Se fomos injustamente desconsiderados por alguém não será mais razoável deixar esse alguém com a revisão do gesto irrefletido, ao invés de formularmos exigências nas quais viremos, talvez, unicamente, a perder a própria tranquilidade?
Se fomos ofendidos, por que não nos colocarmos, por suposição, no lugar daquele que nos fere, a fim de enumerar as nossas vantagens e observar, com silencioso respeito, os prejuízos que lhe dilapidam a existência?
Se incompreendidos, não será mais aconselhável empregar o tempo, trabalhado na execução dos deveres que esposamos, ao invés de fazer barulho para descerrar, prematuramente, a visão dos outros, às vezes, com agravo de nossos problemas?
Se criticados, em razão de erros nos quais tenhamos incorrido, por que não nos resignarmos às próprias deficiências, retomando o caminho reto, sem reações e provocações que somente dificultariam a nossa caminhada para a frente?
Se abatidos, na provação ou na enfermidade, por que insurgir-nos contra as circunstâncias temporariamente menos felizes a que nos encadeamos, desprezando as oportunidades de elevação em nosso próprio favor?
Em quaisquer lances difíceis do cotidiano, adotemos serenidade e tolerância, as duas forças básicas da paciência, porquanto, se não prescindimos da fé raciocinada, para não cairmos na cegueira do fanatismo, precisamos da paciência, meditação e autoanálise, a fim de que não venhamos a tombar nos desvarios da inquietação.
Do livro *SEGUE-ME* - Emmanuel_/Chico Xavier.
Colaboradora: Magali Inês Brum.
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