrir, em sua capacidade de abraçar, seu nível de humanização, seu grau de evolução afetiva.

É natural no ser humano o desejo de demonstrar afeição. Contudo, por alguma razão misteriosa, ligamos ternura com sentimentalidade, fraqueza e vulnerabilidade. Geralmente hesitamos tanto em abraçar quanto em deixar que nos abracem.

O abraço é uma afirmação muito humana de ser querido e de ter valor.

É bom. Não custa nada e exige pouco esforço. É saudável para quem dá e quem recebe.

                                                          *   *   *

Você tem abraçado ultimamente sua mulher, seu marido, seu pai, sua mãe, seu filho?

Você costuma abraçar os seus afetos somente em datas especiais?

Quando você encontra um amigo, costuma cumprimentá-lo simplesmente com um aperto de mão e um beijo formal?

A emoção do abraço tem uma qualidade especial. Experimente abraçar mais.

Vivemos em uma sociedade onde a grande queixa é de carência afetiva.

Que tal experimentar a terapia do abraço?

Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 21 de março de 2023

É bem simples ser feliz.


É comum comentarmos o que acontece de ruim conosco.  Incrível é que despendemos muito tempo relatando, com detalhes, o ocorrido.

Reclamamos nas redes sociais, nos grupos de whatsapp, na sala de café da empresa, nas conversas com a família e os amigos.

Quando ficamos indignados por algum acontecimento que se deu de forma totalmente contrária à nossa vontade, temos a capacidade de reprisar nossas falas, dezenas e dezenas de vezes.

Basta que alguém nos cumprimente, para começarmos nossa ladainha: Soube do acidente? Viu a desgraça que a chuva provocou?

Por sermos assim, tão repetitivos, quando não anunciadores de problemas ainda maiores, que logo nos deverão alcançar, é que não somos felizes.

Será que, neste mundo, do qual o próprio Mestre Jesus disse que teríamos aflições, é possível se ter um pouco de felicidade?

Alguns somos tão fixados nos problemas que até alteramos a fala de Jesus, registrada pelo Evangelista João, acrescentando: No mundo só tereis aflições.

Não se dão conta de que Jesus aduziu: Tende bom ânimo, eu venci o mundo.

Proponhamo-nos, portanto, a sermos felizes. Podemos começar criando o hábito de, a cada noite, anotar em um caderno: Pelo que devo me sentir grato, ou me sentir feliz por este dia?

Mesmo em dias ruins, veremos que podemos agradecer por estarmos vivos, no planeta, por termos um teto sobre nossa cabeça, por termos uma cama para dormir, pelo prato de comida que nos saciou a fome.

Pela fruta que saboreamos há pouco. Pelo pedacinho de chocolate.

Coisas simples, mas tão importantes. Podemos agradecer pela roseira, que plantamos há tanto tempo, ter nos oferecido seu primeiro botão.

Podemos agradecer pelo filho que nos abraçou apertado e segredou ao ouvido: Eu te amo.

Podemos agradecer por termos sobrevivido à pandemia, por termos um emprego, embora ainda não tenhamos alcançado o patamar salarial pretendido.

Podemos agradecer pela audição, pelo paladar, pelo tato.

Já nos demos conta de que maravilha é o tato? Acarinhamos a rosa aveludada, alisamos o pelo macio do nosso cão, sentimos o calor da mão que envolve a nossa em amizade.

Quantas coisas boas acontecem em nossas horas. O que parece é que batem na gente e não colam. São repelidas por nós.

Tão bom seria se aprendêssemos a reviver esses cinco minutos de felicidade celebrando e curtindo mais e mais.

Como fala a canção, tantas vezes ouvida: Recordar é viver novamente o amor, um momento feliz do passado.

A saudade nos traz um sorriso, uma flor, um carinho que estava guardado.

Ao abrir-se a cortina do tempo, que bom!

O passado se torna presente.

Foi feliz o poeta que disse recordar é viver novamente.

Abramo-nos para a gratidão. Permitamo-nos reviver as coisas boas.

Lembrando e relembrando, vamos esmiuçando detalhes. Logo, aprenderemos como é simples ser feliz.

Mesmo que seja por apenas alguns minutos.

Na soma dos dias, teremos tantas coisas para lembrar, coisas que nos fizeram sorrir, ou rir descontraídos.

Coisas que nos alimentaram a alma, adoçaram as horas, massagearam a nossa alma.

Pensemos a respeito. Comecemos agora.

Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 14 de março de 2023

Paciência.


Será a paciência uma das nossas virtudes?

É possível que alguns respondamos, quase de imediato: Sou paciente... quase sempre.

Altero-me quando me tiram do sério, quando a questão é grave.

Em verdade, isso quer dizer que não somos pacientes. Somente, por vezes, temos exercido essa virtude, por alguns minutos.

Isso nos recorda a história daquele homem, que passava por séria problemática financeira.

Estava desempregado desde alguns meses e, devido a sua idade, bem como não ter especialidade profissional, estava muito difícil arranjar um novo emprego.

Há dias, ele não fazia uma refeição decente, algo que realmente lhe pudesse saciar a fome.

O desânimo foi tomando conta da sua vontade. Por isso, na manhã, que apenas se espreguiçava sobre as primeiras horas, perambulava, pelas ruas, sem destino.

Seguia de cabeça baixa, pelo que, em dado trecho do caminho, enxergou no chão o que pareceu ser uma cédula.

Correu em direção ao papel e viu que se tratava realmente de dinheiro.

Não era muito, mas, antes de recolhê-lo da calçada, olhou para todos os lados, para ver se ninguém por perto reclamava a sua posse.

Não, não havia ninguém com ares de ter perdido alguma coisa.

Tornou a olhar, pensando que, eventualmente, alguém poderia estar brincando com ele.

E pensou: É bom demais para ser verdade!

Apesar da quantia não ser expressiva, serviria para lhe amenizar a fome nesse dia.

Quase num sobressalto, ajuntou a nota, desamassando-a.

Porém, que decepção! Era apenas a metade da cédula.

Irritado, rasgou em pedacinhos o pedaço de papel, jogando-os num bueiro.

Continuou a caminhada, de mãos nos bolsos, esbravejando em pensamento.

Contudo, alguns metros adiante, para surpresa sua, encontrou a mesma nota. Era a outra metade da primeira!

                                                              *   *   *

Os grandes problemas da impaciência são as perdas que o impaciente sofre em decorrência de suas atitudes.

A primeira delas é, obviamente, a perda da serenidade.

Sem serenidade, não temos condições de avaliar com frieza as circunstâncias que nos envolvem, de modo que possamos enxergar as saídas e soluções possíveis.

Perdendo a serenidade, perdemos também o bom senso.

Sem ele, nos tornamos impotentes, ou apenas nos sentimos impotentes.

Paciência é respeito.

Respeito aos outros e a nós mesmos.

Verificaremos que é muito mais produtivo trabalharmos pacientemente do que nos irritarmos com o que não será modificado do dia para a noite.

Ademais, quem não sabe esperar, também não sabe usufruir!

Também não alcança o que almeja.

                                                                 *   *   *

Thomas Edison, o grande inventor, estava na tentativa de número seiscentos e sete para incandescer um filamento e conseguir inventar a lâmpada.

O seu assistente, cansado, insistiu para que ele desistisse.

Edison perseverou. O resultado, todos agradecemos: a bênção da luz elétrica.

Paciência, dessa forma, não significa passividade, indolência ou subserviência.

Paciência é a atitude inteligente de quem compreende que tudo tem seu tempo. Também que, para alcançar o que desejamos, é preciso insistir, perseverar.

Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 7 de março de 2023

FELIZ DIA DA MULHER.


A Mulher ideal.

Afixado em um mural, estava o cartaz chamativo: Procura-se uma mulher.

Que mulher seria? O autor colocou em prosa o seu anseio nos seguintes termos: Minha procura não é algo fácil.

Em meu caminhar por este mundo tenho conhecido todo tipo de pessoas, de todas as condições sociais. Mas, no final das contas, somente tem-se tratado de pessoas e o que eu procuro é uma mulher.

Uma mulher que não tema ser forte, segura e independente, porque com isso não perde sua feminilidade, pelo contrário, toma o lugar que lhe corresponde na evolução do casal humano.

Uma mulher disposta a descobrir e desenvolver todos os seus valores em potencial porque nós, os homens, jamais amadurecemos emocionalmente se temos companheiras, mães, ou irmãs que dão pouca importância ao crescimento como pessoas. A evolução supõe um crescimento compartilhado.

Uma mulher preparada e decidida, que não somente saiba o que fazer, mas como e quando fazer, porque assim será um respaldo para mim como eu, com prazer, o serei para ela.

Uma mulher que me ajude a ver-me como sou, não como acredito que sou. Que tenha tato para dizer meus defeitos no momento em que estou mais receptivo, para que aceite a crítica construtiva e possa, assim, florescer como pessoa.

Uma mulher que seja terna, sem perder a firmeza. Séria, sem chegar a ser solene. Desejosa de superar, sem sentir-se superior. Doce, sem ser melosa.

Uma mulher que seja minha companheira em tudo, desde estender a cama juntos até o adentrarmos em uma aventura intelectual, passando pela experiência de trabalhar ombro a ombro e percorrer um parque de bicicleta.

Uma mulher que não se alarme se alguma vez me vir chorar. Quero recuperar essa capacidade de expressão reprimida. Que me anime a permitir-me ser frágil e a pedir ajuda mesmo sendo um homem forte.

Uma mulher que não se deixe utilizar e que nunca manipule outro ser humano incluindo seu companheiro, pois não tem fundamento cair em uma dependência destrutiva, quando existe a alternativa luminosa de um enriquecimento recíproco.

Uma mulher que saiba que o homem foi denominado o ser mais elevado dos viventes, mas que ela, como mulher, foi concebida como a mais sublime das criações do Universo.

                                                                      *   *   *

Sem dúvida, à mulher cabe uma importante quota de contribuição com a obra de Deus, oferecendo a sua sensibilidade e a sua inteligência em favor da vida.

Muito a propósito é a afirmação do Espírito da Verdade, na obra O Livro dos Espíritos, quando alerta que a tarefa delegada para a mulher é mais importante que a do homem.

Isso porque cabe a ela conduzir os homens, dando-lhes as primeiras noções de vida.

Quando a mulher se decidir a educar e amar, instruir e orientar com firmeza e disposição, o mundo, mais rapidamente, mudará para melhor.

Redação do Momento Espírita.

Doe Sangue

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