terça-feira, 15 de setembro de 2020

A felicidade da oração.

 


Quando alguém enfrenta duras dificuldades e a convidamos a orar, por vezes, escutamos, de retorno: E isso vai resolver o meu problema?

      Acaso encherá meu prato de comida ou me dará um cobertor para eu suportar melhor o frio?

      Estamos ainda muito longe de termos a ideia exata do poder da prece. Santo Agostinho teve oportunidade de afirmar: Como são tocantes as palavras que saem da boca daquele que ora.

      Avançai pelas veredas da prece e ouvireis as vozes dos anjos. São as liras dos arcanjos.

      São as vozes brandas e suaves dos serafins, mais delicadas do que as brisas matinais, quando brincam na folhagem dos bosques.

      A vossa linguagem não poderá exprimir essa ventura, tão rápida entra ela por todos os vossos poros, tão vivo e refrigerante é o manancial em que, orando, se bebe.

      No recolhimento e na solidão, estais com Deus. Apóstolos do pensamento, é para vós a vida.

      Lembramos que Jesus, durante a sua estada entre nós, buscava a solidão para orar. Dirigia-se ao Pai, em muitas ocasiões.

      Num dos momentos mais cruciais de Sua vida, antevendo Sua prisão, suplício e morte, Ele ora, no Jardim das Oliveiras.

      Ora e pede aos amigos Pedro, Tiago e João que orem com Ele.

      Na cruz, em Sua agonia, Sua última frase foi uma profunda e sentida oração: Pai, em tuas mãos entrego meu Espírito.

      Desconhecemos sim, o poder da oração e não a vimos utilizando tanto quanto deveríamos.

      Além de nossas preces regulares da manhã e da noite, a prece deveria ser de todos os instantes, sem mesmo que tenhamos que interromper os nossos trabalhos.

      Ante as dores, pedir ao Senhor que nos abrevie as provas, que nos conceda alegria e bens de que necessitamos para nossa subsistência.

      Também que nos conceda os recursos preciosos da paciência, da resignação e da fé.

      Então, em momentos de tormenta, de caos, oremos. Busquemos esse amparo superior que, mesmo não nos fornecendo o alimento material, nos repletará a alma de bênçãos, abastecendo-nos de energias espirituais.

      E, com certeza, encaminhada aos mensageiros de Deus, que cumprem a Sua Vontade, na Terra, inspirarão alguém para nos socorrer a fome. Também o frio.

      Acionemos a prece pois ela é a filha primogênita da fé.

      Quando os ventos soprarem, inclementes, quando a tempestade nos alcançar, que poder senão o Divino, de imediato, nos poderá socorrer?

      A quem pediremos clemência, senão ao Pai de todos nós?

      Recordamos as palavras do Mestre, anotadas por Mateus: Porquanto haverá nessa época grande tribulação, como jamais aconteceu desde o início do mundo até agora, nem nunca mais haverá.

      E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne seria salva. Mas, por causa dos eleitos, aquele tempo será encurtado.

      Quem são os eleitos, senão os filhos do Deus bom, generoso, que levanta as ondas e aplaca os ventos?

      O Deus que nos sustenta a vida, oferecendo-nos diariamente Seu hálito, que absorvemos no ar que respiramos.

      Por isso, não nos esqueçamos igualmente de orar, louvando a generosidade Divina, agradecendo pelo dom da vida, a maravilha da Criação.

      Exercitemos a felicidade da oração. Oremos em pensamento, palavras e atos.

Redação do Momento Espírita.

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