O tempo é apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias. A eternidade não está sujeita a medida alguma do ponto de vista da duração. Para ela, não há começo, nem fim: tudo é presente.
Compreender que tudo é, de certa forma, presente, quando saímos da esfera das coisas transitórias, nos auxilia a ver os dias de forma diferente.
Tudo é agora. Tudo é este instante.
O tempo é o resultado do agora que se une a outro sem solução de continuidade.
Somos nós que passamos pelo tempo. Nós que ligamos umas às outras as experiências, as ações, nossos atos. O tempo é apenas uma forma de medir a quantidade deles.
Sempre somos nós que passamos pelo tempo. Nunca é o tempo que passa por nós.
Tudo que temos é o agora, é este instante. Passado e futuro não estão sob nosso controle, apenas o presente.
Ao se considerar a transitoriedade do tempo, o agora não mais se repetirá nas mesmas circunstâncias e com idênticas possibilidades...
As águas de um rio jamais retornarão ao mesmo leito, e, quando se transformam em vapor e chuva caindo na região, as circunstâncias são outras.
Por isso, vivamos o agora com intensidade e com maturidade.
Viver intensamente o agora é uma atitude de sabedoria que não pode ser adiada. Isso equivale a experienciar as lições da vida sob o ponto de vista da ética e da moral, mediante projetos e compromissos de autoiluminação, conquistando aos poucos as áreas sombrias da personalidade.
Cada agora é dádiva da vida para corrigir, reestruturar, construir.
O indivíduo lúcido está desperto para todas as oportunidades que enfrenta.
A sua consciência está vigilante para retirar sempre os melhores resultados. Inclusive, quando visitado pelo mal, obter o aproveitamento do que seja mais útil.
Mesmo que permaneça indiferente, o agora sinaliza momento de ação.
Por isso, vivamos o agora.
Estejamos completamente presentes em tudo que fazemos, extraindo o aprendizado, a iluminação, a maturidade.
Uma mente que não para no agora, que está sempre no passado ou no futuro, em verdade não está em lugar algum. É quase uma sombra de si mesma.
* * *
Num momento de vacilação, Pedro negou Jesus por três vezes.
Noutro momento, Judas teve a dimensão exata do seu crime hediondo e, arrependendo-se, tentou impedir-lhe a execução.
No entanto era tarde porque já havia passado o significativo agora.
As nossas decisões de um instante vão se refletir nos acontecimentos que virão.
Não podemos retroceder para anular o que passou, mas poderemos iniciar outras iniciativas com os olhos colocados no futuro.
Habituemo-nos, dessa forma, a agir com serenidade em cada momento, de modo que possamos percorrer o curso de nossa reencarnação com sabedoria e retidão.
Jamais subestimemos o poder do agora. Acendamos a luz do amor em nosso íntimo, coloquemos o combustível da ação e sejamos felizes, desde
Redação do Momento Espírita
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