terça-feira, 26 de junho de 2018

Laboratório de amor.

O que fazer quando alguém deseja se alfabetizar? Certamente o caminho mais fácil será buscar a escola.
Quando desejamos aprender um ofício, buscar uma profissão? Vamos às escolas técnicas, à Universidade.
Lá, certamente encontraremos meios, possibilidades e recursos para nossa formação.
E quando desejamos aprender a amar? Qual a melhor escola a buscar?
Após breve reflexão, percebemos, através de nosso cotidiano, de nossa vida de relação, grande e indispensável escola.
Não existe fórmula para aprender a amar sem conviver. Toda possibilidade de relacionamento com o próximo é convite para o aprendizado do amor.
É natural que, quanto mais frequente, quanto maior a convivência, maiores sejam os desafios e as oportunidades para essa aprendizagem.
Dessa forma, a vida em família, o viver sob o mesmo teto, a intimidade do cotidiano familiar possibilitam incomparável laboratório de experimentação.
Por essa razão é que a Providência Divina ali coloca muitos daqueles seres com compromissos adquiridos desde muito tempo.
Sob a tutela do lar encontraremos ou reencontraremos almas que, de alguma forma, se vinculam à nossa História por já termos vivido outras experiências reencarnatórias, em tempo próximo ou distante.
Sob nova vestimenta, com outros vínculos de relação, no ambiente do lar se apresentam possibilidades de experiências necessárias à nossa economia moral.
Não raro, desafetos do ontem renascem sob vínculos sanguíneos a fim de superar as diferenças.
Vítimas e algozes de relações passadas, agora sob o abençoado véu do esquecimento, reiniciam suas lides nos liames do lar.
Assim também amores se reencontram, almas afins se programam para as experiências em regime de comunhão cooperativa, com planejamentos estabelecidos antes do nascimento.
É por essa razão que o lar será sempre a oficina bendita, o laboratório por excelência, no exercício do amor.
Por isso mesmo é natural que relacionamentos familiares, por vezes, se apresentem em fase de construção dos laços de afeto e bem querer.
Importante tenhamos em mente que o acaso não é fator que defina a estrutura de nossa família.
Portanto, por mais desafiadoras sejam as relações familiares, serão essas as mais necessárias e ricas em aprendizado.
Entendendo-as como operosa lide nos exercícios do coração, perceberemos que mesmo antagonismos e atritos que surjam nessa convivência são processos naturais entre os recém matriculados aprendizes do amor.
Superando divergências, iremos aos poucos renovando paisagens íntimas e restabelecendo parâmetros em nossa intimidade.
Ausentarmo-nos ou fugirmos desses relacionamentos será adiar compromisso perante aqueles que constituem hoje nosso universo familiar.
Entendermos que as dificuldades de relação são passíveis de serem melhoradas, e mesmo superadas, desde que haja vontade, denota maturidade e desejo de ajustamento.
Assim, entendamos nosso lar, por mais difícil que às vezes se nos apresente como a melhor escola que a vida nos proporciona.
E somos todos, aqueles que nos relacionamos na intimidade da família, professores uns dos outros, no maravilhoso desafio do aprendizado do amor.
Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 19 de junho de 2018

A cadeira no caminho.

Depois de um dia inteiro passado longe da família, entra em casa o pai, à noite.
Sua chegada alvoroça o filho que, esperando algum presente, corre ao seu encontro de braços abertos.
Por descuido, o pequeno estabanado vai de encontro a uma cadeira no caminho, e cai no chão, violentamente.
Não se machucou, mas, assustado pela surpresa da queda, se pôs a chorar em altos gritos.
Então, o pai só pensa em duas coisas: fazer calar o menino e acalmá-lo. Como conseguirá?
Facilmente, associando-se aos sentimentos da criança, ajudando-a a soltar a rédea aos maus instintos.
Como assim? Liberando maus instintos? Não seria justamente o oposto que deveríamos fazer?
Pois bem, vejamos como a reação desse pai mostra que tomamos muitos caminhos absolutamente equivocados na educação de nossos filhos.
Reforçamos os maus instintos sem perceber, mais vezes do que imaginamos.
O pai se precipita, levanta a criança, e começa a bater na cadeira ruimcadeira feia, que fez cair o Carlinhos.
Desse modo consegue rapidamente o que se propusera, pois o menino, feliz por ver a cadeira castigada, cala-se, bate-lhe também, e fica satisfeitíssimo.
Não é verdade que assistimos cenas como essa algumas vezes?
Analisemos o alcance real desse ato que parece tão inocente.
Quem tem culpa da queda da criança? Ela mesma, evidentemente. E quem foi castigada? A cadeira.
Lançando a culpa à cadeira, perde-se uma oportunidade de demonstrar para a criança as consequências de sua imprudência e da sua precipitação.
Dessa maneira se deforma o seu critério de julgar, apresentando-lhe uma falsa relação entre a causa e o efeito.
Toda oportunidade de trabalhar essa temática, a da causa e do efeito, com as crianças, deve ser abraçada com vigor, pois nas pequenas aplicações do dia a dia está o desvendar de uma Lei Divina fundamental.
Poderíamos ainda ir além e perguntar: Por que sempre precisa haver um culpado? Por que não aproveitamos a oportunidade para dizer aos nossos filhos que existem muitas coisas que fazem parte da vida, e que sempre nos ensinam alguma coisa?
A cadeira no caminho poderia estar ensinando o cuidado, a atenção, ou ainda, poderia ser apenas uma cadeira no caminho.
Se na vida, buscarmos culpados para cada cadeira no caminho, esqueceremos de viver. Ao mesmo tempo, nos transformaríamos em lamentos ambulantes.
Não deixemos que nossos filhos cultivem visões distorcidas da realidade desde cedo.
Não permitamos que a superproteção, ou nossos próprios medos atrapalhem o bom desenvolvimento de um ser, que precisa aprender a enfrentar os desafios da vida.
Punir a cadeira feia nunca será a solução. Não deixaremos de sentir a dor da queda, nem resolveremos o problema da cadeira no caminho.
Entender que a Lei de causa e efeito nos rege em todos os campos, inclusive no moral, se faz de importância, se desejamos ser bons pais e educadores.
*   *   *
A sensibilidade de uma poetisa colocou na boca das crianças do mundo palavras de extrema beleza:
Peço-te, não me esqueças – pois sou teu filho, teu aluno, teu neto.
Sempre teu irmão, pedindo apenas a quota de amor e paciência de que preciso para me fazer homem de bem e companheiro de teu ideal.
Redação do Momento Espírita

terça-feira, 12 de junho de 2018

FELIZ DIA DOS NAMORADOS.

Bons relacionamentos não são casuais, precisam de tempo, paciência e duas pessoas que querem viver juntas.

Não gaste seu tempo forçando uma pessoa a te amar.

Passe seu tempo com alguém que já te ama, entregue-se, emocione-se e encante-se sempre
.
Você não encontra o amor buscando a pessoa perfeita e sim vendo a perfeição em uma pessoa imperfeita.

Amar é cuidar, estar ao lado do outro mesmo em dificuldades.

Relacionamentos são como vidro, às vezes é melhor descartar-los quando quebram do que arriscar a se ferir com os cacos tentando reuni-los novamente.

Todo mundo diz que só nos apaixonamos uma vez na vida, mas isso não é verdade, todas as vezes que te vejo, eu me apaixono outra vez..
O amor profundo é a grande força libertadora e o sentimento mais comum que liberta...

terça-feira, 5 de junho de 2018

Universo inexplorado.


No ano de 2016, o telescópio espacial Hubble avistou o que foi considerada a galáxia mais distante comprovadamente observada por nós.
Uma viagem no tempo, quando o Universo tinha apenas quatrocentos e oitenta milhões de anos, segundo os cientistas.
O que mais surpreende é sua distância da Terra: mais de treze bilhões de anos-luzAlgo inimaginável para nossa compreensão atual.
Porém, logo esse número será superado. Aposentando-se o Hubble, lançaremos novos telescópios, mais potentes, com tecnologias mais incríveis e veremos mais longe.
Notemos: em pouco tempo o homem saiu das cavernas e está observando galáxias distantes...
Suas conquistas exteriores são impressionantes, belas. Maspercebemos que a ele falta realizar outra façanha, tão importante quanto essa, uma outra viagem desbravadora: a jornada para dentro de si mesmo.
O homem quer morar na lua, quer povoar outros planetas, mas não quer morar dentro de si mesmo. Por isso, foge de sua realidade através de diversos meios psicológicos trágicos.
Somos gênios em determinadas áreas, mas não sabemos viver em sociedade, não sabemos lidar com pequenas frustrações, não sabemos perder...
Somos virtuoses, talentos capazes de impressionar multidões com nossa técnica apurada, porém, não conseguimos manter um relacionamento simples com alguém.
Não conseguimos lidar com o outro ao nosso lado e nos isolamos.
Nossos filhos nascem sabendo muitas coisas. Lidam com as novas tecnologias com se tivessem feito cursos no mundo dos Espíritos antes de nascer.
No entanto, não sabem fazer amigosChegam à adolescência e criam para si avatares, identidades falsas e se isolam. Não conseguem lidar com o contato pessoal.
Os pequenos têm facilidades para idiomas, fazem proezas, aprendem a andar antes da hora, falam rapidamenteContudo, carregam cargas de violência inexplicáveis dentro de seu íntimo.
Nossos ídolos, artistas, personalidades de renome, que nos chamam a atenção por serem tão especiais no que fazem, que parecem ter a vida perfeita, escondem,muitas vezes, a solidão, a tristeza e a falta de sentido existencial, que conduz alguns ao suicídio.
E nós, pais e mães, aprendemos a ser multitarefas; a lidar com várias coisas ao mesmo tempo; a ter o controle de tudo; a ter informação; a assistir duzentos canais na TV enquanto damos atenção aos filhos e nos alimentamos.
Mas, a que custo? Por quanto tempo suportamos esse ritmo? Será que nos conhecemos o suficiente para responder?
Por vezes, concluímos que é hora de desacelerar nosso ritmo, reduzir atividades. No entanto, quase sempre, somente quando é tarde, quando a depressão se instalou, quando a ansiedade tomou conta ou quando alguma alteração biológica mais séria nos chama a atenção.
*   *   *
É hora de olhar para dentro, de conhecer nossas estrelas, nossas galáxias íntimas, de desbravar esse Universo tão inexplorado ainda.
A vida se torna insustentável sem esse conhecimento.
Tudo fará mais sentido quando buscarmos nossa essência, quando começarmos a entender quem somos, o que fazemos aqui e qual nosso objetivo maior.
Não nos deixemos levar pelas atribulações do mundo moderno e suas tantas distrações.
Somos maiores do que tudo isso. Somos mais do que as coisas materiais.Somos mais do que o tempo, do que o espaço. Somos Espíritos imortais.

Redação do Momento Espírita.

Doe Sangue

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