terça-feira, 8 de outubro de 2024

Para aprender a amar.


Se quiséssemos sintetizar o objetivo da vida em apenas uma palavra, com certeza, seria com o verbo amar.

Todo o significado da vida, seus desafios e possibilidades convergem para o igual desafio de conquistar esse sublime sentimento.

Amar é lição que se aprende. Não se trata de conquista comum que surge de graça.

Como todo aprendizado, é necessário querer.

É preciso estar atento, aberto e predisposto às oportunidades que cada dia, cada hora nos apresenta.

Os desafios do relacionamento são um gigantesco convite, uma grande oportunidade para aprendizado do amor.

Natural que nos surjam algumas indagações: Como aprender a amar alguém desconhecido, ou aquele com quem temos pouco contato?

Afinal, há um número expressivo de pessoas que ainda não contam com nossa afetividade, com as manifestações do nosso amor.

Como aprender a amar o colega de trabalho?  Ou o vizinho, que encontramos vez ou outra, que apenas saudamos, sem nenhum envolvimento maior?

Para com esses há um rico repertório de possibilidades para iniciarmos o aprendizado.

Podemos substituir a crítica pela tolerância, nas oportunidades em que nos encontramos ou convivemos, mesmo que por poucas horas.

Podemos usar da benevolência, agindo de maneira amistosa e desarmada para com todos.

Podemos fazer da indulgência a ferramenta para evitar julgamentos precipitados, o que nos auxiliará a compreender a pessoa exatamente como é, não conforme a vemos, de forma crítica e superficial.

São pequenos exercícios diários que, colecionados ao longo do tempo, vão construindo esse sentimento valioso dentro de nós.

No entanto, temos também aquelas pessoas que queremos bem, que já estão no campo da nossa afetividade.

São pessoas de nossa convivência diária, familiares, parentes, amigos.

Algumas vezes, as lições do amor para com elas ganham profundidade desafiadora quando somos testados no ciúme, no sentimento de posse das suas atenções.

Isso porque amar é compartilhar, respeitando a liberdade e a individualidade.

Em outras ocasiões, o amor irá nos convidar à resignação e paciência, ante uma separação inevitável que se imponha, por algum desígnio da vida.

O amor, quando verdadeiro, desconhece o tempo e a distância. Sabe aguardar serenamente pelo momento de um possível reencontro.

E para aquelas pessoas com as quais temos um grande antagonismo, dificuldade em nos relacionarmos, como poderá se dar o aprendizado do amar?

De um modo geral, para com essas, a oportunidade de aprender a amá-las se inicia com o desculpar as pequenas faltas, aquelas que nos irritam, que conseguem nos desequilibrar.

Num momento posterior, tentaremos o perdão que servirá para nos asserenar, diante dos grandes embates e desacordos que surjam.

Sempre haverá ocasião para o exercício de amar, do desconhecido na rua aos nossos afetos, bem como aqueles com quem não temos afinidades, que consideramos não simpáticos.

Oportunidades sempre as teremos. Basta acionar nossa boa vontade de aprender e não desperdiçá-las.

Que tal começar agora?

Redação do Momento Espírita.
www.momento.com.br

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