O professor Shaw Achor*, nos Estados Unidos, oferece um dos cursos mais populares e concorridos na Universidade de Harvard.
Não se trata de um curso de matemática complexa ou de filosofia avançada. Seu curso se chama Felicidade, e a cada ano em que é oferecido, mais alunos buscam suas aulas.
Relata o professor que uma de suas primeiras experiências profissionais, em Harvard, foi como inspetor de alunos.
Instalado em um dormitório estudantil, era responsável por auxiliar os estudantes, em sua trajetória acadêmica.
Percebeu que, muito embora aqueles alunos estivessem em uma das Universidades mais prestigiosas e concorridas do mundo, eles não eram necessariamente felizes.
Alguns levantamentos indicavam que quatro em cada cinco estudantes imergiam em estados depressivos, ao menos uma vez durante o ano letivo.
Isso lhe despertou a curiosidade de pesquisador. A fim de tentar entender esse fenômeno, estabeleceu análise dos fatores que fariam alguém feliz, afugentando, então, a depressão.
Envolveu-se, a partir disso, em uma área relativamente recente de pesquisa, denominada Psicologia Positiva.
Anos de observação, experimentos, entrevistas, levaram o professor e outros pesquisadores a concluir que o principal propulsor da felicidade são as emoções positivas.
Quanto mais provocamos em nós emoções positivas, quanto mais nos exercitamos, na tentativa de as desenvolver, mais aumentamos nosso patamar de felicidade.
É o que apontavam as pesquisas.
O desafio seguinte era entender quais ações, quais atitudes poderiam provocar essas emoções positivas.
Dentre algumas práticas estudadas, foi comprovado que, além da meditação ou exercícios físicos, gestos espontâneos de bondade geram emoções positivas que repercutem em nossa intimidade.
E esse efeito não é somente imediato, perdurando ao longo de alguns dias.
Percebeu-se que, para surtir real efeito, esses gestos deveriam ser deliberadamente programados.
Entende-se por bondade, mesmo generosidade, colaborar com alguém que necessita de apoio, de auxílio financeiro, uma ajuda qualquer.
Quando nos programamos para executar qualquer ação bondosa, de doação, independentemente de alguém nos solicitar, a repercussão é mais intensa.
O professor, em seu curso, recomenda, dessa forma, que programemos alguns gestos de bondade, para o nosso dia.
Coisas simples como parar breves minutos para conversar com o gari que varre nossa rua, dando-lhe uma atenção especial, elogiando seu trabalho e reconhecendo o quanto ele é importante para o bem-estar coletivo.
Ou nos engajarmos em um trabalho voluntário, programando, semanalmente, nos dedicarmos a uma boa causa.
Não importa como iremos fazer. Se quisermos ser mais felizes, programemos o bem em nossa vida.
É comprovado cientificamente que a prática do bem nos faz mais felizes, nos faz bem!
A sabedoria de um Mestre Galileu já nos prescrevera, há séculos, amar o semelhante, fazer ao outro aquilo que gostaríamos, nós mesmos, de receber.
Podemos programar nossa felicidade, dia a dia.
Redação do Momento Espírita.
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