terça-feira, 27 de julho de 2021

Se você puder.


Cada dia em sua vida é uma bênção concedida por Deus. São vinte e quatro horas preciosas.

Basta que pense, por um minuto, ao menos, em quantos gostariam de estar em seu lugar.

Hoje, agora, enquanto o dia amanhece e a alvorada se espreguiça.

Por isso, procure fazer de cada dia um presente para si, para o mundo, para Deus.

E, se você puder, hoje, mostre um sorriso em seu rosto.

Transmita a alegria através de suas expressões faciais.

Aproveite para internalizar esse sorriso, fazendo irradiar para seu íntimo a emoção de contentamento que esse gesto pode expressar.

Se você puder, hoje, ao arrumar seu lar, coloque um toque a mais de felicidade e beleza. Algo simples, mas que fará a grande diferença para você e para os seus.

Faça suas tarefas domésticas, não com o peso da obrigação, mas com a leveza de poder contribuir para um ambiente harmonioso.

Um pequeno detalhe, como um aroma de ervas ou uma pequena flor sobre a mesa.

Diga uma singela frase que permita demonstrar o amor a todos em seu lar. Elogie algo de bom que qualquer um deles tenha realizado.

Se você puder, hoje, amplie seus conhecimentos.

Leia um bom livro que traga melhorias para sua atividade profissional.

Assista uma aula que lhe permita acrescentar novos saberes para sua compreensão do mundo.

Aproveite os conhecimentos adquiridos e compartilhe com aqueles que não os têm.

Uma conversa amigável, uma dica, uma referência ao realizar uma tarefa, podem lhe permitir levar a outros aquilo que aprendeu, com humildade, sem arrogância e prepotência.

Se você puder, hoje, procure esquecer os motivos de tristeza e aborrecimentos.

Não fique preso ao passado, tenha-o como um aprendizado.

Os erros cometidos ou os males sofridos podem indicar caminhos que não devam mais ser percorridos.

Se algumas situações lhe trazem tristeza ou aborrecimentos, busque identificar as razões.

Reflita sobre elas. Procure alterar o que lhe for possível.

Não permita que esses sentimentos façam parte de sua vida e tornem sombrio o seu dia.

Se você puder, hoje, escute uma música que lhe pacifique o coração.

Leia uma poesia que lhe transmita sensibilidade.

Inclua em seu dia, um momento de elevação através da arte que possibilite os sentimentos de reconforto e enobrecimento do Espírito.

Se você puder, hoje, dedique um tempo à oração.

Encontre, em seu dia, alguns minutos para se tranquilizar e realizar uma prece.

Louve a Deus por todas as belezas da vida, pela misericórdia e amor recebidos.

Agradeça a Deus por tudo que tem, mesmo as dores e as dificuldades.

Peça a Deus o que entenda importante para seu fortalecimento na jornada terrena.

Se você puder, hoje, pratique discretamente uma boa ação, qualquer que seja, para ajudar alguém.

Faça isso, por ter a convicção de que esse é um dos ensinos de Jesus.

Se você puder, hoje, faça!

Não fique esperando um dia especial ou um momento oportuno.

A construção de uma vida melhor para si próprio e para os outros deve começar hoje.

Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 20 de julho de 2021

Doces reencontros.

 




Verdadeiramente, vivemos tempos novos sobre a face da Terra. Tempos em que, a cada dia, nos deparamos com seres especiais reencarnados entre nós.

Não importa a raça, a nacionalidade, o credo religioso ou crença alguma. Eles são especiais. Trazem conceitos espiritualizados a respeito da vida, do mundo, do destino final das criaturas de Deus.

Contou-nos uma amiga que sua filha, na inocência dos seus três anos de idade, certa noite, aconchegou-se na cama, ao seu lado.

Em verdade, toda noite era assim. A menina vinha para sua cama e ali se deitava por alguns minutos, antes de se encaminhar para o próprio berço. Nesses momentos, contou-nos a mãe, era que diálogos sempre interessantes aconteciam.

Alguns que a surpreendiam, sobremaneira. Era como se aquela criança, que trazia o azul do céu em duas joias brilhantes na face, se pusesse a pensar, mergulhando na doçura e na sabedoria de um passado intensamente vivido.

Mamãe, antes de eu nascer eu era anjinho?

A mãe ficou a imaginar como deveria responder. E resolveu adentrar no clima da inocência infantil, concordando.

E antes de você ser mamãe, onde você morava?

Pacientemente, e alongando o diálogo, a mãe respondeu que morava com seus pais, avós da pequena. Enriqueceu com detalhes, dizendo da casa grande, de janelas azuis, o imenso jardim, em outra cidade, bem longe.

Mas, mamãe, e antes de você ser filha do vovô e da vovó, você era anjinho como eu, né?

Acho que sim, foi a resposta breve daquela jovem que ficou a cogitar aonde iria parar aquele raciocínio todo. Então, a garotinha desatou a falar:

Pois é, mamãe, você estava no céu, junto comigo. Aí, você nasceu e eu fiquei lá. Depois, Papai do Céu falou para eu escolher minha mamãe. E eu escolhi você. Viu, agora estamos juntas de novo.

A conversa parou. Os olhos da mãe se transformaram em pérolas de luz e duas lágrimas brilharam, rolando pela face.

Ela estreitou seu tesouro junto ao coração. E enquanto a pequena se acomodava para o sono, ela se pôs a pensar:

Quantos filósofos se detêm anos a estudar os mistérios da vida que nunca morre, da vida que se repete na Terra, no espaço, em outros mundos.

Estudam a doutrina secreta dos hindus, egípcios, gregos para encontrarem essas verdades que, até hoje, muitos homens não admitem, considerando simples tolices.

No entanto, a sua pequerrucha, na extraordinária sabedoria de um Espírito milenar, revestido de carne, ali, descontraída e singelamente, sintetizara a trajetória de dois Espíritos que se amam.

Dois Espíritos que, possivelmente, estabeleceram laços de afeto há milênios e se propuseram a prosseguir na conquista do progresso, assim, lado a lado. Ora como mãe e filha. Ora... quem sabe como?

                                                                *   *   *

O maior Sábio que já visitou a Terra, ensinou: Quem é minha mãe? Quem são meus irmãos?

E olhando para os que estavam sentados à roda de si: Eis aqui, lhes disse, minha mãe e meus irmãos. Porque o que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã e minha mãe.

Estabeleceu ali a grande verdade de que todos somos uma grande e só família: a família universal.

Vamos estreitando laços, estabelecendo pontes de amor e nos reencontrando, aqui, nesta vida; acolá, na Espiritualidade e outra vez mais.

Pensemos nisso: Quantos reencontros estamos tendo nesta vida?

 Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 13 de julho de 2021

Problemas desnecessários.

 


Certo dia, uma águia olhou para baixo, do alto do seu ninho, e viu uma coruja.

“Que estranho animal!” - Pensou consigo mesma. “Certamente não se trata de um pássaro.”

Movida pela curiosidade, abriu suas grandes asas e pôs-se a descer voando em círculos.

Ao aproximar-se da coruja, perguntou:

“Quem é você? Como é seu nome?”

“Sou a coruja.” - Respondeu o pobre pássaro, em voz trêmula, tentando se esconder atrás de um galho.

“Como você é ridícula!” - Riu a águia, sempre voando em torno da árvore.

“Só tem olhos e penas! Vamos ver”, acrescentou, pousando num galho, “vamos ver de perto como você é. Deixe-me ouvir sua voz. Se for tão bonita quanto sua cara vou ter que tapar os ouvidos.”

Enquanto isso, a águia tentava, por meio das asas, abrir caminho por entre os galhos para apanhar a coruja.

Porém, um fazendeiro havia colocado, entre os galhos da árvore, diversos ramos cobertos de visgo, e também espalhara visgo nos galhos maiores.

Subitamente, a águia se viu com as asas presas à árvore e, quanto mais lutava para se desvencilhar, mais grudadas ficavam suas penas.

A coruja lhe disse:

“Águia, daqui a pouco o fazendeiro vai chegar, apanhar você e trancá-la numa grande gaiola. Ou talvez a mate para vingar-se pelos cordeiros que comeu.

Você, que passou toda a sua vida no céu, livre de qualquer perigo, tinha alguma necessidade de vir até aqui para caçoar de mim?”

                                                        *   *   *

A fábula nos remete a reflexões em torno de nossa própria forma de ser.

É de nos indagarmos quantas vezes, simplesmente pelo prazer de nos imiscuirmos em questões que não nos dizem respeito, criamos problemas para nós mesmos.

Vejamos, por exemplo, a fofoca. Quando recebemos uma informação e passamos a repeti-la, de boca a ouvido, ou pelas redes sociais, sem nos indagarmos da sua veracidade, podemos criar dificuldades para nós.

A mais simples é de vermos nosso nome mencionado aqui e acolá, com desprezo ou com reservas, pela forma da nossa divulgação.

Afinal, diz-se, que quem de outro fala mal a um amigo, poderá, em breve, igualmente, desse amigo comentar com terceiros.

Consequência mais grave é nos envolvermos em processo que invoque indenização por dano moral daquele de quem passamos adiante acontecimentos, inverídicos ou não.

Ou podemos ser chamados à barra dos tribunais para prestarmos testemunho exatamente do que divulgamos, sem termos sido a fonte original.

Outro exemplo é nos inserirmos em discussões de terceiros, a respeito de assuntos polêmicos e delicados.

Nossos apartes poderão ser tidos como intromissão indevida e poderemos ouvir apontamentos desagradáveis.

Dessa forma, a fim de evitarmos nos emaranharmos, como a águia, ficando prisioneiros das nossas palavras e atitudes, pensemos bem antes de falar e de agir.

Não nos permitamos divulgar apontamentos desairosos sobre quem quer que seja.

O mal não merece divulgação em tempo algum, salvo se for para salvaguardar o bem-estar de pessoas ou instituições.

Meditemos a respeito.

Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 6 de julho de 2021

Oração sempre.


Em tempos de tantos contaminados pela Covid-19 padecendo nos hospitais, cogitamos de quanto devem estar cansados, quase exauridos, médicos, enfermeiros, atendentes.

Eles lidam todos os dias com a entrada de novos pacientes, com a piora ou a morte de outros. Com o desespero de tantos.

Comemoram a alta dos que, vencendo a terrível pandemia, podem retornar aos lares.

Qualquer fato inusitado lhes merece atenção. E foi o que aconteceu com Marcelo, jovem médico, quando chegou para o seu plantão.

Viu uma paciente, na enfermaria, que estava com a saturação ou seja, a porcentagem de oxigênio que está sendo transportada na circulação sanguínea, muito baixa.

Foi-lhe providenciado o máximo de oxigênio na máscara a fim de lhe melhorar a condição respiratória.

No entanto, o quadro piorou nas horas seguintes. Decidiu o médico, junto com seu colega, que deveriam entubá-la.

Foram até a jovem e explicaram todo o procedimento para a entubação. Ela os olhou, concordou, mas pediu se, antes, lhe poderiam permitir fazer uma oração.

Naturalmente, concordaram e se retiraram, observando-a de longe. Viram que a jovem retirou de sua bolsa um pequeno livro e, de forma devota, se pôs a lê-lo.

Aguardaram uns minutos e retornaram até ela que, agora, mantinha os olhos fechados e percebia-se, estava em sentida oração.

Quando terminou a sua prece, o médico a auscultou para dar início ao procedimento. Ficou surpreendido. Não podia acreditar. A saturação subira, estava quase normal. Todo seu desconforto respiratório melhorara.

Optaram, então, por não realizar, naquele momento, a entubação. Quem sabe, mais tarde, porque deveria se tratar de uma melhora passageira.

No dia seguinte, quando Marcelo retornou para o seu plantão, perguntou ao colega como estava a paciente. Ele a entubara?

Surpreso, escutou que as melhoras dela prosseguiam, gradativamente.

A previsão é de que, em breves dias, poderia ser liberada para retornar ao lar.

Narrando o fato, disse Marcelo à enfermeira: se me tivessem contado, não acreditaria. No entanto, eu vivenciei isso. Eu testemunhei.

Não sei a que religião ela pertence, nem a quem dirigiu a oração. Tenho que admitir, no entanto, que ela conseguiu acionar, em seu favor, forças que desconheço.

                                                                         *   *   *

Tudo que pedirdes ao Pai em meu nome, disse Jesus, Ele vos dará.

É de nos perguntarmos se temos acionado a prece mais vezes em nossas vidas e não somente no momento da desesperança.

A vibração da mente em oração sintoniza com as ondas teledinâmicas do mundo espiritual superior, articulando benefícios insuspeitáveis.

Ainda não tem sido valorizada a oração nem colocada no seu devido significado.

Não se trata de orar muito, mas de orar bem.

A prece propicia resultados imunológicos e terapêuticos. Harmoniza o tom vibratório do indivíduo, impede o contágio de bactérias perniciosas, de gérmens deletérios, gera uma aura específica que envolve o homem, rearmonizando o campo das moléculas, revitalizando o metabolismo.

Orar é inundar-se de forças poderosas do mundo invisível.

É o mecanismo-ponte que une a criatura ao seu Criador.

Oração, sempre.

Redação do Momento Espírita. 

Doe Sangue

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