quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Abençoa Senhor.

*ABENÇOA SENHOR.*
Abençoa, Senhor, esta Casa singela,
Onde a luz do Evangelho esplende, soberana,
E onde encontra guarida a imensa caravana,
Dos tristes corações que a prova desmantela.

Neste pouso de paz onde a fé irmana,
Em torno do ideal que ao mundo revela,
A caridade é sempre atenta sentinela,
Estendendo os seus braços à penúria humana.

Neste recanto amigo, à margem do caminho,
Ninguém procura em vão o conforto e o carinho,
Cansado de bater, chorando, porta em porta...

Porquanto a Tua voz na voz de quem ensina,
A mensagem de amor da Celeste Doutrina.
A renovar no bem a vida nos exorta!!...
Auta de Souza em: *CONFIA SEMPRE.*

domingo, 9 de novembro de 2025

Na senda renovadora.

*NA SENDA RENOVADORA*

Enquanto nos demoramos nas teias da animalidade, costumamos centralizar a vida na concha envenenada do egoísmo, orientando-nos pelo cérebro, agindo pelo estômago e inspirando-nos pelo sexo.

A passagem na Terra significa, então, para nossa alma, o movimento feroz de caça e presa. O cálculo é o nosso modo de ser. A satisfação física é o nosso estímulo. O prazer dos sentidos é a finalidade de nosso esforço.

Entretanto, quando a luz do Evangelho se faz sentir em nosso coração, altera-se-nos a vida. O amor passa a reger nossas mínimas expressões individuais.

Chegada essa hora de renovação do nosso próprio Espírito, nossa existência se transforma numa pregação permanente aos que nos seguem os passos, de vez que a lâmpada acesa do ensinamento de Jesus, no imo da alma, é astro irradiante a clarear a marcha da vida.

Não te gastes, desesperando-te em exigências descabidas, nem te percas no cipoal das queixas sem significação.

Procura o Cristo, em silêncio, e grava as lições d’Ele nas páginas da própria luta de cada dia e quem te acompanha saberá encontrar, em tua conduta e em teus gestos, o abençoado caminho da elevação.

No livro:- *ALVORADA DO REINO* Emmanuel/Chico Xavier.
Magali Inês Brum/Colaboradora.

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Calma.

*CALMA.*
Se você está no ponto de estourar mentalmente, silencie alguns instantes para pensar.

Se o motivo é moléstia no próprio corpo, a intranquilidade traz o pior.

Se a razão é a enfermidade em pessoa querida, o seu desajuste é fator agravante.

Se você sofreu prejuízos materiais, a reclamação é bomba atrasada, lançando caso novo.

Se perdeu alguma afeição, a queixa tornará você uma pessoa menos simpática, junto de outros amigos.

Se deixou alguma oportunidade valiosa para trás, a inquietação é desperdício de tempo.

Se contrariedades apareceram, o ato de esbravejar afastará de você o concurso espontâneo.

Se você praticou um erro, o desespero é porta aberta a faltas maiores.

Se você não atingiu o que desejava, a impaciência fará mais larga distância entre você e o objetivo a alcançar.

Seja qual for a dificuldade, conserve a calma, trabalhando, porque, em todo problema a serenidade é o teto da alma, pedindo serviço por solução.
No Livro:- *IDEAL ESPÍRITA.*
André Luiz/Chico Xavier.

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Na senda da ascensão.

*NA SENDA DA ASCENSÃO*

O animal caminha para a condição do homem, tanto quanto o homem evolui no encalço do anjo.

No reino animal, a consciência, à feição de embrião, movimenta-se em todos os tons do instinto, no rumo da inteligência.

No reino hominal, a consciência nascida avança em todos os aspectos da inteligência, objetivando a conquista da razão sublimada pelo discernimento.

E, no reino angélico essa mesma consciência, em múltiplas expressões de sabedoria e de amor, segue, vitoriosa, para a perfeita santificação, comungando a Perfeita Felicidade do Pai Celestial.

Desse modo, se pedes proteção e arrimo aos que te precederam na vanguarda do progresso e se aguardas a assistência dos benfeitores que, de Mais Alto, te observam as esperanças, compadece-te também das criaturas humildes que laboriosamente se agitam na retaguarda, peregrinando ao teu encontro.

Para o homem, o anjo é o gênio que representa a Providência Divina e para o animal o homem é a força que representa a Divina Bondade.

Recorda os elos sagrados que nos ligam uns aos outros na estrada evolutiva e colabora na extinção da crueldade com que até hoje pautamos as relações com os nossos irmãos menores.

Auxilia aos que te seguem os passos e mantém a certeza de que receberás em pagamento de paz e luz o concurso daqueles que te antecederam no acesso às culminâncias da Vida Maior.
No livro:- *ALVORADA DO REINO* Emmanuel/Chico Xavier.
Magali Inês Brum/ Colaboradora.

domingo, 2 de novembro de 2025

Para os que partiram.

*PARA OS QUE PARTIRAM.*
O dia da comemoração dos mortos, a dois de novembro, de uma maneira geral, mexe com a emoção de todos nós. A saudade canta mais forte e manifestações múltiplas se sucedem.

Alguns comparecem aos mausoléus ou às simples tumbas para depositar flores, permanecer alguns instantes, dizendo de seus sentimentos, numa conversa que somente os invisíveis conseguem captar.

Afinal, embora saibamos que os que partem permanecem de pé, prosseguem vivos, sentimos a ausência física, não importando os anos transcorridos.

É natural sentir certo vazio quando a pessoa que amamos não está mais ao nosso lado. Desejamos, mais de uma vez, tornar a lhe sentir o abraço, o carinho, o colo.

Quiçá, tornar a ouvir aquele timbre de voz característico, inigualável. Quem se foi continua a viver em cada memória, em cada história compartilhada, em cada sorriso que nos proporcionou.

O amor que nos deu e que nós sentimos é uma força que não se apaga. Esse sentimento se transforma, mas nunca desaparece.

Ele se aloja em nossos corações e nos acompanha, como uma luz, por onde quer que a gente vá. Nesta data talvez devamos nos permitir pensar um tanto mais nos ensinamentos que essa criatura nos deixou.

Nas tantas vezes em que nos deu sua mão, nos ofertou o seu abraço. Nas tantas memórias de quando nos incentivou, em que se fez presente nos momentos mais importantes da nossa vida: as comemorações, a formatura, o casamento, o aniversário.

Lembrar do som das suas risadas, das suas lições de vida, de horas compartilhadas, de férias e de trabalho. Tudo isso faz parte do legado dela, e é através desse legado que a sua essência se mantém viva e forte.

Ela continua a existir no mundo espiritual. Também em nós, a cada vez que agimos com a bondade que ela nos ensinou, em cada gesto de carinho que ela nos inspirou.

A morte leva o corpo. A alma é a energia, a essência, o rastro que fica no mundo e, principalmente, em nós.

Não morre quem permanece vivo na lembrança e no coração de quem ficou. Permitamo-nos sentir-lhe a presença. Essa é a verdadeira maneira de honrar o amor que nunca, de fato, nos deixou.

Neste dia, que nossas lágrimas sejam de doce saudade, sem desespero e desesperança.

Que nossos amados, onde quer que estejam, recebam nosso carinho em preces, em pensamentos alegres, talvez em um pequeno ramo de flores.

Recordemo-los com a gratidão que merecem. Enviemos a eles o que temos de melhor de nós. Que não se vistam de crepe nossas almas, nem de cinzas nossos pensamentos.

Nossos amores vivem a vida imperecível do Espírito e, por tudo que representaram em nossas vidas, merecem louvores e gratidão. Digamos a eles que sentimos a sua falta, mas que nos alegramos por sabê-los bem, vivendo a imortalidade.

Finalmente, que, um dia, quando a Divindade determinar, tornaremos a estar juntos, em algum lugar do infinito.
*Redação do Momento Espírita.*
www.momento.com.br

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Alavanca de Luz.

*ALAVANCA DE LUZ.*
*O Dinheiro compra a Sustentação. A vida vem de Deus.*

O Dinheiro, porém, nas mãos da criatura que aprende a viver e a servir com o Amparo de Deus é capaz de melhorar as condições de existência para legiões de pessoas.

*O Dinheiro compra a Cultura Acadêmica. A inteligência vem de Deus.*

Mas, nas mãos da criatura que aprende a viver e a servir com o Amparo de Deus, pode espalhar escolas e livros beneficiando extensas comunidade.

*O Dinheiro compra a Farmácia. A Saúde vem de Deus.*

Entretanto, nas mãos da criatura que aprende a viver e a servir, com o Amparo de Deus, o dinheiro consegue movimentar providências e adquirir os remédios necessários ao alivio ou à cura de numerosos doentes.

*O Dinheiro compra o Conforto. A alegria vem de Deus.*

No entanto, nas mãos da criatura que aprende a viver e a servir, com o Amparo de deus, o dinheiro pode repartir parcelas de felicidades em todas as direções.

*O Dinheiro compra o leito. O Repouso vem de Deus.*

Contudo, nas mãos da criatura que aprende a viver e a servir, com o Amparo de Deus, o dinheiro consegue oferecer agasalhos e cobertores, protegendo o sono dos companheiros que a penúria assinala.

*O Dinheiro é força. O Poder vem de Deus.*

Mas, nas mãos da criatura que aprende a viver e a servir, como Amparo de Deus, o dinheiro é capaz de promover socorro e consolação para muita gente.

*A criatura vem de Deus. Deus é a vida em todos.*

E o Dinheiro nas mãos da criatura que aprende a viver e a servir, com o Amparo de Deus, é sempre uma Bênção de Esperança e uma Alavanca de Luz.
No Livro:- *ENDEREÇOS DA PAZ.* 
André Luiz/Chico Xavier.

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

A batalha da paz.

*A BATALHA DA PAZ.*
O panorama do mundo nos assusta. As imagens de tragédia e desolação, de crianças famintas, mulheres suplicando alimento para os filhos, são angustiantes. Idosos contemplam a vida que construíram ser reduzida a pó.

Olhamos para os rostos infantis e nos indagamos se chegarão a conhecer a paz antes de morrerem à fome ou ante a violência dos combates que não os poupam.

Sentimos na alma a dor do mundo. Vemos os povos se digladiarem, irmãos se matarem. Para quê? Por quê? Por disputas de poder, por ambições que não cabem no coração humano.

Somos uma única família, ocupando os espaços do mesmo lar, a Terra. Sonhos e medos em todas as latitudes são bem parecidos.

Se avaliarmos com profundidade, veremos que aquilo que nos une é muito mais do que aquilo que nos divide.

A dor pela morte do filho é a mesma em nós e em nosso vizinho. O descobrir que tudo desaba ao redor, que não temos segurança de vida para o momento seguinte é o mesmo para qualquer um de nós.

Está na hora de pararmos com essa loucura. Deixar de lado ideias tolas, divisões territoriais, bandeiras e hinos que nos separam.

Assistimos os governantes se sentarem à mesa para conversar, para negociar, sem chegarem a um entendimento.

E nossa memória evoca a figura de um menino que conseguiu acabar com uma terrível guerra. Verdade que é somente uma história em um livro.

Mas como seria bom se aquele menino do dedo verde, pudesse andar pelas estradas dos combates e realizar a sua magia.

Como seria bom se, em determinado momento, os exércitos fossem surpreendidos com plantas trepadeiras se enraizando nas caixas de armamentos.

Como seria extraordinário se a hera e a erva-de-passarinho formassem um espesso emaranhado em torno das metralhadoras. O que fariam os soldados se desabrochassem flores dos seus fuzis?

Como seria salutar se, nos reservatórios das bombas, dos drones se alojassem flores. À menor pressão para acionar essas ferramentas de morte, elas desabrochariam abundantes.

Os tanques e os mísseis estariam abastecidos de roseiras bravas, madressilvas e buganvílias. Ao simples toque, arrebentariam em raízes, cachos, ramos espinhentos em torno de si.

Nenhum instrumento de guerra seria poupado dessa invasão. Imaginemos os lança-mísseis ajustarem a rota para o alvo e explodirem flores.

Uma chuva de amores-perfeitos, papoulas e miosótis se abateriam sobre os continentes de um e de outro lado.

Se isso acontecesse, os exércitos finalmente selariam a paz. Cada qual voltaria para seu país, para sua gente, retomando a vida familiar, profissional.

Como gostaríamos que muitos dedos verdes pudessem andar pelos campos de batalha e realizar essa magia impressionante.

Quem continuaria a guerrear com flores? Flores falam de amizade, de amor, de bem-querer. Flores são dadas para os afetos, os amores.

Neste dia, em nome do amor, desejamos profundamente que isso aconteça. Afinal, se não temos dedo verde, trazemos todos a essência do amor no coração.
Acionemo-la.
*Redação do Momento Espírita.*
Com base no cap. 16, do livro O menino do dedo verde,
 de Maurice Druon.

Doe Sangue

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