terça-feira, 27 de setembro de 2022

A hora certa das decisões.


Tomamos decisões a todo instante.

Escolhas, palavras, ações, multiplicam-se em nosso dia a dia.

Curioso como a grande maioria delas precisamos tomar assim, no calor do momento, sem pensar muito, deixando, muitas vezes, que a força das circunstâncias decida por nós.

Aqui vai um grande alerta, um conselho dos que viveram mais do que nós, dos que estiveram nas mesmas estradas que agora trilhamos:

Não tomes decisões quando estejas emocionalmente alterado, sem o discernimento próprio para esse desiderato, porque o resultado será sempre perturbador.

A precipitação é companheira do desastre.

Primeiro, acalma-te, para depois assumires o comportamento compatível com a ocorrência em pauta.

Dessa forma, busquemos em nossa alma todo o conhecimento que já detenhamos, toda orientação moral que recebemos até este momento.

Busquemos, em nós mesmos, os conselhos da consciência, da voz das leis divinas.

Procuremos os mais sábios. Aqueles em quem confiamos. Todos os temos em nossas vidas.

Sempre haverá quem nos ofereça uma boa palavra, apresentará uma visão mais ampla de uma situação que, por vezes, enxergamos apenas por um ângulo muito pessoal.

A hora certa das decisões é a hora da ponderação, a hora do pensamento que refletiu com seriedade, e não o momento do impulso, da agitação, das emoções à flor da pele.

Percebamos no mundo quantas decisões imprudentes, tomadas em segundos, levaram a dores de séculos. Sofrimentos desnecessários, que poderiam ter sido evitados se houvesse um pouco mais de autocontrole no espírito humano.

Palavras que foram pronunciadas na hora indevida, com vibração incorreta. Gestos que feriram, que ocasionaram inimizades, conflitos que dificilmente serão esquecidos. Ações que nos colocam em ciclos de ódio e de vingança por tempos indeterminados.

Não culpemos os instintos. Não culpemos o outro. Não culpemos nem a nós mesmos.

Culpa apenas prende. Culpa apenas cristaliza sentimento nocivo.

Tomemos conta de quem somos. Sejamos senhores de nossas emoções. Assumamos as rédeas de uma vez por todas.

A hora certa das decisões é a hora da oração, do humilde pedido de auxílio a Deus, que sempre nos envia resposta e socorro no momento preciso.

A hora certa das decisões é a hora da cabeça boa, nem quente nem fria, mas entendedora da vida e de seus mecanismos.

Esta é uma vida de lutas, de provações, de aprendizados. Evitemos criar as expectativas ingênuas de uma vida sem embates, sem desafios e contrariedades.

As situações hodiernas sempre irão nos testar, sempre irão nos apresentar cenários, situações-problema, como se estivéssemos em constante prova.

Este é o panorama do planeta terra de hoje. A escola das provas e das expiações.

Saber decidir com sabedoria é uma arte - poderíamos muito bem afirmar.

A hora certa das decisões é a hora do coração em paz e da mente lúcida.

Aguardemos, ponderemos, sempre que possível.

Acostumemo-nos a agir e deixemos de reagir.

A hora certa é aquela que nos aproxima do bem.

Redação do Momento Espírita. 

terça-feira, 20 de setembro de 2022

Um mundo para nossas crianças.


Ante tantas guerras e rumores de guerras, atentados terroristas que roubam a paz das gentes simples, é de nos perguntarmos: que mundo estamos construindo para nossos filhos?

O que ofereceremos para esses pequenos que apenas desabrocham para a vida física?

O que estamos preparando para seus olhos, para seu futuro?

Importante seria se nos preocupássemos em construir um mundo onde eles pudessem viver o amanhã, mantendo o brilho no olhar.

Um mundo em que as pessoas pudessem andar livres pelas ruas, sem temer balas perdidas, arrastões ou manifestações agressivas.

Um mundo onde todos se unissem para vencer a enfermidade, a fome, a miséria, que ainda existe em tantas vielas da Terra.

Onde cada qual pensasse no melhor para a sua família e para o seu próximo.

Um mundo onde as crianças pudessem sonhar, com a única preocupação de crescer e se tornarem cidadãos úteis, trabalhadores do bem.

Criaturas que encantassem o planeta com sua arte, enchendo-o de maravilhosos sons com a sinfonia das suas vozes.

Ou com a leveza dos seus corpos na dança.

Ou com a agilidade e eficiência nas disputas esportivas.

Ou utilizassem suas mentes, suas mãos para curar enfermidades que persistem em machucar tanta gente.

Ou pudessem se dedicar a experimentos que resultassem em inventos para facilitar a vida do homem sobre a face da Terra.

Quem sabe, vencer a gravidade e lançar-se no espaço, rumo a novas descobertas, novas estrelas?

Uma criança é um raio de luz. Não apaguemos a esperança que brilha em seu olhar, em seus gestos.

Construamos um mundo em que cada criança tenha seu lugar ao sol, seja amada, possa brincar livre, vivendo intensamente sua infância.

Em que possa ir à escola, ir ao parque, à piscina, ao campo, à praia, sem medo.

                                                            *   *   *

É possível que ouvindo esta mensagem alguns de nós digamos que somos pessoas normais, vivendo o dia a dia, sem poder interferir nos conflitos armados ou em decisões armamentistas.

No entanto, pensemos em como podemos semear a paz em nossos dias, sendo menos agressivos, mais tolerantes.

Que não dirijamos nosso carro como se fosse uma arma, que respeitemos nosso semelhante, que honremos o trabalho honesto.

Há tanto para fazer neste mundo que pode beneficiar a muitos.

A vibração de amor que lançamos na direção do outro é a mesma que acalmará a onda dos conflitos armados.

A dignidade com que executemos nossas tarefas diminuirá a corrupção, a desonestidade.

A nossa doação em espécie ou em trabalho voluntário diminuirá dificuldades que se apresentam próximas ou distantes.

Um mundo novo. Um mundo para ser compartilhado com todos.

Um mundo para nossos filhos. Um mundo de esperança, bordado com as cores do arco-íris.

Comecemos hoje e unamo-nos a outros tantos que já semeiam no mundo o bem, o amor, a paz.

Façamos isso pelos nossos filhos. Pelas nossas crianças. Por nós mesmos que retornaremos, em futuras vidas, para o mundo que construirmos agora.

Redação do Momento Espírita. 

terça-feira, 13 de setembro de 2022

Brasil de todos nós.


Há de chegar um tempo em que o Brasil de todos nós será um país de paz.

Um país onde não haja a miséria de recursos amoedados, nem a ignorância das letras.

Onde todos trabalhem e haja trabalho para todos. Os que não necessitem dos valores salariais, trabalhem pelo bem geral, em voluntariado de amor.

Há de chegar um tempo em que derrubaremos os muros dos quintais, não mais cultivando o medo. E abraçaremos o vizinho como um irmão.

Um tempo onde as crianças voltem a correr pelos parques, nos dias de sol. Crianças que possam ir e vir das escolas, sozinhas ou em grupos, enchendo as ruas de risos, corridas, alegria.

Ah, Brasil, como te desejo grande! Maior do que teu território. Um Brasil sem fronteiras internas, onde os filhos do Norte e os do Sul falem a mesma linguagem, a do bem.

Onde os sotaques, os regionalismos sejam preservados, como essa diversidade sadia, característica do grande mundo de Deus.

Mas onde o idioma único seja o da fraternidade. Irmãos do Leste e do Oeste trabalhando pela mesma grandeza da nação.

Haverá de chegar um tempo, que pode ser já, se você e eu começarmos hoje a estender a mão ao vizinho e o saudar com um Bom dia, amigo!

Um tempo em que os estádios ficarão lotados com pessoas cujo objetivo é assistir um bom jogo de futebol. Um jogo onde o importante não será quem leve a taça, mas aquele que demonstre a mais apurada técnica, a melhor habilidade e a mais fina ética.

Um tempo em que as salas de teatro se abram para todos, crianças, jovens, adultos, idosos para assistir o drama e a tragédia em elaboradas peças. Assistir o cômico, rindo com prazer.

Também para ouvir a música dos imortais, o cancioneiro popular, as baladas do coração.

Haverá de chegar um tempo em que música também se ouvirá nas praças, nos parques, nas estações de trem, nos terminais de ônibus.

Então, em vez de ansiedade e preocupação, a alma se extasiará com a harmonia das notas, em escalas crescentes e decrescentes, com as melodias compostas com a mais delicada sensibilidade.

Quisera que esse dia chegasse logo para não mais ver lágrimas de mães pranteando filhos prisioneiros, mas sim deixando escorrer o pranto da emoção pelas conquistas dos seus rebentos.

Quisera que esse dia chegasse logo para ver mais sorrisos e menos dores; mais justiça e menos demagogia.

Quisera que esse dia chegasse logo para, no dia da Pátria, contemplar com emoção o pavilhão nacional tremular ao vento, mostrando suas cores, com especial destaque para o branco da paz.

E, então, cantar o hino pátrio com todo vigor:

Terra adorada, entre outras mil,

És tu, Brasil, ó pátria amada!

Dos filhos deste solo, és mãe gentil,

Pátria amada, Brasil!

Redação do Momento Espírita. 

terça-feira, 6 de setembro de 2022

Brasil renovado.


A respeito do país onde vivemos, têm se ouvido as referências mais diversas.

Há os que o consideram simplesmente um país de Terceiro Mundo e buscam, com rapidez, outras paragens. Emigram para a Europa ou América do Norte e afirmam ser felizes.

Há os que apontam os erros gritantes, as injustiças sociais, a corrupção todos os dias, em todas as horas. Contudo, nada fazem para melhorar a situação e às vezes até se servem de todas essas condições para seu próprio existir.

Há os que pregam a divisão do imenso gigante, os que desejam modificar os símbolos nacionais, os que propõem novos versos e melodia para o Hino Nacional.

Com certeza nosso país tem problemas. Mas o que necessita não é de queixas, reclames e críticas. Precisa e com urgência de que cada um de seus filhos principie a trabalhar para a construção do melhor.

E o melhor começa na mente, na emissão dos pensamentos. Observa-se que, quando o governo realiza um pronunciamento, estabelece novas leis, apresenta novos projetos, logo surgem os que clamam em coro que aquilo não vai dar certo.

Mesmo antes de experimentar, de tentar, exatamente como a criança que olha para o prato de comida e afirma: Não gosto. E não quer provar.

A soma de pensamentos negativos, derrotistas têm derrubado bons projetos, impedido ou adiado a sua concretização. Porque se o homem é o que pensa, a nação é a somatória dos pensamentos dos seus filhos.

E os pensamentos positivos, idealistas devem se corporificar na responsabilidade, no dever bem cumprido, nas obrigações atendidas. Da mente para as mãos.

                                                          *   *   *

Será que já paramos para pensar, um dia ao menos, o que é que determinou nosso nascimento neste país? Ou a sua adoção posterior?

Ninguém nasce no local errado. Portanto, as condições que a Pátria do Cruzeiro nos oferece são as de que necessitamos para o nosso crescimento.

Miséria, fome, desemprego, corrupção são desafios que devemos nos empenhar para vencer. Não foi de outra forma, vencendo desafios, que o homem saiu da Idade da Pedra para a moderna tecnologia.

Grandes mudanças se operam com a iniciativa individual ou comunitária. Basta se observe a abnegação de uns poucos em prol dos meninos de rua, das crianças carentes, dos idosos desamparados.

Eliminar o analfabetismo, ilustrar mentes, libertar as criaturas do comodismo, conscientizando-as do quanto valem, deve ser preocupação prioritária de cada um.

O Brasil tem jeito. Basta que nos empenhemos.

Brasil, o Coração do Mundo, deve pulsar forte, acenando esperanças porque o organismo terrestre não pode viver sem um coração saudável.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita. 

Doe Sangue

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