Não era um balde especial. Era um simples balde plástico, desses utilizados para limpeza.
Era evidente que uma das responsáveis pela tarefa o esquecera ali.
Porque o balde dificultasse o acesso à entrada, o gerente o apanhou e colocou em um canto da sala de recepção.
Chamou uma das serventes e perguntou: Este balde é seu?
A moça, desconfiada, olhou e disse com firmeza: Não. É o que Maria utiliza na limpeza.
Obrigado, falou o gerente.
Chamou outra servente, fazendo a mesma pergunta. E outra.
A resposta foi a mesma. Não era seu o balde.
E, por não ser seu, o balde continuou no mesmo local onde fora colocado pelo gerente.
Finalmente, a quarta servente olhou o objeto, disse que não era seu.
Mas, resoluta, sem esperar qualquer ordem, pegou o balde e o foi colocar no seu devido lugar.
* * *
Um simples balde. Quanto tempo perdido!
Muitas vezes, agimos assim. Encontramos coisas fora do lugar, mas porque não nos pertencem, nós as deixamos ali.
Isso ocorre em casa, no ambiente de trabalho, na escola, na rua.
Seria tão simples e rápido colocar no lugar.
Desviar do objeto em vez de retirá-lo de onde se encontra indevidamente, ou procurar o culpado, requer muito mais esforço.
Enquanto persistirmos nessa posição de não fui eu, não tenho nada com isso, o mundo não se tornará melhor.
Imaginemos o dia em que todos nos importarmos com as pequenas coisas.
Não haverá mais roupas fora do lugar, em nossos lares. Cada um guardará o que é seu. E se alguma coisa, por acaso, ficar esquecida, o primeiro que chegar a colocará em seu devido lugar.
A pia não ficará tão cheia de pratos, copos e panelas porque quem primeiro chegar providenciará a lavagem e a devolução às prateleiras e aos armários.
Nosso ambiente de trabalho se tornará um lugar de mútua cooperação. Todas as tarefas acontecerão de forma mais eficiente e rápida.
Ninguém buscará saber quem esqueceu determinado material sobre a mesa ou o balcão. Simplesmente o apanhará e devolverá no local devido.
Quem precisar, sempre saberá onde encontrar.
Os computadores serão desligados ao final do dia. As luzes apagadas.
Na rua, não haverá latas e papéis jogados. Tudo estará depositado nas lixeiras.
Na hipótese de o vento trazer lixo de algum lugar, quem passar primeiro o recolherá e porá na lixeira.
Todo motorista estacionará de forma correta seu veículo, ocupando o exato espaço de que necessita. Dessa forma, haverá mais vagas disponíveis.
Assim, serão evitadas filas duplas indevidas, carros dificultando passagem de pedestres.
As praças estarão sempre bonitas porque estarão limpas.
Se alguém esquecer um copo, uma garrafa, um papel, sempre haverá outro alguém que se importa e providenciará o imediato depósito na lixeira mais próxima.
Esse mundo ideal que pensamos e desejamos não é o do futuro distante.
Ele pode começar agora, bastando que cada um de nós inicie a campanha do eu me importo. E aja.
Vamos todos começar hoje?
Redação do Momento Espírita.
www.momento.com.br
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