terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Não escolha a doença.

Não aceite mais ficar magoado, não aceite mais ficar decepcionado com a vida ou com o que quer que seja. 
Você está ciente de que escolher a mágoa e a desilusão é escolher a doença.
Livre-se das interpretações dramáticas que fez a respeito do que lhe aconteceu. 
Os fatos são os fatos, tudo depende da maneira como os interpretamos. 
Uma leitura doentia, mórbida, baseada apenas na observação dos aspectos negativos das pessoas e circunstâncias, turvará nossas paisagens mentais com as mesmas tintas obscuras com que enxergamos a vida.
Vencer o mundo da doença é colocar-se acima das desilusões e mágoas, e isso somente será possível se tivermos ânimo e boa vontade para recomeçar e seguir adiante. 
Além do mais, se não perdoarmos a quem nos ofende, com que direito pediremos o perdão ao próximo quando for a nossa vez de errar? 
( Texto de J. C de Luccas)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Agora.

Agora é o momento decisivo para fazer o bem.

Amanhã, provavelmente... o amigo terá desaparecido; a dificuldade estará maior; a moléstia terá ficado mais grave; a ferida, possivelmente, se mostrará mais crescida de extensão; o problema talvez surja mais complicado.

A oportunidade de ajudar não se repetirá.

A boa semente plantada agora é uma garantia da produção valiosa no futuro.

A palavra útil, pronunciada sem adiamento, será sempre uma luz no quadro em que você vive.

Se deseja ser desculpado de alguma falta, aproxime-se agora daqueles a quem feriu e revele o seu propósito de reajustamento. Se você se propõe a auxiliar o companheiro, ajude­-o sem demora para que a bênção do seu concurso fraterno responda às necessidades dele, com a desejável eficiência.

Não durma sobre a possibilidade de fazer o melhor.

Não se mantenha na expectativa improdutiva, quando pode contribuir em favor da alegria e da paz.

A doação adiada tem gosto amargo.

Deixar para mais tarde o bem que podemos realizar é desaproveitar o tempo que temos na Terra. Não sabemos quando teremos nova oportunidade tão rica como essa.

*   *   *

Nada mais triste do que chegar num ponto da vida e sermos invadidos por pensamentos de que devíamos ter feito algo mais; que devíamos ter corrigido algo; que podíamos ter aproveitado melhor determinada oportunidade ou desfrutado mais da companhia de alguém.

É uma culpa que não precisamos carregar se formos mais presentes, se estivermos mais atentos ao que nos rodeia.

Dessa forma, perceberemos que o bem grita em nossa intimidade, muitas vezes. Ele nos convida, nos chama.

Mas, alegamos não dispor de tempo ou acreditamos não ser o momento, não temos coragem ou o orgulho não permite que ultrapassemos determinadas barreiras.

Precisamos aprender a ouvir melhor esses convites íntimos, esses clamores que vêm do coração nos conclamando a enxergar a chance. A perdoar. A compreender! A falar com essa ou aquela pessoa. A ajudar.

Nossos anjos de guarda se utilizam de sua influência para nos orientar, para não nos permitirem perder oportunidades valiosas da existência.

Eles nos sugerem palavras e ações, misturando suas ideias às nossas, para que tenham mais força.

Por isso, é importante que estejamos abertos ao bem. Os pensamentos precisam estar em equilíbrio, sem caírem constantemente nas teias do ódio, da revolta, do estresse.

Quando estamos bem, sintonizamos com o bem.

Alimentemos nossa mente com conteúdos positivos diariamente. Leituras, conversas, palestras, estudos.

Uma mente preenchida com bons pensamentos não tem espaço para ideias maldosas ou tolas.

Não nos deixemos intoxicar pela negatividade de alguns, pelo pessimismo daqueles que afundaram e querem levar outros com eles.

Sejamos nós os agentes da mudança, os que fazemos as pequenas coisas que constroem, que auxiliam, que mudam para melhor o panorama do mundo.

Sejamos nós o sorriso que acolhe, o gesto gentil que inspira, a palavra sensata que não julga, que elogia e traz sempre as notas do amor.

Redação do Momento Espírita

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Postura diária.

Ana foi a um grande pet shop comprar ração para seu cão. Ao chegar ao caixa, para efetuar o pagamento, cumprimentou a jovem atendente, desejando-lhe uma boa tarde.

A funcionária, surpreendida, comentou:

Faz oito meses que trabalho aqui e a senhora é a primeira cliente que me olha, sorri e cumprimenta.

Ana ficou chocada.

Como assim? – Perguntou.

Os clientes não costumam nos olhar. Alguns ficam falando ao celular, outros são impacientes, passam apressados. É como se fôssemos parte da caixa registradora, e não seres humanos.

Nesses oito meses, a senhora, realmente, foi a primeira pessoa que me olhou de verdade, e gentilmente me cumprimentou.

Ana saiu do local, refletindo sobre a responsabilidade que temos uns para com os outros, e sobre nossa postura diária perante o próximo.

*   *   *

Em outra oportunidade, depois de almoçar num restaurante em cidadezinha turística, Ana dirigiu-se ao caixa para pagar a conta. Como sempre fazia, sorriu e cumprimentou a funcionária, elogiando a comida e o serviço.

Aproveitou para sugerir a colocação de uma nova placa na entrada do banheiro, pois a atual era pequena e não possibilitava a identificação com clareza.

Até comentou, divertida, que vira alguns senhores se equivocarem com a sinalização.

A moça sorriu e agradeceu. Disse que poucas pessoas elogiavam e faziam sugestões de maneira educada, pois a maioria reclamava com agressividade.

Ante a surpresa de Ana, ela continuou:

Alguns clientes não ficam satisfeitos com a comida, o preço ou o serviço e reclamam ao pagar. Nem sempre posso resolver o problema na hora, e quando as coisas não saem como eles querem, vão dizendo que farão com que eu seja demitida.

Ao sair, Ana ficou pensando no quanto a arrogância deteriora as relações entre as pessoas.

Quando, por conta do orgulho exacerbado, acreditamos ser superiores aos outros, olhando-os com desdém e tratando-os com menosprezo, humilhando-os por conta da posição que ocupamos, esquecemos que quem está à nossa frente é um irmão. E que responderemos pela forma como o tratamos.

É preciso ter sempre em mente o que nos ensinou o Mestre Jesus.

“Amar o próximo como a si mesmo; fazer aos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós”, é a expressão mais completa da caridade, porque resume nossos deveres para com o próximo.

Não se pode ter, neste caso, guia mais seguro, do que tomando como medida do que se deve fazer aos outros, o que se deseja para si mesmo.

Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes melhor tratamento, mais indulgência, benevolência e devotamento para conosco, do que lhes damos?

A prática dessas máximas leva à destruição do egoísmo. Quando as tomarmos como normas de conduta e como base de nossas instituições, compreenderemos a verdadeira fraternidade, e faremos reinar a paz e a justiça entre nós.

Nesse dia, não haverá mais ódios, nem dissensões, mas união, concórdia e mútua benevolência.

Redação do Momento Espírita

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Nave espacial.

Filmes de ficção científica já mostraram, com muita riqueza, cenas de naves espaciais imensas cruzando o Cosmo a velocidades espantosas.

Dentro delas, pequenas cidades. Salas, quartos, restaurantes, espaços de lazer, tudo que se possa imaginar.

Além disso, uma enorme tripulação levando uma vida normal, como se estivesse num planeta qualquer. Nem parece estar cruzando o espaço velozmente.

Uma visão futurística? Um futuro distante? Na verdade, não.

Curiosamente, vivemos uma realidade exatamente como essa, sem perceber. Somos passageiros de uma grande nave que se desloca rapidamente pelo espaço. Ela se chama Terra.

O planeta gira em torno do Sol a uma velocidade altíssima, cerca de cento e sete mil quilômetros por hora. Além disso, todo nosso sistema solar gira em torno do centro da galáxia a uma velocidade de cerca de setecentos e setenta e oito mil quilômetros por hora.

Poderíamos ir adiante na citação de velocidades, pois nem a Via Láctea está parada. No entanto, ficando apenas com estes dados temos uma informação impressionante: a cada minuto a Terra está, no Universo, a dezenove mil quilômetros de distância de onde estava antes.

Isso faz de todos nós viajantes siderais.

É muito interessante saber que há cerca de dois mil anos imaginávamos que a Terra era o centro do Universo. A teoria dizia que o planeta estava parado e o Sol girava em torno dele.

Era o homem e seu egocentrismo, aflorado em suas crenças.

Essa teoria durou quase mil e setecentos anos, e só foi substituída pela teoria heliocêntrica – o Sol como centro do Universo - a muito custo.

Astrônomos, como Nicolau Copérnico, sofreram para conseguir provar que a proposta anterior precisava ser revista.

O homem não era o centro de tudo. O Universo era maior e mais complexo do que se imaginava.

Hoje se sabe um tanto mais. Nosso Sol é uma anã amarela, pequenina diante das gigantes estrelas descobertas. Nosso sistema solar é reduzida composição num dos braços da imensa via láctea, que também não é a maior das milhões de galáxias existentes.

Tudo isso nos leva a perceber que somos viajores do espaço. No momento, habitamos a espaçonave Terra, mas podemos tripular outras ao longo da grande viagem, de acordo com a necessidade e o merecimento.

Não somos o centro do Universo. Fazemos parte dele, como engrenagens importantes de algo extremamente complexo e belo.

Por tudo isso, vale a pena refletir sobre nossos propósitos de vida, se estamos nos comportando como viajantes realmente.

Muitos ainda cremos que só existe a matéria; que a vida se inicia no berço e termina no túmulo; que o mais importante é ter do que ser.

Muitos ainda levamos uma vida egocêntrica, como se o Universo girasse ao nosso redor. Todos existem para nos servir, para nos atender, e quando não o fazem se tornam inimigos e incômodos.

Facilmente nos frustramos. Teimamos em nos conservar parados quando tudo ao nosso redor está em movimento, mudando, evoluindo, crescendo em direção à perfeição.

Assim, enxergue-mo-nos como um membro da tripulação Terra, uma nave espacial fantástica que cruza o Cosmo enquanto aprendemos, dia após dia, sobre o amor universal.

Redação do Momento Espírita.

Doe Sangue

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