terça-feira, 9 de maio de 2023

A parte de cada um.


Se cada um fizer a sua parte, tudo será diferente.

Quantas vezes ouvimos esta frase? Alguém acrescentou: Doar um alimento é amar ao próximo.

Quase sempre imaginamos que fazendo doações do que nos sobra seja um ato de caridade. Em verdade, antes de ser um ato que fala do amor em ação, a caridade, se trata de um dever.

Constituímos uma única família, para a qual não há fronteiras. Nem entraves de idioma, raça ou nacionalidade.

Isso porque as necessidades humanas não precisam ser faladas.

Qualquer coração humano sabe ler no corpo ou nos olhos do seu semelhante a fome que o devora, o frio que o maltrata, a dor que o martiriza.

Interessante é que quando contemplamos os quadros do mundo, imaginamos que somente pessoas de posses podem colaborar.

Recordemos Jesus no Templo de Jerusalém, chamando a atenção dos discípulos para o óbolo da viúva.

Ela dera mais do que qualquer outro porque dera do que lhe faria falta. Também o fez a viúva que, nada tendo, além de um pouco de farinha e azeite para si e o filho, repartiu com Elias, o enviado de Deus.

Na atualidade, temos outros exemplos que nos estimulam a nos unirmos a essas criaturas que fazem a grande diferença no mundo.

Do noticiário extraímos a história do padeiro de uma cidade do Interior paulista que colocou pães, para quem não pudesse pagar, num balcão nos fundos de sua pequena padaria.

Ele mal começava seu negócio mas, aprendera generosidade com seus pais, que jamais negaram um prato de comida a ninguém.

Quando não havia nada pronto e aparecia um mendigo na porta, sua mãe preparava algo.

Por sugestão, ele ousou mais. Colocou uma caixa com um cartaz: Para você que, hoje, não tem condições de comprar o seu pão, pode se servir.

Nesse dia, foram oferecidos nada menos do que cem pães.

Um detalhe ainda mais interessante é que se aparece uma família bem pobre, o padeiro José Carlos acrescenta bolo, leite e doces para as crianças.

Quem pensa que tudo é fácil a esse altruísta, pode ter certeza: em certos momentos, ele tem dificuldades para comprar a farinha.

Nessa hora, sempre tem alguém para dar uma ajuda. E assim ele continua, à sua maneira, a alimentar o mundo.

Fica aí o convite para, sozinhos ou nos aliando a outros corações amorosos, fazermos algo para alterar alguns quadros tristes.

Quando iniciarmos, logo descobriremos que temos muito mais para dar do que jamais havíamos imaginado.

Porém, que não nos abrace a vaidade de desejarmos criar um grupo especial de ajuda.

Antes disso, vejamos se em nosso bairro, em nossa comunidade religiosa, já não existem grupos, uma instituição que precisa do nosso apoio.

Ou podemos alongar o olhar para o mundo e veremos tantos velhanatos, abrigos ou lares infantis temporários, hospitais que aguardam a nossa colaboração, em moedas, utensílios, vestimentas, pães, bolos, doces e mel.

As necessidades são inúmeras. Colaboremos com nossa gota de amor, em forma de doação.

Uma simples gota, diremos. Tenhamos certeza: no imenso oceano das necessidades, faremos a diferença.

Afinal, o oceano só é imenso pelas milhões de gotas que o compõem.

Redação do Momento Espírita.

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