terça-feira, 17 de julho de 2018

O grande doador.

Ele não tinha o diploma de médico, no entanto, utilizou a medicina do amor para levantar paralíticos, curar cegos e restaurar portadores de hanseníase.
Não era advogado diplomado. Contudo, ninguém quanto Ele se elegeu como o supremo defensor de todos os injustiçados do mundo.
Ergueu Sua voz para defender a mulher. Esteve em casa de desprezados cobradores de impostos, afirmando com Seus atos, a isenção de preconceito com os excluídos da época.
Ele não possuía fazendas, nem herdades de qualquer sorte. Mesmo assim, estabeleceu o novo reino na Terra.
O reino do bem, da paz, do amor. E para isso, se serviu da intimidade dos corações.
Não improvisou festas, mas compareceu às que lhe foram tributadas, com Sua presença enriquecendo os convivas e anfitriões.
Sem deter títulos na área específica, tornou-se o consolo dos tristes e desprezados, acenando-lhes com perspectivas de bom ânimo e esperança.
Conhecedor da alma humana, detectava-lhe as dores e a confortava.
Por isso, devolveu o filho à pobre viúva de Naim que o acreditava morto. E às irmãs em Betânia, o irmão enterrado há dias.
Não era professor consagrado, tendo-se feito, porém, o Mestre da evolução e do aprimoramento da Humanidade.
Não recebeu lauréis ou premiação alguma. Apesar disso, foi o maior criador e contador de histórias de que a Humanidade já teve notícias.
As suas parábolas revolviam os pensamentos dos que as ouviam e até hoje são recontadas e reflexionadas.
Não teve lugar entre os doutores da lei, não ocupou cadeira no Sinédrio. Criou, antes, a universidade sublime do bem para todos os Espíritos de boa vontade.
Incompreendido, sofrendo amarguras, desde o lar, reconfortou a todos que O buscaram.
Ao desprezado Zaqueu conforta com Sua presença, afirmando assim que ele era filho de Deus e credor do Seu amor.
À equivocada da Samaria oferta a palavra lúcida e o convite à nova jornada.
Ao moço rico diz da pressa de atender à mensagem do reino que Ele apresentava.
Tolerando aflições sem conta, semeou a fé e a coragem, apresentando-se como Aquele que cuida de todas as ovelhas que lhe foram confiadas.
Ferido embora, pensou as chagas morais das mulheres sofridas, do cireneu que o auxilia no transporte do madeiro, da mão benevolente que lhe enxuga o suor da face.
Supliciado, vilipendiado pelos homens, expediu a mensagem do perdão em todas as direções.
Esquecido pelos mais amados, ensinou a fraternidade e o reconhecimento, orando ao Pai por todos e entregando mãe e filho, um ao outro.
Vencido na cruz, revelou a vitória da vida eterna, em plena e gloriosa ressurreição, renovando os destinos das nações e santificando o caminho dos povos.
Ele não tinha posses materiais. Era um carpinteiro. Mesmo assim, engrandeceu os celeiros dos séculos.
E até hoje continua a ser despenseiro fiel e prudente, zelando pela Humanidade inteira. De braços abertos, sempre.
*   *   *
Seguindo o exemplo de Jesus, mesmo anônimo ou aflito, apagado ou esquecido, atende à santificada colaboração com Deus, a benefício da Humanidade.
Oferece o teu coração e, em homenagem ao Divino amor na Terra, serve, com o que tenhas, onde te encontres.
Se não és um portentoso luzeiro, sê a lamparina acesa na janela da pousada, como um aceno de esperança ao viajor perdido na estrada.
                                                                     Redação do Momento Espírita

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