terça-feira, 13 de outubro de 2020

Oremos sempre.

 


A oração pode ser considerada como um grito pedindo auxílio, um canto de gratidão, um ato de louvor, um poema de amor, dirigidos a Deus.

De um modo geral, pensamos que para orar precisamos assumir uma determinada postura, nos distanciar de tudo que acontece ao nosso redor. Isso também.

No entanto, a oração pode ser uma constante em nossas horas. Quando abrimos a janela e cumprimentamos o dia que surge, radioso, anunciando sol, calor, quem de nós não extravasa a alma, dizendo: Que dia maravilhoso!

Quantas vezes, admirados pela beleza das flores que, no jardim, disputam perfume, cor e encanto, exclamamos: Meu Deus, que maravilha!

São preces espontâneas que brotam do nosso coração.

Quando, depois de longa estiagem, as nuvens se avolumam e trazem a chuva generosa, junto com o clamor da terra, que sorve a água, com sofreguidão, dizemos: Graças a Deus!

São orações formuladas de forma espontânea. Clamores da alma que alcançam as alturas.

Quando nos empenhamos em atender o necessitado, em socorrer o caído, em oferecer nossos ouvidos para as lamentações de quem sofre, estamos orando.

Porque orar não é somente exteriorizar pensamentos pelos lábios. É também agir em nome do amor.

Amparar o animal abandonado, providenciar alimento às aves que visitam nosso jardim.

E quando cantamos, dizendo da alegria de viver, estamos igualmente orando.

A música tem o condão mágico de exteriorizar os mais excelsos sentimentos. Por isso, quando alguém canta versos que exaltam a Criação, a Divindade, está orando.

Enquanto canta, os que ouvimos, nos associamos à sua prece.

Algumas canções são de extrema sensibilidade e mais do que outras, nos elevam a alma, como a que diz:

Foi Deus que deu luz aos olhos, perfumou as rosas, deu ouro ao sol e prata ao luar.

Foi Deus que me pôs no peito um rosário de penas, que vou desfiando e choro a cantar.

Pôs as estrelas no céu e fez o espaço sem fim.

Deu o luto às andorinhas e deu-me esta voz a mim.

Se canto, não sei o que canto, misto de ventura, saudade, ternura. Talvez amor.

Mas sei que cantando sinto o mesmo quando se tem um desgosto e o pranto no rosto; nos deixa melhor.

Foi Deus que deu voz ao vento, luz ao firmamento e deu o azul às ondas do mar.

Fez poeta o rouxinol, pôs no campo o alecrim, deu as flores à primavera.

E deu-me esta voz a mim.

                                                               *   *   *

É uma oração de louvor, reconhecimento ao Criador, e profunda gratidão.

Enquanto a melodia e os versos nos envolvem, oramos juntos. Se repetimos a canção, vamos espalhando essas vibrações pelo mundo.

E, a cada vez, elas alcançarão outros corações e se elevarão aos céus.

Sim, há muitas formas de orar.

Quando somos filhos gratos pela vida que temos, neste planeta, pelos amigos, pela família, pelo lar, ou por coisa alguma, oramos sempre.

A oração é o canal desimpedido para falar com Deus e ouvi-lO.

Nunca será demasiado, no cotidiano de todos nós, orarmos para nos inspirarmos, a fim de agir bem.

Para agradecer as bênçãos recebidas.

Por amor, louvando o Excelso Criador.

Isso equivale a orarmos sempre que possível e mesmo quando as circunstâncias conspirarem contra.

Oremos.

Redação do Momento Espírita.

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