Existem muitas oportunidades na vida que perdemos por estarmos olhando na direção oposta. Ou, por estarmos distraídos, e só nos darmos conta quando a brisa da sua passagem nos atinge, ou seja, tarde demais.
Existem criaturas infelizes, no mundo, porque não pronunciaram certas palavras, não tomaram determinadas atitudes, enfim, não fizeram algo que era muito importante.
Foi certamente pensando em tudo isso, que um inspirado poeta escreveu o poema Eu aprendi. Em tradução livre, diz mais ou menos assim:
Eu aprendi que a melhor sala de aula do mundo está aos pés de uma pessoa mais velha.
Eu aprendi que basta uma pessoa nos dizer: "Você fez meu dia", para ele se iluminar.
Eu aprendi que ter uma criança adormecida nos braços é um dos momentos mais pacíficos do mundo.
Eu aprendi que ser gentil é mais importante do que estar certo. Eu aprendi que sempre podemos orar por alguém quando não temos a força para ajudá-lo de alguma outra forma.
Eu aprendi que não importa quanta seriedade a vida nos exija, cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto.
Eu aprendi que, algumas vezes, tudo de que precisamos é de uma mão para segurar e um coração para nos entender.
Eu aprendi que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos.
Eu aprendi que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular.
Eu aprendi que ignorar os fatos não os altera.
Eu aprendi que cada pessoa que conhecemos deve ser saudada com um sorriso.
Eu aprendi que devemos sempre ter palavras doces e gentis pois amanhã talvez tenhamos que engoli-las.
Eu aprendi que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar nossa aparência.
Eu aprendi que não podemos escolher como nos sentir, mas podemos escolher o que fazer a respeito.
Eu aprendi que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre enquanto estamos escalando a montanha.
E, finalmente, eu aprendi que quanto menos tempo temos, mais coisas conseguimos fazer.
* * *
Se temos avós no lar, aproveitemos para lhes ouvir as histórias das suas vidas. Aproveitemos a sua sabedoria antes que eles partam para as moradas espirituais e fiquemos amargando a saudade.
Eles viveram um tempo diferente do nosso e suas experiências nos podem ilustrar a mente e direcionar ações.
Se temos crianças no lar, aproveitemos para lhes observar o sono, povoado de sonhos doces e ainda frescos dos orvalhos das manhãs.
Aprendamos com elas a nos entregar ao sono em tranquilidade e paz, usufruindo de cada momento para uma verdadeira recomposição das forças da alma.
Se temos conosco mãe, pai, um amor, digamos hoje, enquanto o sol brilha e as nuvens espalham manchas brancas no céu azul, digamos o quanto eles são importantes para a nossa vida, o quanto os amamos, o quanto lhes queremos bem.
Façamos isso hoje, já, agora, antes que o dia passe, a noite venha e as palavras morram, estranguladas, em nossa garganta, pela oportunidade desperdiçada, outra vez.
Redação do Momento Espírita.
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