terça-feira, 25 de julho de 2023

Deus em tua intimidade.


Ainda criança, começaste a perceber o Divino em tua existência.

Em certa noite, tua mãezinha, junto ao leito, uniu tuas mãos em prece e te deixou como herança a crença num Ser Superior.

Nunca mais perdeste contato com Ele.

Em tuas inquietações, O invocaste.

Antes de sair de casa, pensavas n'Ele, de alguma forma, como Aquele que estaria sempre atento à tua jornada.

Ao empreender uma viagem ou ao se lançar num negócio, O tinhas em pensamento, buscando proteção ou inspiração para as atitudes a serem adotadas.

Mesmo quando a juventude te floriu os dias, a mocidade eclodiu qual fruto maduro e a madureza despontou, qual crepúsculo de tarde em declínio, nunca O pudeste esquecer, na tela sensível dos sentimentos.

Verdade é que houve dias em que a tormenta pareceu te negar a existência d'Ele.

A noite era tempestuosa e o dia sombrio, te fazendo parecer que Ele houvera esquecido tua trajetória no mundo.

Amigos desertaram. Doenças e impedimentos te ceifaram os melhores sonhos.

Páginas e páginas lidas não te asserenaram o campo das emoções.

Buscaste esse ou aquele templo religioso para um instante de oração, que pareceu sequer ultrapassar o teto do santuário, traduzindo tuas agonias íntimas.

Houve dias nos quais as tuas lágrimas desceram dos olhos em abundância, sem que surgisse um lenço sequer para secá-las.

Contudo, nem aí Deus te abandonou.

Teus testemunhos te amadureceram.

Tuas provas te fizeram mais forte.

Tua solidão te privou de falsos amigos.

Tuas desilusões te fizeram enxergar os trilhos da verdade, algumas vezes abandonados por teus pés para atendimento de caprichos e ilusões.

És a matéria prima de Deus, a gema que Suas leis vêm lapidando para refulgir qual diamante de altíssimo valor.

As lutas te fortalecem para os avanços inadiáveis.

Teu olhar começa a sair da exclusiva contemplação da vida terrestre para os vaga-lumes que brilham acima de teus cabelos nevados pelo tempo.

                                                              *   *   *

Em teu movimento incessante de elevação, reserva o momento de Deus em tua intimidade.

Silencia cada manhã por dez minutos e te permite flutuar acima das incertezas humanas.

Atordoado pelo medo, confia n'Ele.

Sedento em pleno deserto, marcha confiando na proteção incessante d'Ele.

Tombando, reúne as poucas forças e prossegue, otimista.

No silêncio, O ouvirás.

Ele canta na chuva.

Sorri no sol que ilumina tuas manhãs cinzentas.

Em vez da oração que pede ou exige, aceita a Divina Vontade.

Em lugar do muito pedir, ouve o que Ele tem a te dizer.

Elege hoje teu reencontro com Ele.

Busca-O na flor que desabrocha em tua janela, no colibri que O exalta no voo gracioso.

Em tendo certezas, Deus!

Na dúvida, Deus!

Dormindo, Deus!

Acordado, Deus!

Podes até negar que Ele exista, mas jamais poderás arrancá-lO de tuas províncias íntimas. Qual semente minúscula, dormita o Divino em tuas terras interiores e, ao contato com qualquer orvalho de tua sensibilidade, brota do chão e faz primavera em tuas estações áridas.

Avançar sem Deus, impossível!

Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 18 de julho de 2023

Conflitos Existenciais.


“Conflitos Existenciais”

“Do ponto de vista espiritual, o paciente da preguiça, que se pode tornar crônica, ainda se encontra em faixa primária de desenvolvimento, sem resistências morais para as lutas nem valores pessoais para os desafios.

Diante de qualquer impedimento recua, acusando aos outros ou a si mesmo afligindo, no que se compraz, para fugir à responsabilidade que não deseja assumir.

A preguiça prolongada pode expressar também uma síndrome de depressão, mediante a qual se instalam os distúrbios de comportamento afetivo e social, gerando profundos desconfortos e ansiedade.

O corpo é instrumento do Espírito, que necessita de exercício, de movimentação, de atividade, a fim de preservar a própria estrutura.

Enquanto o Espírito exige reflexões, pensamentos edificantes contínuos para nutrir-se de energia saudável, o corpo impõe outros deveres, a fim de realizar o mister para o qual foi elaborado.

A indolência paralisadora pela falta de ação conduz à flacidez muscular, à perda de movimentação, às dificuldades respiratórias, digestivas, num quadro doentio que tende a piorar cada vez mais, caso não haja uma reação positiva.”

Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco.

terça-feira, 11 de julho de 2023

Carma de solidão.


Caminhas, na Terra, experimentando carência afetiva e aflição, que acreditas não ter como superar.

Sorris, e tens a impressão de que é uma expressão estranha que se estampa na face. A alma parece prosseguir em pranto silencioso.

Anseias por afetos e constatas que a ninguém inspiras amor, atormentando-te, não poucas vezes, e resvalando na melancolia injustificável.

Planejas a felicidade e lutas por consegui-la, todavia, te descobres a sós, carpindo rude angústia interior.

Gostarias de um lar em festa, abençoado por filhos ditosos, e um amor dedicado que te coroassem a existência com os louros da felicidade.

Sofres e te consideras infeliz.

Ignoras, no entanto, o que se passa com os outros, aqueles que te parecem felizes, que desfilam nos carros do aparente triunfo, sorridentes e engalanados.

Também eles experimentam necessidades urgentes, em outras áreas, não menos afligentes que as tuas.

Somente eles sabem o que padecem, de que se ressentem, o que lhes falta.

Se os pudesses consultar, perceberias como alguns deles te invejam...

A vida, na Terra, é feita de muitos paradoxos. E isto se dá em razão de ser um planeta de provações, de experiências reeducativas, de expiações redentoras.

Assim, não desfaleças, porquanto este é o teu carma de solidão.

Faze, desse modo, uma pausa, nas tuas considerações pessimistas e muda de atitude mental, reintegrando-te na ação do bem.

O que hoje te falta, desconsideras-te anteriormente.

Perdeste, porque enquanto tinhas o que agora sentes necessidade, não tiveste cuidado nem consideração alguma.

A invigilância te levou ao abuso, e praticaste falta grave contra o amor.

A tua consciência espiritual sabe que necessitas reparar, o que te leva, nas vezes em que a alegria te visita, a retornar à tristeza, rememorar sofrimentos, fugindo para a tua solidão...

É muito provável, também, que, aqueles a quem magoaste, ainda magoados, te busquem, no hoje, psiquicamente, dessa forma mais te afligindo.

Reage com otimismo à situação e enriquece-te de propósitos superiores, que deves pôr em execução.

Ama, sem aguardar resposta.

Serve, sem pensar em recompensa.

O que ora faças no bem, atenuará, liberará o que realizaste equivocadamente e, assim, reencontrar-te-ás com o amor, em nome daquele que permanece até agora entre nós como sendo o amor não amado, porém, amoroso sempre.
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A dor é mecanismo de aprendizado constante.

Nas leis maiores do Criador não existe o sofrer por sofrer.

Todo sofrer visa aprendizado, visa redenção da alma que busca a felicidade.

Isso representa dizer que há um objetivo em toda dor que nos alcance.

Saber bem sofrer é uma arte, e toda arte exige disciplina, disciplina e disciplina.

Também coragem e resignação.

Importante nos recordarmos que Deus jamais coloca fardos tão pesados que nossos ombros não possam suportar.

O fardo é proporcionado às nossas forças físicas e espirituais.

E uma das belezas desta vida é que quando nos propomos a bem sofrer, nunca estamos realmente sozinhos.

Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 4 de julho de 2023

Vida: Desafios e soluções.


“Vida: Desafios e Soluções”

“ A vida familiar deve ser um lugar de segurança emocional, de realização total e não o reduto onde se vão descarregar o mau humor e as tensões do cotidiano.

Uma criança de sete anos indagou à sua genitora, profissional de televisão, por que ela sempre se apresentava sorrindo na tela do aparelho, enquanto que em casa estava sempre aborrecida e enfezada. Surpreendida com a indagação, a senhora respondeu que, na televisão, ela ganhava para sorrir. Diante da resposta, a filha, que a amava, indagou-lhe, esperançosa: - E quanto a senhora quer ganhar para sorrir também em casa?

Os filhos são mais do que reproduções do corpo. Trata-se de Espíritos atentos, necessitados uns, preparados outros, para seguirem adiante e construírem o mundo do futuro. Todo o cuidado que lhes seja dispensado é sempre de resultado feliz.

”Bem-aventurado o arquipélago familiar onde Deus reúne os espíritos para a construção do amor universal, partindo do grupo consanguíneo, no qual predominam os impositivos da carne, para a expansão da solidariedade, do respeito, da harmonia e da verdadeira fraternidade entre todos os seres humanos."

Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco. 

Doe Sangue

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