terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Adolescência e família.

Incontestavelmente, o lar é o melhor educandário, o mais eficiente, porque as lições aí ministradas são vivas e impressionáveis, carregadas de emoção e força. A família, por isso mesmo, é um conjunto de seres que se unem pela consanguinidade para um empreendimento superior, no qual são investidos valores inestimáveis que se conjugam em prol dos resultados felizes que devem ser conseguidos ao largo dos anos, graças ao relacionamento entre pais e filhos, irmãos e parentes.

Nem sempre, porém, a família é constituída por Espíritos afins, afetivos, compreensivos e fraternos, assim, há famílias-benção, aquelas que reúnem os espíritos que se identificam nos ideais do lar, na compreensão dos deveres, na busca do crescimento moral, beneficiando-se pela harmonia frequente e pela fraternidade habitual, enquanto, famílias-provação são caracterizadas pelos conflitos que se apresentam desde cedo, na aversão entre seus membros, nas disputas alucinadas em conflitos contínuos, nas revoltas sem descanso.

A família, desse modo, é o laboratório moral para as experiências da evolução, enquanto equilibrada, isto é, estruturada com respeito e amor, proporcionando oportunidade de equilíbrio, desde que o amor seja aceito como o grande equacionador dos desafios e das dificuldades, é fundamental para uma sociedade justa e feliz.

Assim, quão nobres as palavras do Cornélio Pires quando nos orienta:- "Faça amigos com teus valores cristãos, a providência faz parentes, a bondade faz irmãos." renascemos, portanto, no lar, na família de que se tem necessidade, nem sempre naquela que se gostaria, antes, a que se merece, a fim de progredir e aparar as imperfeições com o buril da fraternidade que a convivência propicia e dignifica.

O adolescente, em um lar desajustado, naturalmente experimenta as consequências nefastas dos fenômenos de agressividade e luta que ali tem lugar, escondendo as próprias emoções ou dando-lhes largas nos vícios, a fim de sobreviver, carregado de amargura e asfixiados pelo desamor,  produzindo as tristes gerações dos  órfãos de pais vivos e desinteressados, agravando a economia moral da sociedade, que lhe sofre os danos do desequilíbrio crescente.

O lar é o grande formador do caráter do educando, e quando o espírito de dignidade humana se pautar nos homens, que se permitirem amadurecer emocionalmente antes de assumirem os compromissos da paternidade, haverá um mudança radical nas paisagens da família, iniciando-se a época da verdadeira fraternidade.

Redação do Jornal Mundo Maior em estudo do Livro Adolescência e Vida.
Espírito Joanna de Ângelis, Psicografia de Divaldo Franco.

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